Segundo gerente de posto, nos últimos dias, 90% dos clientes
eram brasileiros, em Porto Iguaçu, na Argentina, cidade ligada a Foz do Iguaçu,
no Paraná. Preço da gasolina no país é praticamente metade do cobrado no
Brasil.
Brasileiros têm cruzado a Ponte Tancredo Neves e enfrentado
fila para abastecer em Porto Iguaçu, na Argentina, e economizar. O município é
ligado ao Brasil por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
De acordo com os consumidores, o combustível é encontrado no
país vizinho pela metade do preço. Em um dos postos procurados pelos
brasileiros, o litro da gasolina super, que corresponde à
aditivada no Brasil, custava o equivalente a R$ 3,10.
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Preço da gasolina nos postos sobe pela 4ª semana seguida e chega a
R$ 7,88 no Sul, segundo ANP
"Hoje vale a pena porque o combustível é praticamente
metade do valor do nosso combustível no Brasil. Desde que abriu a ponte estou
vindo para cá abastecer", disse o motorista de aplicativo Miro Parnoff.
No Brasil, a gasolina acumula alta de 73,4% em 2021. Foram
onze aumentos de janeiro até esta sexta-feira (29).
Para o brasileiro João Ferreira, nem a fila para fazer teste da Covid na
aduana argentina e nem tempo de espera na fila o desanimaram a
buscar a gasolina mais barata.
A dona de um dos postos de Porto Iguaçu contou que ela mesma
precisou começar a atender os clientes por causa da alta demanda.
Com a grande movimentação de brasileiros, a maioria dos
postos da cidade argentina aceita pagamento em real.
Moradora de São Paulo (SP), a contadora Andreia Ribeiro
Pacheco estava passeando em Foz do Iguaçu, mas mesmo como turista não deixou de
cruzar a fronteira para abastecer.
"Nós somos de Ribeirão Preto viemos abastecer por conta
do diferencial do valor. Viajamos 10 minutos de Foz para cá e conseguimos
abastecer pela metade do preço. Vamos embora com o tanque cheio."
A alta procura de brasileiros por combustíveis pegou os
donos dos postos de surpresa, em Porto Iguaçu.
Em um deles, por exemplo, segundo a gerente, 90% dos
clientes nos últimos dias eram brasileiros. Por isso, chegou a faltar
combustível nas bombas.
O risco de ficar sem combustível fez os argentinos também
entrarem na fila. Alguns acabam levando combustível para casa no galão.
"Faz dois dias que não havia combustível. Agora tem uma
enxurrada de brasileiros, lhes convém pelo preço que está aqui, por isso
termina mais rápido o combustível", contou o motorista argentino Juan.
Para organizar o atendimento, os postos têm fila pra
argentino e para brasileiro.
G1
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