Estudo de Pesquisadores brasileiros pode abrir um novo
caminho para o tratamento do câncer de pâncreas. Pesquisadores do Instituto de
Ciências Biomédicas da USP, a Universidade de São Paulo, conseguiram
interromper a evolução do câncer de pâncreas em células afetadas pela doença.
Depois da analisar o material genético de 20 mil pacientes com diferentes tipos
de câncer, eles descobriram que as pessoas com uma quantidade maior de um tipo
de proteína, a ezrina, tem uma evolução mais acelerada da doença. Em média, os
pacientes com essa proteína morrem entre dois a cinco anos depois do surgimento
dos tumores.
A descoberta abre caminho para uma nova terapia contra um dos tipos de câncer
mais letais que existem. Por enquanto, a pesquisa está restrita a células em
laboratório que simulam a doença. Eles aplicaram um composto que inibiu a
ativação da ezrina nessas células. O resultado foi que o composto atrapalhou a
ativação da proteína e com isso o avanço da doença.
O próximo passo é testar, ainda em laboratório, a aplicação do composto em células
tiradas diretamente de pacientes com o tumor. Se os resultados forem
promissores, novos testes devem ser feitos em animais.
Segundo o Inca, o Instituto Nacional de Câncer, cerca de 12 mil pessoas morrem
por câncer de pâncreas por ano. A doença é responsável por 4% do total de mortes
por cânceres no Brasil.
A pesquisa é apoiada com recursos da Fapesp, a Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo, e os resultados do estudo acabam de ser publicados em uma
revista cientifica internacional, a Investigational New Drug.
AGENCIA BRASIL
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