O percentual exato ainda não foi definido e até a semana
passada era de 17,8% – o que elevaria o valor médio do benefício, de R$ 189
para R$ 222, segundo o Ministério da Cidadania. Com a nova sinalização, o
benefício na transição pode chegar a R$ 226,80.
Caso o Congresso aprove a Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) dos precatórios, decisões finais da Justiça contra a União, todas as
famílias receberão um benefício mínimo de R$ 400, a partir de dezembro. A
medida permitirá também elevar o número de famílias beneficiadas para 17
milhões. A ideia do Ministério é pagar um valor complementar para quem não
recebeu esse piso, retroativo a novembro.
Mas o governo está enfrentando dificuldades para aprovar a
PEC na Câmara dos Deputados, conforme ficou evidente nessa semana. Por se
tratar de uma emenda à Constituição, são necessários 308 votos favoráveis dos
513 deputados, em dois turnos. O texto ainda precisa passar pelo Senado, também
com quórum qualificado.
O governo também aguarda a aprovação pelo Congresso da
medida provisória (MP) que reformula o Bolsa Família, que será extinto, para
pôr em prática todas as mudanças trazidas pelo Auxílio Brasil, que prevê uma
cesta de auxílio. Entre eles, auxilio criança cidadã (creche), bolsa atleta e
de iniciação científica, além de bônus de inclusão produtiva na zona rural e
urbana.
A MP perderá a validade em 7 de dezembro se não for votada. Para
colocar todas as novas regras em prática, o Ministério da Cidadania prevê prazo
de até dois meses.
Os Jogos Escolares que serão realizados em novembro, no Rio,
servirão de base para o pagamento da bolsa atleta aos melhores colocados nas
competições.
Os detalhes do novo programa constarão de um decreto prestes
a sair do forno. O EXTRA teve acesso a uma minuta desse decreto, que estabelece
como parâmetro para a transição das famílias do Bolsa Família para o Auxílio
Brasil a folha de pagamento de outubro.
O plano do governo é editar esse decreto assim que a PEC dos
precatórios for aprovada pelo menos em primeiro pela Câmara dos Deputados.
Nesta quinta-feira, o ministro da Cidadania, João Roma, fez um apelo ao
Congresso para que se aprove a PEC até a segunda semana de novembro, para que
não haja dificuldades na operacionalização do pagamento do novo auxílio.
Jornal Extra
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