Na contramão de governos estaduais e municipais que já
anunciaram ou discutem a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscara facial,
dirigentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) destacaram,
nesta sexta-feira (29), a importância de as pessoas continuarem adotando as
medidas não farmacológicas contra a Covid-19.
“Mantemos, em todas as nossas considerações, a importância
das medidas não farmacológicas de enfrentamento à pandemia, tais como evitar
aglomerações, usar máscara e fazer boa higienização das mãos”, disse o
diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, durante a
reunião em que membros da diretoria colegiada aprovaram novas regras para a
retomada das viagens em cruzeiros marítimos pela costa do Brasil, a partir da
próxima segunda-feira (1º).
“Essa tríade, em aditamento ao advento da vacinação, tem
tornado possível a gradual e responsável retomada das atividades [econômicas],
mas temos que manter como nosso norte os alertas dos organismos nacionais e
internacionais”, disse Torres, acrescentando que, apesar do avanço da vacinação
e da consequente diminuição do número de mortes e de novos casos da doença, a
pandemia ainda não terminou.
Relator do protocolo que define as obrigações de companhias
marítimas, tripulantes, viajantes, terminais de passageiros marítimos e poder
público, o diretor Alex Machado Campos reafirmou o que havia dito nesta
quinta-feira (28), durante audiência pública da Comissão Externa da Câmara dos
Deputados que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19.
“Eu disse que preocupava muito a Anvisa a associação entre a
retomada de inúmeras atividades e o fim de protocolos [sanitários]. Ou mesmo
com [a ideia de] que a pandemia chegou ao fim. Isso é algo temerário. As coisas
não podem ser confundidas”, alertou Campos, defendendo a manutenção do uso de
máscara e das demais recomendações das autoridades sanitárias mundiais.
“As vacinas são um grande instrumento, mas é a composição
delas com as medidas não farmacológicas, como o uso de máscara, a higienização
das mãos, o distanciamento, que, a rigor, começa a surtir efeitos”, disse Alex
Machado.
R7
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