A Polícia Federal vai
investigar se empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo em
um aplicativo de mensagens financiaram atos antidemocráticos.
No dia 23 de agosto de 2022, após ordem do ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal, a PF cumpriu mandados
de busca e apreensão em endereços ligados a esses oito empresários.
Eles são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à
reeleição, e defenderam
um golpe de Estado em caso de vitória de Lula, candidato
do PT ao
Palácio do Planalto. As mensagens foram reveladas pelo site Metrópoles.
Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostrou
Bolsonaro em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, enquanto
Lula apareceu em primeiro lugar, com 47%.
Além de autorizar busca e apreensão, Moraes também autorizou a quebra dos
sigilos dos empresários e bloqueio das contas deles.
Segundo investigadores, a partir das mensagens trocadas pelos empresários, num
grupo intitulado "Empresários e Política", há indícios de que eles
poderiam ter financiado movimentos antidemocráticos, daí a decisão de quebrar o
sigilo bancário e o bloqueio das contas bancárias.
No inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal para investigar atos
antidemocráticos, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, uma das
principais linhas de investigação é tentar identificar empresários que estariam
financiando manifestações de cunho golpista no país, com pedido de fechamento
do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, além de uma intervenção
militar com Bolsonaro no poder.
A operação desta terça-feira tem como base pedidos de abertura de inquérito
encaminhados por associações de juristas e pelo senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP).
G1
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