JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: 24 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bombeiros encontram corpo de menino desaparecido em Cambuci, RJ


Menino estava desaparecido desde o último domingo em parque da cidade.
Corpo foi encontrado preso na manilha de uma das piscinas do parque.

Yuri, de 6 anos, desapareceu em uma cachoeira de Cambuci (Foto: Conselho Tutelar / Divulgação)
O Corpo de Bombeiros de Cambuci, Noroeste do Rio, localizou na tarde desta quarta-feira (27), o corpo do menino Yuri Castro Santos, 6 anos, que estava desaparecido desde domingo (24), quando participou, junto com sua família, de uma excursão ao parque aquático do município.
Segundo os bombeiros, o corpo estava preso na manilha de uma das piscinas do parque. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil estiveram no local e fizeram o trabalho de perícia.
A avó de Yuri, Fátima da Silva, cuja idade não foi recvelada, e que tem a guarda do menino,  acompanhou todos os trabalhos de buscas, e sofreu um AVCs (Acidente Vascular Cerebral) no dia de hoje. Ela está internada no hospital da cidade e seu estado de saúde é grave. As buscas por Yuri Santos, de seis anos começaram no final de domingo, quando a avó denunciou seu desaparecimento a funcionários do parque.  Yuri, que morava em Cabo Frio, viajou acompanhado da avó em uma excursão. O parque, segundo relatos de moradores, estava cheio. Cerca de 12 ônibus estavam no estacionamento e cerca de 1.200 pessoas visitavam o parque.
Na segunda-feira e terça-feira foram feitas varreduras na área do parque e no entorno, as piscinas foram esvaziadas, mas até a manhã desta quarta-feira (27), o menino não tinha sido encontrado. O trabalho de busca contou com equipes do Corpo de Bombeiros das cidades de Itaocara e São Fidélis.
A família de Yuri está em Cambuci e já foi informada sobre a localização do corpo da criança. Ainda não há informações sobre quando Yuri será levado para a cidade de Cabo Frio, onde reside sua família, nem sobre data e hora de seu enterro.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Prefeitura de Pádua paga salários dos efetivos já nesta quinta -feira


Prefeitura vai esta fazendo os pagamentos nesta Quinta - Feira (28) . Assim informa o site da Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua. Maiores informações em: http://www.santoantoniodepadua.rj.gov.br/ver_noticia.php?n=69


Na última audiência, Bento XVI diz que papado teve 'águas agitadas'


Falando a milhares, Papa disse que Deus não deixará que a Igreja 'afunde'.
Ele vai renunciar ao pontificado nesta quinta (28) e se tornar 'Papa Emérito'.
O Papa Bento XVI saúda os fiéis na audiência pública desta quarta-feira (27) no Vaticano (Foto: AFP)

O Papa Bento XVI disse nesta quarta-feira (27) que tem "grande confiança" no futuro da Igreja Católica e afirmou que seu papado teve "águas agitadas", ao falar publicamente pela última vez como pontífice, um dia antes de sua renúncia.
Milhares de fiéis se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, para assistir à última audiência pública do pontificado de Bento XVI.
Falando à multidão, Bento XVI afirmou que seu papado, iniciado em abril de 2005, teve alegrias, mas também muitas dificuldades. O pontífice disse que enfrentou "águas agitadas e vento contrário".
"O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor parecia dormir", disse.
Mas ele afirmou ter fé em que Deus não vai deixar a Igreja "afundar".
"Estou realmente emocionado e vejo uma Igreja viva", disse o Papa, sempre bastante aplaudido pela multidão.
O Papa Bento XVI chega à Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feria (27) (Foto: AFP)
Ele voltou a afirmar que sua renúncia, anunciada de maneira surpreendente em 11 de fevereiro, foi decidida "não para seu bem, mas para o bem da Igreja", e reiterou que sabe "da gravidade e da novidade" da decisão que tomou.
"Amar a Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio", disse.
O pontífice, de 85 anos, afirmou que "não vai abandonar a Cruz" e que, pela oração, vai continuar a serviço da Igreja.
"Minha decisão de renunciar ao ministério petrino não revoga a decisão que tomei em 19 de abril de 2006 (ao ser eleito Papa)", disse.
"Não abandono a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço no recinto de São Pedro", completou.
Bento XVI também pediu que os fiéis orem pelos cardeais que, após a renúncia, terão de eleger seu sucessor, em uma tarefa que ele considera difícil.
"Orem pelo meu sucessor! Que Deus os acompanhe", disse o Papa.
Depois da cerimônia, acontece uma breve audiência na Sala Clementina, com algumas personalidades para o tradicional "beija mão", em que o Papa é cumprimentado.
Quinta-feira, último dia

Na quinta-feira (28), Bento XVI deixará o posto, em um acontecimento sem precedentes na história da Igreja moderna, e passará a ser chamado de "Papa Emérito".

Na manhã de quinta, no Palácio Papal, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, fará um pequeno discurso de despedida, e então cada cardeal poderá separadamente se despedir do pontífice. A expectativa é de que cerca de 100 cardeais participem deste encontro.
Durante a tarde, no Tribunal de Saint-Damase, no coração do pequeno Estado, a Guarda Suíça carregará suas bandeiras em saudação.
Em seguida, por volta das 13h (horário de Brasília),  Bento XVI irá para o heliporto do Vaticano para viajar a Castel Gandolfo, 25 quilômetros ao sul de Roma, a residência de verão do Papa, onde passará dois meses, antes de se estabelecer em um mosteiro no Monte do Vaticano.
Bento XVI chegará à residência de verão e saudará os fiéis a partir da varanda. Esta será sua última aparição como chefe da Igreja. Nada de especial está previsto quando o relógio badalar oito horas da noite (hora local), momento em que oficialmente termina o pontificado. Ele provavelmente estará em oração na capela neste momento.
Às 20h, o pequeno destacamento da Guarda Suíça, em frente à residência, fechará a porta e colocará assim um fim ao seu serviço, reservado exclusivamente ao Papa. Mas a polícia vai continuar a garantir a segurança de "Sua Santidade, o Papa Emérito".
No Vaticano, a Guarda Suíça continuará a fazer a proteção, apesar do "trono vacante".
Conclave

No dia seguinte à renúncia, o cardeal Angelo Sodano enviará os convites aos cardeais eleitores -- atualmente 115 -- para as "congregações gerais" que precedem o conclave, a reunião secreta que escolhe o sucessor de Bento XVI.

Essas reuniões, durante as quais os prelados procuram definir o perfil do futuro Papa, não devem começar antes de segunda-feira.
Papa Emérito

Nesta terça (26), o Vaticano anunciou que  Bento XVI vai manter o nome e o título honorífico de "Sua Santidade"  após a renúncia. Ele será chamado de "Papa Emérito" ou "Pontífice Romano Emérito".O anel papal vai ser destruído, de acordo com a tradição do Vaticano, segundo o porta-voz.

Bento XVI passará a trajar a "batina branca papal clássica", sem mantelete, segundo o padre Federico Lombardi. Ele também não deve mais usar sapatos vermelhos.
O porta-voz afirmou que Bento XVI tinha tomado as decisões sobre seus títulos após consulta com as autoridades do Vaticano.
Leia abaixo a íntegra da mensagem em português de Bento XVI nesta quarta-feira (27):
"Queridos irmãos e irmãs,
No dia 19 de abril de 2005,, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: «É um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo pedis, confiado na vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis». E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.
Amados peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica."
Fonte: G1




Bento XVI deixará como legado a coragem e o combate à pedofilia e às intrigas, diz embaixador brasileiro


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil



Brasília - A renúncia do papa Bento XVI deve ficar em segundo plano no legado deixado por ele, se considerado o que fez em oito anos de pontificado, como a coragem demonstrada no enfrentamento às denúncias de pedofilia dentro da Igreja Católica Apostólica Romana e às intrigas, assim como a defesa da tolerância religiosa. A conclusão é do embaixador do Brasil na Santa Sé, Almir Franco de Sá Barbuda, que esteve com Bento XVI numerosas vezes desde outubro de 2011, quando foi nomeado para o posto.
Em entrevista à Agência Brasil, Sá Barbuda disse que sua impressão sobre o papa é a “melhor possível”. “É um homem muito corajoso, ele saiu de peito aberto em defesa do que acredita. Ele brigou para vencer as intrigas e combater os casos de pedofilia dentro da Igreja, esteve com algumas das vítimas e chorou com elas. Fez muito em defesa do ecumenismo e da tolerância religiosa, ao visitar sinagogas e mesquitas”, disse o diplomata.
A seguir estão os principais trechos da entrevista do embaixador.
Agência Brasil - Quais são as impressões do senhor sobre o papa Bento XVI?
Almir Franco de Sá Barbuda - Minha impressão é a melhor possível. É um homem muito corajoso, ele saiu de peito aberto em defesa do que acredita. Ele brigou para vencer as intrigas e combater os casos de pedofilia dentro da Igreja, esteve com algumas das vítimas [dos casos de pedofilia] e chorou com elas. Fez muito em defesa do ecumenismo e da tolerância religiosa, ao visitar sinagogas e mesquitas. Foi a Cuba e falou o que pensava. Nunca deixou de dizer o que pensava. Definitivamente é um homem de coragem.

ABr - O senhor avalia que resumir o legado de Bento XVI à renúncia é reduzir o que ele deixará para a posteridade?
Sá Barbuda - Sem dúvida, ele deixará muito para a história, além do que mencionei. Devem ser considerados os esforços feitos por ele para rejuvenescer a Igreja, nomeando cardeais mais jovens do que o habitual, como no caso das Filipinas [dom Luis Tagle que foi nomeado aos 55 anos], e por ser o papa da palavra, por sua cultura e conhecimento. Ele também tentou resolver questões deixadas pelo papa João Paulo II, que no final do seu pontificado estava muito enfermo [cujo pontificado durou 31 anos e terminou em 2005].

ABr - O senhor destaca a cultura de Bento XVI, nas suas conversas ele demonstrou conhecer o Brasil?
Sá Barbuda - Sim, sempre. Ele sempre destacava o fato de o Brasil ser o maior país católico [a estimativa é que 63% da parcela da população que se declara religiosa sejam católicos]. Também costumava comentar sobre sua preocupação com as comunidades ribeirinhas do Amazonas. Como em 2008, foi assinado um acordo jurídico entre a Santa Sé e o Brasil, garantindo a preservação do patrimônio da Igreja, ele também demonstrava apreço por isso.

ABr - Para o senhor, a escolha de um novo papa pode mudar as relações entre a Santa Sé e o Brasil?
Sá Barbuda - Não acredito. Nada vai mudar nem vejo possibilidade de isso ocorrer. As relações entre a Santa Sé e o Brasil existem desde a primeira missa realizada em solo brasileiro [celebrada em 1.500 pelo padre Henrique de Coimbra e imortalizada em um quadro de Victor Meireles denominado A Primeira Missa no Brasil]. Ano passado, o ministro [das Relações Exteriores] Antonio Patriota esteve aqui [na Santa Sé] com o chanceler Dominique Mamberti [que representa a Santa Sé]. Há muita coisa em comum entre a política externa da Santa Sé e do Brasil.

ABr - Como católico e diplomata com mais de 40 anos de experiência é diferente representar o Brasil na Santa Sé?
Sá Barbuda - É muito diferente. É uma atividade bastante diferente da exercida por embaixadores em outros locais do mundo, pois, em geral, há muitas celebrações religiosas e é necessário observar que existe uma intensa atividade política também. Não é à toa que países não católicos também têm representantes na Santa Sé. Há ainda situações curiosas, pois quando um embaixador se reúne com o papa ele deve se apresentar de casaca [traje de cerimônia que não permite variações e exige, inclusive, que os sapatos sejam de verniz preto] e com todas suas condecorações.

Edição: Talita Cavalcante
 crédito à Agência Brasil

Na sua última celebração, Bento XVI justifica renúncia e pede orações pelo sucessor


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Na sua última audiência geral como papa, Bento XVI, de 85 anos, justificou hoje (27) a decisão de renunciar, alegando que suas “forças tinham diminuído”, nos últimos meses. Também disse que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou, nos oito anos de pontificado. Segundo Bento XVI, sua atitude foi consciente e baseada na coragem de tomar “decisões difíceis”. O papa pediu ainda que sejam feitas orações para seu sucessor e os cardeais que participarão do conclave, quando será escolhido o próximo pontífice.
“Dei esse passo em plena consciência da sua gravidade e novidade”, ressaltou o papa, sendo aplaudido, inclusive de pé, por cardeais e bispos, além do público de cerca de 200 mil pessoas, segundo o Vaticano. “Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou. O papa deixará o pontificado amanhã (28).
A celebração foi acompanhada por fiéis de vários países, inclusive brasileiros que seguravam bandeiras do Brasil. A Praça São Pedro foi cercada por um forte esquema de segurança. Na primeira parte da cerimônia, houve em uma saudação em vários idiomas, inclusive português de Portugal: “Damos graças a Deus orando continuamente”.
Bento XVI foi aplaudido ao pedir orações durante o conclave, quando será escolhido o próximo papa, e pelo seu sucessor. “Orem pelos cardeais e pelo sucessor de Pedro [aquele que ocupa o pontificado é chamado de papa e sucessor do apóstolo Pedro]”, disse. “Os cardeais [reunidos no conclave] terão uma tarefa relevante.”
Ao mencionar as atribuições do pontificado, Bento XVI destacou que a Igreja Católica Apostólica Romana não está representada apenas em uma pessoa, no papa, mas pertence a Deus. “Sempre soube que o barco da Igreja não é meu, não é nosso, é Dele [de Deus]”, disse.
O papa lembrou que, quando foi eleito, em 19 de abril de 2005, sentiu “um peso sobre os ombros”, mas pediu luz a Deus. “Aceitei e sempre tive a certeza de que Ele me acompanhou. [Na ocasião], disse: 'Senhor, por que me pedes isso? É um peso grande sobre os meus ombros, aceitarei apesar de todas as minha fraquezas'”, disse Bento XVI, na celebração.
Ao analisar a vida no pontificado, Bento XVI disse que um papa nunca está sozinho. “O papa pertence a todos”, ressaltou. “Um papa não está sozinho no barco de Pedro, mesmo que seja sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho.” 
Bento XVI lembrou que um cardeal, ao ser escolhido papa, perde sua privacidade e disse que, ao renunciar, ele não voltará à vida que mantinha antes do pontificado. “Quando se está empenhado é para sempre o Ministério Petrino [o pontificado]. Quem assume o Ministério Petrino perde a privacidade”, disse. “Recebe-se a vida quando perde-se a vida.”
Ao final, o papa agradeceu a todos que o acompanharam nos últimos oito anos. Ele citou a Igreja Católica Apostólica Romana, os fiéis, a equipe de diplomatas do Vaticano, os responsáveis pela comunicação e os anônimos.
Edição: Juliana Andrade
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fiperj promoveu o Curso Básico de Criação de Tilápia




Nos dias 22 e 23 de fevereiro foi promovido o Curso Básico de Criação de Tilápia pelos técnicos do Escritório da Região Serrana da Fiperj (Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro) na Associação de Desenvolvimento Comunitário de Moradores das Nascentes do Córrego dos Índios, em São Sebastião do Alto. A capacitação faz parte da ação da Secretaria de Desenvolvimento Regional para fomento da aquicultura no território fluminense. Trinta e um produtores familiares fizeram o curso.
O curso foi ministrado pelos técnicos: Lícius de Sá Freire, Marcelo Menezes de Brito Pereira, Amaro Valente Gomes Júnior e o diretor técnico Augusto Costa Pereira na parte prática, realizada no segundo dia, que teve também a participação direta do Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto, que entrou na água para ajudar os profissionais.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto, que destacou o carinho que tem pela região. “Passei minha infância e minha adolescência nesta localidade. Tenho muitos amigos aqui em São Sebastião do Alto e em toda região. Sempre é um prazer está novamente neste local. Estive aqui em janeiro conversando com o prefeito e desdobramos um calendário de atividades. A primeira atividade nossa é esse encontro, formando piscicultores, produtores rurais da própria região, que estão sendo habilitados para que eles possam atuar na piscicultura. A Fiperj irá dá toda a contribuição e apoio a Associação do Córrego dos Índios com tanque rede e alevinos. Esse é um trabalho que pretendemos estender para as demais associações da região,” salientou.
O secretário disse ainda que é um prazer está no município, especialmente, ao lado do prefeito. “O prefeito tem feito muito por esta parceria e, hoje, voltar aqui para trabalhar, é muito bom. Para mim é um prazer, porque no dia da entrega dos alevinos eu não pude entra na água, porque estava de calça e bota. Mas hoje eu trouxe uma camisa e uma bermuda e entrei junto com o pessoal para contribuir, e ver de perto um trabalho de extensão que os nossos técnicos do nosso suporte da região serrana que funciona em Cordeiro desenvolve aqui,” frisou.
Felipe acrescentou que é a vez da piscicultura e de São Sebastião do Alto. “Vamos fortalecer e permitir que o produtor que hoje trabalha com gado de corte e de leite tenha como complementação de renda também o pescado. Que ele possa utilizar este pescado, vender para prefeitura para a merenda escolar e vender para o mercado. Assim, possamos colocar a tilápia onde ela precisa e onde ela merece está. Então é um prazer trabalhar aqui com os produtores e fazer a entrega do certificado da conclusão do curso de formação que foi realizado nesta comunidade. Agradecer o apoio da prefeitura, de todo o escritório da Fiperj aqui da região na realização deste evento, da associação e também aos moradores do Córrego dos Índios por ter abraçado este projeto,” afirmou.
De acordo com o prefeito, Carmod Bastos, este foi um curso de alto nível. “Os técnicos da Fiperj dominam as técnicas de manejo do pescado. Hoje é algo que tem muito incentivo do governo federal através do Ministério da Pesca e Aquicultura e do governo estadual através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca. Este é mais um meio de procurarmos diversificar para que o homem do campo tenha mais uma fonte de renda. Temos pessoas dispostas a trabalhar, área com bastante água. Então estamos buscando cada vez mais melhorar a vida das pessoas da zona rural. Em menos de dois meses já fizemos várias reuniões e estamos juntos com os produtores, porque é uma via de mão dupla e muito importante para nós,” argumentou.
O presidente da associação Clerton Antalcidas de Castro Daflon falou que a instituição está sempre em busca de melhorias para a comunidade. “Já temos a coleta de lixo e agora o curso de criação de peixe. Vamos fazer melhorias para poder segurar o pessoal no campo, porque muitos estão indo embora. Agora através da prefeitura estamos fazendo um convênio para se abrir novamente o posto de saúde da localidade. Agora a população da zona rural terá mais uma fonte de renda, e assim, poder permanecer no campo. O prefeito está dando apoio diretamente, os técnicos da Fiperj e o Secretário Felipe Peixoto também tem nos ajudado bastante,” declarou.
Um dos organizadores do evento, Firmo Daflon, falou da importância do curso e da parceria da associação com as instituições públicas. “Os técnicos da Fiperj dando instruções e todo apoio técnico. Além da prefeitura fornecendo as máquinas para a manutenção de poços. É um trabalho é muito gratificante a partir do momento que tiver dando um retorno. Estamos tentando fazer esse trabalho desde 2011 buscando diversidade para a produção agrícola na região e no município. Agora entrou um prefeito com vontade de trabalhar e está nos dando esta oportunidade. Este é primeiro curso ministrado pela Fiperj e outros cursos também serão realizados no município e iremos ter outras etapas aqui,” afirmou.
Para o técnico, Marcelo Pereira, esta é uma das funções da Fiperj, justamente, fomentar o produtor e dá condições a ele de produzir com qualidade, quantidade e sustentabilidade. “Entramos em contato com o prefeito de São Sebastião do Alto e a partir daí se começou a estabelecer uma parceria. Realizamos um cadastro de piscicultores interessados, muitos já criam e querem melhorar o manejo, e também aqueles que têm vontade de criar e não se sentiam seguros. Com isso, e através desse cadastro, formamos um grupo e, agora pretendemos fazer um acompanhamento desse grupo. No primeiro momento fornecendo esse curso, mas não vamos ficar só nesta etapa, pretendemos acompanhar a produção e oferecer outros módulos em cursos separados para aprimorar e capacitar ao máximo este produtor,” explicou.
Marcelo disse ainda que sentiu que o produtor está muito interessado e a localidade tem muito potencial para a piscicultura. “Temos áreas, água, condições e o interesse do produtor. O que é preciso é capacitá-lo para trabalhar de forma correta. Isso se chama manejo de atividade. É simples, mas não é tão simples para qualquer um fazer, se precisa ter uma capacitação. Porque se não tiver uma preparo correto, se começa a ter prejuízo com a atividade, essa não é a intenção. O objetivo é ter uma atividade lucrativa. Então é fundamental capacitar os produtores para que eles possam realizar o manejo correto, e a partir disso, possa ter uma atividade produtiva e rentável,” destacou.
Para finalizar o técnico agradeceu o apoio recebido. “Gostaria de agradecer o apoio da prefeitura, dos secretários de Meio Ambiente e Agricultura, dos diretores e presidente da Fiperj, também atuando junto, um grupo que consegue ter um resultado satisfatório. Gostaria de agradecer em especial ao secretário Estadual de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto, que tem dado apoio total, estado presente e participado diretamente de algumas de nossas ações,” concluiu.
Também estiveram presentes ao evento: o presidente da Fiperj, José Bonifácio; o subsecretário de Estado de Pesca, Marco Botelho; vice-prefeito de Macuco, Marcelo Mansur; entre outras autoridades do município e região.

PADUANO TEM SITUAÇÃO REGULARIZADA NA FERJ


O PADUANO ESPORTE CLUBE,
tem 13 jogadores inscritos na FERJ (BIRA) BOLETIM INFORMATIVO DE REGISTRO DE ATLETAS,11 jogadores sem pendências e tem condições de jogo para o próximo compromisso com AMERICA DE TRES RIOS,
02 atletas ainda aguardam liberação da fedração bahiana e liberação da Itália.
ATLETAS EM EXIGENCIAS:
307483173915PJOAO VICTOR SHIMITH RIGHIPADUANO E.C81321/02/2013FALTA TRANSFERÊNCIA DA FEDERAÇÃOProfissional21/02/2013 17:02:07
307842173913PROBERTO LUIZ BRITO THURLERPADUANO E.C81321/02/2013FALTA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONALProfissional21/02/2013 16:30:28

João Dias (Joãozinho)
SPORTS SEMLIMITES
FONTES:FERJ

Limpeza de Terrenos Baldios, Casas e Construções Abandonadas agora Sob Pena de Multa em Pádua

O Prefeito Municipal de Santo Antônio de Pádua Josias Quintal, criou  Decreto que coíba as ações e omissões por parte dos proprietários e possuidores de imóveis. Veja abaixo !

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Prefeitura de Pádua propõe a criação da Unidade de Conservação da Serra de Frecheiras



A beleza imponente da Serra de Frecheiras encanta paduanos e visitantes que a vislumbram no horizonte. Com o objetivo de recuperar a mata e a fauna nativas daquela região a Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua está propondo a criação de uma Unidade de Conservação Ambiental para proteger e valorizar este patrimônio natural. Em audiência pública realizada na noite desta quinta-feira (21/02) no Teatro Municipal Geraldo Tavares André, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil apresentou a proposta à comunidade. Consultar a população é uma das premissas da nova gestão municipal, que inicia um governo transparente e quer a participação popular nas decisões importantes para o desenvolvimento do município.


    Na abertura, o prefeito Josias Quintal externou sua preocupação com o grau de degradação ambiental do município. "Hoje temos a necessidade de compensar o passivo negativo que as gerações passadas nos deixaram. Temos o desafio de transformar morros em florestas", disse Quintal. O prefeito reforçou que o progresso não pode ir na contramão da natureza e que a prefeitura irá buscar parcerias para estender as ações de reflorestamento e preservação a todas as áreas prejudicadas, incluindo os distritos. "Vocês irão testemunhar mudanças significativas na área ambiental de Pádua. Deixaremos um legado importante para nossos descendentes", afirmou Quintal.

    Ambientalista, conhecedor e defensor da serra, Hilton Marinho apresentou dados e fotos da Serra de Frecheiras, ressaltando a possibilidade da criação de corredores ecológicos para interligar áreas com remanescentes da mata atlântica. A possibilidade de desenvolver o turismo ecológico na serra também foi destacada. A serra já possui seis vias de escalada e centenas de pessoas costumam subir por trilha e acampar no pico do monte durante o inverno.
    O topógrafo Cássio Gomide georreferenciou a área. O projeto inicial prevê que a UC da Serra de Frecheiras tenha 240 hectares destinados à preservação. Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Otony Júnior esclareceu que a criação desta UC atenderá a uma exigência do Ministério Público. "Há mais de dez anos a prefeitura se comprometeu a proteger a Serra de Frecheiras como contrapartida municipal para compensar os efeitos de degradação da extração de pedras no município. Este TAC (Termo de Ajuste de Conduta) foi assinado, mas só agora será cumprido", informou o secretário.
    Lúcio Daher, subsecretário da pasta, explicou que será criado um Conselho Consultivo que irá participar da elaboração, avaliação e execução dos projetos relativos à UC. Ambientalistas, técnicos e proprietários de terras expuseram suas ideias. O debate foi saudável e proveitoso, e começou a desenhar o caminho a ser percorrido para a concretização desta proposta. Instituições como o DRM (Departamento de Recursos Minerais), INEA (Instituto Estadual do Ambiente), UFF (Universidade Federal Fluminense), UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) serão parcerias da prefeitura. Assim como a UHE Itaocara, empresa que terá de fazer compensação ambiental pela área que será alagada para construção da usina hidroelétrica na região.

Proprietários participarão do processo
    A audiência pública foi o início de um processo que prevê novos estudos na área, consultas à legislação e entendimento com os proprietários de terras na Serra de Frecheiras, para que ninguém seja prejudicado. George Mulim, representando a proprietária de 81 hectares composto por mata regenerada, afirmou que a preservação já está imbuída na maioria dos proprietários e elogiou a abertura do diálogo sobre a questão. "Estamos à disposição da prefeitura para conversar e encontrar o melhor meio para preservar a Serra", disse George.
    Helvia Serrão Tavares, uma das proprietárias da Fazenda Floresta, localizada no pé da serra, quer se manter informada e participar das decisões. "Temos a consciência de preservar, mas também temos que defender nossos interesses", disse Helvia. Josias Quintal assegurou este direito. "Seremos cuidadosos e justos. Vamos conversar com todos e teremos a sensibilidade de evitar prejuízos para os proprietários", garantiu o prefeito. 

Brasileirão sem classicos regionais na ultima rodada,Reunião na CBF extingue clássicos


Modelo de tabela, utilizado nos últimos dois anos do campeonato nacional, foi reprovado em votação com representantes de 19 clubes da Série A


O Campeonato Brasileiro não terá mais suas últimas rodadas destinadas aos clássicos estaduais. O modelo, utilizado nos últimos dois anos, foi um dos temas de uma reunião na tarde desta segunda-feira entre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e os representantes de 19 clubes da Série A na sede da entidade, no Rio de Janeiro (a Portuguesa não compareceu). Colocada em votação, a ideia foi reprovada pela maioria dos votos (11 a 8) e não fará mais parte da tabela nacional a partir deste ano. Outra mudança será que só na última rodada todos os jogos serão no mesmo horário (antes, isso era aplicado nas duas rodadas finais).
reunião dos presidentes dos clubes na CBF (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
- O Vasco votou a favor (da extinção) e houve um consenso de que não haja mais clássicos em sequência no fim do Brasileiro. Pode até acontecer um, mas não achamos produtivo como está. Então, isso acabou - explicou o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, que esteve na reunião.
Um dos motivos para a decisão foi o maior policiamento necessário para cobrir dois jogos simultâneos na mesma cidade. O modelo com clássicos na reta final foi instituído pela CBF em 2011 para evitar que os jogos das últimas duas rodadas percam emoção quando um clube se tornar campeão antecipadamente. Além disso, evitar que uma equipe sem ambições no fim do torneio não leve a sério um jogo contra um postulante ao título ou a uma vaga na Libertadores.
Notadamente, casos que chamaram a atenção aconteceram em 2009 e 2010. Com o Flamengo dependendo de uma vitória sobre o Grêmio na última rodada, em 2009, o time gaúcho escalou  reservas para o confronto no Maracanã. Se o Grêmio ao menos empatasse aquele jogo, o campeão seria o arquirrival Internacional. Ao fim dos 90 minutos, o Flamengo suou muito, mas venceu por 2 a 1, de virada, e ficou com a taça.
No ano seguinte, o Fluminense, que disputava o título ponto a ponto com o Corinthians, enfrentou e venceu nas últimas rodadas, fora de casa, os desinteressados Palmeiras e São Paulo. O derradeiro rival foi o já rebaixado Guarani, que mandou a campo um time de reservas. A vitória do Flu foi muito difícil, por 1 a 0, e valeu o título.

Fonte: GE

CGU aponta irregularidades em 57 contratos de empresas fornecedoras de hospitais federais no Rio


Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Um relatório divulgado hoje (25) pela Controladoria-Geral da União (CGU) aponta irregularidades em 57 contratos firmados com quatro empresas fornecedoras de produtos e serviços para órgãos federais no estado do Rio de Janeiro. Em sua maior parte, os contratos, assinados entre os anos de 2005 e 2012, se referem a serviços de locação de mão de obra, fornecimento de alimentação e locação de equipamentos para sete hospitais federais no Rio, além do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no estado.
De acordo com a CGU, os contratos com as empresas Locanty, Rufolo, Padre da Posse e Toesa vinham sendo examinados desde abril de 2011. A auditoria especial teve início em março de 2012, em função de denúncias de situações presumidamente irregulares que chegaram ao conhecimento da controladoria.
O montante auditado alcançou cerca de R$ 340 milhões. O relatório destaca a concentração de contratações das quatro empresas pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Nesse órgão, a CGU estima que os prejuízos ultrapassaram R$ 21 milhões, em decorrência do fornecimento de produtos e serviços a preços superfaturados.
A Ruffolo, alvo de um processo de declaração de inidoneidade no âmbito da CGU, foi a empresa que causou o maior prejuízo – mais de R$ 16 milhões – em contratos com o Into. Segundo a conclusão no relatório, a empresa usava como valores de referência pesquisas de preço apresentadas por empresas com vínculos societários e parentescos. Também foram detectadas falhas na fiscalização contratual, permitindo pagamento por serviços não prestados de forma integral.
Procurado pela Agência Brasil, o diretor do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS), Adalberto Fulgêncio, disse que as quatro empresas apontadas no relatório da CGU não têm mais nenhum contrato com os hospitais e institutos federais no Rio de Janeiro. “Isso já é consequência de diversas iniciativas tomadas conjuntamente entre o Ministério da Saúde e a Controladoria-Geral da União. Os órgãos de controle interno do ministério e a CGU estão agindo nesses hospitais para impedir que essas empresas façam qualquer tipo de contrato”, declarou.
Segundo Fulgêncio, a próxima fase é identificar, de forma precisa, quem são os responsáveis por cada ato e os valores exatos do dano ao Erário. “Sem esses dois pressupostos, qualquer ressarcimento de dano, a produção de provas no Ministério Público e mesmo o procedimento administrativo disciplinar ficam prejudicados”, disse.
O responsável pelas auditorias do SUS ressaltou que os valores apontados no relatório do CGU se referem a estimativas e prejuízos em potencial. “Por isso é que vamos entrar agora em uma fase de precisão, da quantificação do dano e da responsabilização, que deve ser individualizada, de cada agente que foi o responsável pelo ato”, explicou Adalberto Fulgêncio.

Edição: Aécio Amado
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Paduano Esporte Clube estreia neste sábado no Campeonato Carioca B



Receita libera programa para fazer declaração do IR 2013

A Secretaria da Receita Federal liberou, nesta segunda-feira (25), o programa do Imposto de Renda 2013, necessário para realizar a declaração pelos contribuintes. O programa está disponível para download na página do Fisco. O envio da declaração, no entanto, pode ser feito apenas a partir de 1º de março, às 8h.

Neste ano, o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda vai até o dia 30 de abril. Quem perder o prazo está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74. 
A declaração poderá ser enviada pela internet, por meio da utilização do programa de transmissão da Receita Federal (Receitanet), ou via disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, durante o seu horário de expediente. A entrega do documento, via formulário, foi extinta em 2010.
Segundo a Receita Federal, estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 24.556,65 em 2012 (ano-base para a declaração do IR de 2013). Veja outros motivos que obrigam o contribuinte a entregar a declaração do IR.
Segundo Joaquim Adir, supervisor nacional do IR, houve poucas modificações no programa do Imposto de Renda deste ano. "Aumentaram um pouco as facilidades. O contribuintes que guardou seu arquivo do ano anterior, vai fazer a importação do programa e receber uma pergunta se quer importar pagamentos efetuados. Aí já aparece, por exemplo, o nome da escola que ele usou no ano anterior e tem só que colocar os valores pagos", explicou.
O supervisor nacional do IR do Fisco confirmou também que a ficha relativa aos rendimentos está mais "detalhada" neste ano, já que passou a incluir itens como a restituição de imposto sobre a renda de anos anteriores, ganhos líquidos em operações com ouro e em operações de ações negociadas em bolsa, entre outros.
Fonte: G1

Audiência discute resolução da OAB paulista que impede advogados de prestar assistência jurídica gratuita


Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Ministério Público Federal (MPF) promoveu na tarde de hoje (22), em São Paulo, uma audiência pública para discutir uma resolução da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional São Paulo (OAB-SP), de agosto de 2002, que proíbe advogados de prestar assistência jurídica e judiciária gratuita (advocacia pro bono) a pessoas físicas. Estudantes, entidades, órgãos públicos, advogados, ministros e professores participaram da audiência pública, mas a OAB-SP não mandou nenhum representante.
Segundo Jefferson Aparecido Dias, procurador regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, o tema começou a ser discutido principalmente a partir de 2012, após um advogado ter apresentado uma representação contra a OAB-SP por ter sido punido pela entidade ao fazer advocacia pro bono.
“Temos um procedimento administrativo que foi instaurado no começo de 2012 em que um advogado questiona essa restrição à advocacia pro bono. A partir daquela data foi instaurado um inquérito e buscamos informações na OAB e, infelizmente, a posição que recebemos não foi das melhores, sendo ela contrária à advocacia pro bono. Optamos então em fazer uma audiência pública para colher elementos para avançar no debate”, disse o procurador.
A intenção de se fazer uma audiência pública, disse o procurador da República, é tentar analisar se há alguma ilegalidade na resolução da OAB-SP. “Essa é a discussão, já que é um ato exclusivo de São Paulo que, no nosso entendimento, não tem fundamento na lei. Mas neste momento estamos em negociação com a OAB-SP, buscando a revogação da resolução ou, se for para regulá-la, não restringindo [a atuação dos advogados pro bono]. Se a lei não restringe, entendemos que a resolução não pode restringir”, disse Dias.
Tanto o procurador quanto o diretor do Instituto Pro Bono, Marcos Fuchs, acreditam que um diálogo com a OAB-SP, que deve ocorrer nos próximos dias, pode resolver a questão. Caso a OAB-SP mantenha a resolução, o procurador diz que o MPF pode vir a propor uma ação civil pública ou uma ação direta de inconstitucionalidade para questionar a medida.
A norma estabelecida pela OAB-SP, explicou o diretor do Instituto Pro Bono, prevê que a advocacia pro bonosó pode ser exercida por advogados para entidades do terceiro setor, o que exclui as pessoas físicas. O Instituto Pro Bono, organização sem fins lucrativos criada em 2001, é contrário à resolução da OAB paulista e defende a advocacia pro bono também para pessoas físicas. “Vivemos num país miserável, onde não existe assistência judiciária suficiente, sem Defensoria Pública suficiente e se precisa de advogados pro bono e voluntários para atender a essa demanda”, disse Fuchs.
O Artigo 3º da resolução, que foi assinada em 19 de agosto de 2012 pelo então presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar, prevê que os “advogados e as sociedades de advogados que desempenharem atividades pro bono para as entidades beneficiárias definidas no Artigo 2º, estão impedidos, pelo prazo de dois anos, contados da última prestação de serviço, da prática de advocacia, em qualquer esfera”.
Presente à audiência pública, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes preferiu não emitir juízo sobre a legalidade ou ilegalidade da resolução da OAB-SP, mas ressaltou que deve ser feito “um grande esforço para quebrar esse tipo de preconceito”. “Imaginem se pudéssemos ter um advogado em cada presídio desse país. Mudaríamos o quadro de tortura, de abusos e de prisões provisórias que são dispensáveis. Isso não é impossível de se fazer, considerando-se o número de advogados de que dispomos”, disse o ministro.
Mendes admitiu que, na atualidade, o país tem carência em relação à advocacia pro bono, que é destinada principalmente para as pessoas que precisam recorrer à Justiça, mas não têm condições financeiras para fazer uso dela. “Certamente temos iniciativas isoladas, temos um ou outro instituto e temos também essas incompreensões por parte de setores da OAB e também da própria Defensoria Pública, que acabam atrapalhando esse desenvolvimento. No Conselho Nacional de Justiça [CNJ] estimulamos os tribunais a facilitar a instalação da advocacia voluntária ou solidária para que possamos atender a esses carentes. Mas temos essa massa de casos, essa judicialização imensa,esse número imenso de presos e temos insuficiência no que diz respeito ao acesso à Justiça e ao atendimento dessas pessoas”, disse o ministro.
Segundo o ministro, uma das formas de corrigir esse problema é por meio de “iniciativas complementares”, pensando-se, por exemplo, em residência jurídica, tal como existe a residência médica, obrigando os advogados ou futuros advogados “a dar um pouco de seu tempo para esse tipo de atividade”.
Para o ex-ministro e advogado José Carlos Dias, também presente à audiência, a resolução da OAB-SP “é uma violência aos direitos de defesa e à liberdade do advogado” e também às pessoas mais carentes, que “tem expectativa de ter alcance à Justiça e que a ela não pode chegar”. “A OAB, impedindo ou proibindo a advocacia solidária, está praticando um ato de violência”, disse.
O ex-ministro, que advoga há 50 anos, disse que pretende continuar praticando a advocacia pro bono, como sempre fez, inclusive durante a ditadura militar, quando defendeu presos políticos que não podiam pagar seus honorários. “Ninguém pode me impedir de trabalhar. E ninguém pode exigir que eu receba pelo meu trabalho”, disse,  defendendo o que chama de “desobediência civil” à resolução da OAB. Para ele, a questão sobre a legalidade ou ilegalidade da norma paulista pode até vir a ser discutida e julgada no STF.
Ausente da audiência pública, a OAB-SP informou à Agência Brasil, por meio de nota assinada por seu presidente Marcos da Costa, que o debate sobre a resolução paulista, por se tratar de tema afeto à regulação profissional, é da competência do Conselho Federal da OAB. “Assumimos a presidência da OAB-SP há menos de dois meses e reconhecemos que o pro bono é um tema importante e estamos dispostos a dialogar com todos os atores, de forma transparente e democrática, até para extrair uma posição a ser encaminhada ao Conselho Federal da OAB”, disse ele.
Edição: Fábio Massalli
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