Presidente Bolsonaro tem colocado em dúvida a confiabilidade do atual sistema eleitoral brasileiro
O desfile foi encarado pela oposição como uma tentativa de
intimidação
Partidos de oposição entraram com um mandado de segurança
coletivo no STF contra a passagem de comboio militar no Plano Piloto de
Brasília durante a votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados,
prevista para esta terça-feira. O evento promovido pela Marinha do Brasil está
sendo acusado de ser uma tentativa de intimidação. Parlamentares também se
manifestaram.
No pedido, partidos exigem que que não ocorram desfiles
militares em frente ao local até que se termine a votação da PEC 135/2019 —PEC
do voto impresso—, amanhã, 10, ou em qualquer outra data estipulada pela Câmara
dos Deputados ou Senado Federal.
Segundo a nota divulgada pela Marinha, os veículos
blindados, que partiram do Rio de Janeiro, irão passar em frente ao Palácio do
Planalto para entregar convites ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro
Braga Netto, para uma demonstração no dia 16 deste mês, e após irão seguir para
a Operação Formosa deste ano, exercício militar que acontece anualmente
desde 1988. Apesar da regularidade, é a primeira vez que haverá desfile
militar, bem como a participação da Força Aérea e Exército na operação. A
oposição encarou a medida como tentativa de intimidação.
"Nesta terça-feira (10/8), pela manhã, comboio com
veículos blindados, armamentos e outros meios da Força de Fuzileiros da
Esquadra, que partiu do Rio de Janeiro, passará por Brasília, a caminho do
Campo de Instrução de Formosa (CIF). Na oportunidade, às 8h30, no Palácio do
Planalto, serão entregues ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao
Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, os convites para comparecerem à
Demonstração Operativa, que ocorrerá no dia 16 de agosto, no CIF", diz a
nota.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) chamou classificou o
ato como uma brincadeira. "Pedi à Justiça que impeça o gasto de recursos
públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As Forças Armadas,
instituições de Estado, não precisam disso. Os brasileiros, sofrendo com as conseqüências
da pandemia, também não. O Brasil não é um brinquedo na mão de lunáticos",
disse o parlamentar.
O mandado de segurança é um mecanismo constitucional de
proteção individual ou coletiva de pessoa física ou jurídica contra atos
ilegais ou arbitrários do poder público. A nova lei alterou as condições para a
propositura e o julgamento de mandados
de segurança individuais ou coletivos.
O DIA
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