O candidato à sucessão presidencial pelo PDT, Ciro
Gomes, afirmou que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, não avança em
inquéritos contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) para manter uma
“espada de Dâmocles” sobre o mandatário.
“(Os inquéritos no STF não avançam) para manter uma espada
de Dâmocles que usurpa a autoridade do presidente da República”, disse Ciro em
entrevista ao podcast de Cláudio Dantas.
O entrevistador ainda questiona o candidato se Moraes usa os
inquéritos para pressionar o presidente politicamente. Ciro diz que essa é a
razão “flagrante”. O pedetista diz que o erro de Bolsonaro foi ter escolhido
“amigos do peito” para ocupar vagas da suprema Corte.
“Não me faça particularizar, mas é flagrante que a razão é
essa. Inquérito eterno em aberto só tem uma explicação. Não tem outra. Quero
dizer uma coisa: quem manda no estado democrático e dá a última palavra é a
Suprema Corte. Sabe o que está errado? É político escolher amigo do peito para
ser ministro do Supremo, violentando o princípio constitucional do notório
saber jurídico e da reputação ilibada”, finalizou o pedetista.
Não é a primeira vez que Ciro faz críticas ao Supremo. Em
outra ocasião, ele afirmou que a Corte está “muito aquém da grandeza histórica
que o Brasil hoje espera e precisa”, disse em agosto, em entrevista à rádio
Jovem Pan.
Para Ciro, o desempenho do STF não melhoraria a partir da
lei, mas com a restauração da autoridade da Presidência da República. “Porque
no presidencialismo se confunde a chefia de Estado com a chefia de governo”,
completou o candidato.
R7
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