Ministro argumentou que o entendimento do STF é que membros
do MP não podem exercer nenhuma atividade político-partidária
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes cassou a licença remunerada de dois promotores do Ministério
Público de São Paulo que pretendiam disputar as eleições de outubro sem
renunciar aos cargos. Antonio Farto se filiou ao PSC para tentar a vaga de
deputado estadual, e Gabriela Mansur ingressou no MDB para disputar a vaga
de deputada federal. Um procurador do MP-SP ganha, em média, R$ 33 mil mensais.
Eles haviam sido autorizados pelo procurador-geral de Justiça de São
Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, a se afastar dos cargos e continuar recebendo os
salários integrais por seis meses, tempo em que se dedicariam à disputa
eleitoral. Se não fossem eleitos, poderiam voltar ao MP-SP. No entanto, a
medida foi contestada pela Associação Brasileira de Juristas pela
Democracia (ABJD).
O ministro explicou que as licenças afrontam o entendimento do Supremo e
citou uma decisão anterior da Corte em que ficou estabelecida a “absoluta
proibição de qualquer forma de atividade político-partidária, inclusive
filiação a partidos políticos, a membros do Ministério Público”. Gilmar Mendes
destacou ainda que, embora alertado por membros do Conselho Superior do
Ministério Público sobre a irregularidade, o procurador-geral autorizou as
licenças sob o argumento de que elas seriam uma homenagem a uma
"estratégia nacional" para aumentar a representação do MP no
Congresso Nacional.
O ministro explicou que as licenças afrontam o entendimento do Supremo e
citou uma decisão anterior da Corte em que ficou estabelecida a “absoluta
proibição de qualquer forma de atividade político-partidária, inclusive
filiação a partidos políticos, a membros do Ministério Público”. Gilmar Mendes
destacou ainda que, embora alertado por membros do Conselho Superior do
Ministério Público sobre a irregularidade, o procurador-geral autorizou as licenças
sob o argumento de que elas seriam uma homenagem a uma "estratégia
nacional" para aumentar a representação do MP no Congresso Nacional.
R7
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