Funcionários de postos de gasolina do Estado do Rio de Janeiro se reuniram com o presidente da Comissão do Trabalho, deputado Paulo Ramos (Psol), nesta quinta-feira (10/10), na Assembleia Legislativa, para discutir o cumprimento do piso regional, de R$ 918,25, previsto na lei 6.402/2013.
Atualmente estes trabalhadores recebem apenas R$ 678, o equivalente a um salário mínimo. De acordo com o parlamentar, a lei deve ser cumprida o quanto antes. “É ilegal pagar um valor menor do que o estabelecido no piso regional. A lei deixa claro que o piso fixo é maior que os acordos coletivos ou convenções estabelecidas entre as partes. Esse valor só pode ser aumentado em negociação nunca diminuído como acontece hoje”, afirmou o deputado.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ), Eusébio Luis Pinto Neto, ressaltou que os frentistas do Rio de Janeiro recebem os salários mais baixos da categoria no país, mesmo sendo o que mais vendeu combustível no ano passado.
“Essa realidade é cruel. Os frentistas do Rio recebem o mesmo que os frentistas de Aracaju, a diferença é que o custo de vida do nosso estado é o segundo maior do país. Muitos trabalhadores têm que sustentar uma família toda com apenas um salário mínimo, trabalhando 7 dias por semana com direito a apenas uma folga”, explicou o sindicalista.
Mais de 30 mil frentistas trabalham nesta situação no Rio de Janeiro. Ao todo são 2.800 postos espalhados pelo estado. De acordo com o parlamentar, é preciso fiscalizar. "A próxima medida da comissão é convocar o Ministério Público para uma nova audiência, a fim de cobrar uma fiscalização maior dos empresários", declarou o parlamentar.
Também estiveram presentes na reunião o presidente do Sinpospetro-Campos, Valdecir Dias, e representantes da União Geral dos Trabalhadores.
(Buanna Rosa)
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