Jornalista inglês Dom Phillips
Investigação tenta esclarecer desaparecimento de indigenista
da Funai e jornalista inglês colaborador do jornal The Guardian
A Polícia Federal ouviu duas testemunhas do caso de desaparecimento de um servidor da Fundação Nacional do Índio
(Funai) e um jornalista inglês. Eles prestaram depoimentos no início da
noite desta segunda-feira (6) e foram liberados.
O indigenista da Funai Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips,
colaborador do jornal The Guardian, desapareceram no Vale do Javari, na
Amazônia, há pelo menos 24 horas. Eles estão incomunicáveis desde a tarde do
dia 05 de junho (domingo).
A dupla fazia o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de
Atalaia do Norte, distante 1.135 km de Manaus. Segundo a União das Organizações
Indígenas do Vale do Javari (Univaja), os dois iriam visitar a equipe de
vigilância indígena do lago do Jaburu no dia 03 de junho e deveriam voltar à
Atalaia do Norte neste domingo pela manhã, o que não aconteceu.
O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Exército participam das
buscas. “Às 14h, saiu de Atalaia do Norte uma primeira equipe de busca da Univaja,
formada por indígenas extremamente conhecedores da região. A equipe cobriu o
mesmo trecho que Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips supostamente teriam
percorrido, mas nenhum vestígio foi encontrado”, informa o comunicado da
Univaja.
Bruno é indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da
região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Segundo lideranças
indígenas da região, ele estava recebendo ameaças durante a viagem.
Ao The Guardian, a esposa do jornalista inglês, Alessandra Sampaio, pediu
"ações urgentes" para a urgência deste momento. “Tudo o que
posso fazer é rezar para que Dom e Bruno estejam bem em algum lugar,
impossibilitados de continuar a jornada por causa de algum problema mecânico",
declarou.
R7
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