De acordo com autoridades, entre os alvos está um servidor acusado de
corrupção, que teria pedido R$ 240 mil em propina
A Polícia Federal (PF) deu início, neste dia 18 de outubro, a
uma operação para investigar crimes cometidos por um servidor e ex-membros de
uma comissão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Os policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela
Justiça, em Brasília e São Paulo.
“São apurados atos de corrupção praticados por um servidor de cargo
efetivo da ANTT e outras condutas atribuídas a ex-ocupantes de cargos em
comissão da Autarquia Federal. O cumprimento das ordens judiciais visa
robustecer elementos de informação já produzidos no âmbito de dois inquéritos
policiais”, informou a PF, em comunicado.
O servidor em questão ocupava um cargo técnico, e chegou a exercer a
função de Superintendente de Passageiros da ANTT. De acordo com a investigação,
ele pediu R$ 240 mil em propina para uma empresa do setor de transporte
interestadual.
“Há indícios de que os valores das solicitações indevidas consideravam,
por exemplo, o grau de lucratividade das linhas de ônibus sobre as quais se
demandava registro por parte da ANTT”, aponta a PF.
No caso dos ex-membros de comissão investigados, a polícia encontrou
indícios de que eles utilizavam informações internas da ANTT em benefício de
interesses privados.
Por exemplo, uma das investigadas acessou estruturas físicas e sistemas
internos da ANTT quase 18 mil vezes, por cerca de um ano, depois de terminado
seu vínculo com a Agência.
A investigação da PF contou com apoio da Controladoria Geral da União.
Os investigados podem responder pelos crimes de crimes de corrupção
passiva, associação criminosa, violação de sigilo funcional e usurpação de função
pública.
A CNN entrou em contato com a a assessoria da ANTT para se
pronunciar sobre a operação, mas ainda não houve retorno.
* Publicado por Léo Lopes, com informações de Thayana Araújo e
Gabriela Bernardes, da CNN, em Brasília
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