Mais cedo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também filho
do presidente, havia se pronunciado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou no dia
23 de agosto de 2022, a operação da Polícia Federal (PF) contra empresários
acusados de defender um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) seja eleito para o Palácio do Planalto.
No Twitter, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que os empresários
"não fiquem quietos" e ironizou: "quem são os inimigos da
democracia?"
Na manhã desta terça, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços
ligados a oito empresários que apoiam Jair Bolsonaro. A operação ocorreu um dia
após o chefe do Executivo dizer, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo,
que o conflito com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), estaria "superado".
Integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes foi quem autorizou hoje a
operação contra os empresários bolsonaristas.
No Twitter, Eduardo Bolsonaro fez críticas à Corte. "Uma conversa privada
do PCC nunca foi alvo de uma operação desencadeada pela caneta de um ministro
do STF. Quem são os inimigos da democracia? Que os empresários não fiquem
quietos e falem enquanto ainda podem", escreveu o deputado.
Mais cedo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também filho do presidente,
havia se pronunciado. "É insano determinar busca e apreensão sobre
empresários honestos, que geram milhares de empregos, alguns conhecidos de
ministros do STF (que sabidamente jamais tramariam "golpe" nenhum por
dizerem que preferem qualquer coisa ao ex-presidiário, numa conversa privada de
WhatsApp", comentou, no Twitter.
Os alvos da operação foram os empresários Luciano Hang, da Havan, José Isaac
Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José
Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da
Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco
Bambu. Em mensagens num grupo de WhatsApp, reveladas pelo site Metrópoles, eles
defenderam um golpe caso Lula vença Bolsonaro em outubro.
O DIA
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