A candidata do MDB à Presidência da República,
Simone Tebet, iniciou a campanha para o Palácio do Planalto nesta terça-feira
(16) com uma reunião com representantes do setor cultural em São Paulo. No
encontro, Tebet
prometeu que a cultura será mais valorizada em uma eventual gestão. De
acordo com ela, o Ministério da Cultura será recriado e leis de incentivo à
cultura, como a Lei Rouanet e a Lei Aldir Blanc, serão fortalecidas.
"No meu governo, a cultura não será mais um ‘puxadinho’
do Ministério do Turismo, como é hoje. Além de contar com um ministério
próprio, entre outras ações, vamos implementar a Lei Aldir Blanc, que destina
R$ 3 bilhões anuais ao setor até 2023 e não está funcionando", disse
Tebet.
De acordo com a candidata do MDB, um dos focos do plano de
governo é recuperar o status, a atenção e a importância que a área
cultural merece. Tebet quer oferecer fontes estáveis de financiamento e fomento
às leis de incentivo à cultura, além de usar critérios que contemplem artistas
de todos os portes e de todas as regiões do país. Segundo ela, caso eleita, o
Fundo Nacional de Cultura não sofrerá contingenciamento no seu governo.
"Como professora, só posso dizer que, no meu governo, a
educação será prioridade absoluta pela primeira vez na história do país e a
cultura é parte importante desse projeto", comentou a candidata.
A primeira agenda de campanha de Tebet foi organizada por
Teresa Bracher, fundadora do Documenta Pantanal e do Instituto Taquari Vivo, e
contou com a presença de gestores de instituições culturais paulistas.
Participaram da reunião, entre outros, o diretor-executivo da Osesp (Orquestra
Sinfônica do Estado de São Paulo), Marcelo Lopes; o presidente da Fundação
Bienal, José Olímpio da Veiga Pereira; o diretor de relações institucionais da
Pinacoteca, Paulo Vicelli; o pianista e maestro Marcelo Bratke; além de
representantes do Masp, SP Arte, músicos, artistas plásticos e galeristas.
O encontro aconteceu a portas fechadas. Segundo a assessoria
de imprensa de Tebet, alguns assuntos discutidos foram a desburocratização do
setor, a necessidade de financiamento não só para atividades específicas mas
também para museus e bienais, além da importância da sinergia entre as áreas
governamentais de cultura e relações exteriores.
Em relação ao colapso da projeção cultural no exterior, Simone Tebet afirmou que "o Brasil precisa deixar de ser pária internacional”. Ela criticou ainda o que definiu como “sucateamento" da área promovido pelo governo atual, mas igualmente desaprovou a conotação ideológica com a qual ela foi gerida ao longo dos governos petistas. "A cultura precisa de imparcialidade", disse a senadora. Ela observou que fontes de fomento, como a Lei Rouanet, devem ser atualizadas e que o Fundo Nacional de Cultura não sofrerá contingenciamento no seu governo. "Também precisamos nos aproximar do nível de investimento que os países da OCDE dedicam ao setor", ressaltou.
R7
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