Presidente
eleito nomeou representantes de centrais sindicais na equipe de transição de
governo para ressuscitar a contribuição sindical
O
trabalhador que se livrou do imposto sindical em 2017 já pode ir preparando o
bolso. Antes da aprovação da reforma trabalhista, no governo de Michel Temer,
sindicatos, centrais sindicais, federações e confederações abocanhavam mais de
3 bilhões de reais por ano com a contribuição compulsória, descontada em folha,
que correspondia a um dia de trabalho.
A proposta
discutida pela equipe de transição de Lula é a de criar uma “taxa
negocial” para substituir o imposto. Funcionaria assim: o sindicato realizaria
uma assembleia e decidiria sobre a criação da taxa e o percentual que recairia
na folha de pagamentos do trabalhador. No Brasil, a experiência mostra que
assembleias com apenas algumas dezenas de sindicalizados tomam decisões que
afetam a vida de milhares de trabalhadores de uma mesma categoria. Um
economista ligado à área sindical disse a Revista VEJA que se a contribuição
voltasse a ser cobrada nos mesmos parâmetros de antes da reforma trabalhista o
valor poderia ultrapassar 4 bilhões anuais.
LULA
DEFENDEU IMPOSTO SINDICAL
Em abril
deste ano, antes do início oficial da campanha eleitoral, Lula esteve na CUT,
em São Paulo, onde defendeu o retorno obrigatório das contribuições que ele
chamou de “financiamento solidário e democrático da estrutura sindical”.
– O que a
gente quer é que seja determinado, por lei, que os trabalhadores e a assembleia
livre e soberana decidam qual é a contribuição dos filiados de um sindicato. E
as centrais sindicais e as assembleias livre e soberana decidam qual é a
contribuição do sindicato para a entidade.
As
contribuições obrigatórias representavam 98% da arrecadação dos sindicatos.
Folha Destra
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