1-Bom Eduardo gostaria que você começasse explicando como é
pintar em Santo Antonio de Pádua?
R:Pádua é uma cidade onde, infelizmente, não temos muitas
opções em termos de atividades culturais. Temos muitas pessoas com diversos
talentos que, assim como eu, sentem dificuldade em divulgar seus trabalhos. A
própria Casa da Cultura de Aperibé é um belíssimo exemplo que poderia ser
seguido.
2-Você nasceu aqui, sempre morou aqui?e sua família?
Sim. Tanto eu como minha família, somos paduanos e sempre
moramos em Pádua.
3-Você sempre pintou?
R:Sim. Desenho desde
os 5 anos de idade.
4-Se a gente for
pegar qualquer documentação sobre a sua trajetória artística, é muito visível o
fato de você ter começado a participar agora desta
exposição. Como surgiu esse convite?
R: Foram a convite do Marcelo Hungria e da Andréia Câmara,
ambos da secretaria de cultura de Aperibé. Pessoas muito especiais e que estão
à frente da Casa da Cultura de Aperibé.
5-Fale de sua trajetória artística
R:Como já dito, comecei a desenhar ainda criança . Desenhava
em todo lugar, livros , cadernos, revistas, mesas... e, à medida em que eu ia
crescendo, a qualidade dos meus desenhos foi aumentando. Passei alguns anos
longe dos desenhos em razão dos compromissos que chegaram com o casamento,
trabalho e família. Há alguns anos, minha esposa Patrícia me pediu um quadro novo para nossa casa e decidi
que eu mesmo faria o desenho. A partir deste quadro a paixão pelo desenho
voltou. Voltei a desenhar e as pessoas que viam meus desenhos diziam sempre que
eu deveria me dedicar a fazer de quadros. Fiz alguns quadros, inicialmente da
minha família e , após estes, começaram a surgir encomendas. Em 2010 expus meus
trabalhos na merconoroeste e, a partir daí, meus desenhos ficaram mais
conhecidos na cidade. Com esta exposição agora na Casa da Cultura de Aperibé,
espero divulgar meu trabalho também naquela cidade.
6-Você teve aula com algum artista que o marcou mais profundamente,
ou aprendeu a arte do grafite sozinho?
R:Aprendi a desenhar sozinho e acho que a prática foi meu
maior professor.
7- Como você
descobriu seu talento para o grafite?
R:Quando fiz o primeiro
desenho que me chamou a atenção. Era um Super Mouse, um desenho animado de um
ratinho que se transformava em super-herói. A partir daquele desenho não parei
mais de desenhar.
8-Quais são as
principais influências no seu trabalho?
R:Gosto muito de apreciar desenhos de outros
artistas, mas não tenho uma influência específica.
9- De que
maneira você utiliza o grafite no teu trabalho?
R:Hoje em dia temos muitos recursos e isso
tem auxiliado bastante nos resultados. Utilizo lápis graduados importados,
papéis específicos para desenho com grafite e esfuminhos , que são bastões em
forma de lápis e que ajudam a dar aquele efeito de sombreamento nos desenhos.
10_ Como é seu
processo de criação?
R:Normalmente, quando vejo
algumas imagens, imagino como seria esta imagem desenhada a grafite. Quando
acho que a imagem daria uma pintura bonita, tento reproduzi-la. Existem também os
desenhos de fotos feitos por encomenda e estes não me dão muita margem para
criação. É só tentar deixar o desenho o mais parecido possível com a foto.
11-Você
consegue viver somente da sua arte?
R:Não. Sou funcionário Público e trabalho no
Fórum de Pádua. Os quadros, além de um hobby, acabaram se tornando uma forma de
complementar a renda.
12-O que lhe inspira a
pintar?
R:Acho fascinante trabalhar os tons de cinza do grafite e transformar
riscos em imagens que reproduzem fotos.
13- E onde as pessoas
podem encontrar seus trabalhos?
R: As pessoas interessadas podem entrar em contato
pelo telefone (22) 3853-1454 ou pelo email gomesjose2003@ig.com.br.
14: Com está sendo
apresentar o seu trabalho no salão espaço vivo, no museu da cultura de Aperibé?
É uma oportunidade de
expor e divulgar meus trabalhos em uma nova cidade, além de colaborar com o
belíssimo trabalho que vem sendo feito pelas pessoas que estão à frente da Casa
da Cultura de Aperibé.
MARCIA MENDES