Centros de umbanda, clubes judaicos, igrejas evangélicas e anglicanas serão alguns dos locais que vão hospedar peregrinos que vem ao Rio de Janeiro, na Jornada Mundial da Juventude. Os líderes das entidades garantem que as diferentes concepções de crença não vão provocar atritos, mas sim reforçar o diálogo e a tolerância entre as diversas religiões. Até a primeira semana de julho, mais de 300 mil pessoas já estavam inscritas para participar do evento, que acontece entre 23 e 28 de julho.
O pastor Silas
Esteves, da igreja evangélica Palavra Viva, vai receber uma família italiana no
loteamento mantido pela congregação, em Niterói, na Região Metropolitana.
Esteves, que também é professor de teologia da Shiloh University, nos Estados
Unidos, acredita que o discurso do Papa no Brasil terá como tema a união.
Seguidores da Igreja Anglicana também vão hospedar peregrinos em
suas casas, de acordo com o bispo da Diocese Anglicana do Rio de Janeiro, dom
Philadelpho Oliveira. No dia 24, o bispo, junto com outras lideranças
anglicanas, vai participar de um evento com o Papa. Se tiver oportunidade de
conversar com Francisco, ele pediria diálogo com as classes discriminadas e
menos favorecidas.
“Gostaria que ele olhasse com carinho para os jovens
marginalizados, que trabalhasse junto na questão da tolerância com os
diferentes. Me parece que ele [o papa] é uma pessoa que caminha para essa
direção”, comenta dom Philadelpho, que recebeu pedidos de hospedagem de jovens
da Austrália, Canadá e Estados Unidos.
O presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro, Jayme
Salomão, afirma que os clubes da entidade podem receber atividades culturais e
esportivas durante o período da Jornada. “Esse é o momento de integrar. Acho
que o Brasil tem totais condições de fazer um evento que vai ter repercussão no
mundo todo. Estamos buscando um futuro mais promissor, e que ele seja
acompanhado de paz e harmonia”, observa Salomão.
A Irmã Graça Maria, diretora executiva do setor de hospedagem,
explica que todos os lugares inscritos para receber peregrinos são vistoriados
antes por uma equipe da JMJ, além de ter o aval da Secretaria Extraordinária de
Segurança para Grandes Eventos (Sesge). “É um evento que estamos investindo na
juventude, no nosso país, no mundo. Temos que unir forças, acolhemos todas as
ofertas “, conclui a freira.
Fonte: G1
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