JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: Dengue cresce mais de 150% com pobreza e falta de ações

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Dengue cresce mais de 150% com pobreza e falta de ações

 


Os casos de dengue no Brasil cresceram 151,4% durante os quatro primeiros meses de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, e já superam o número total de diagnósticos de 2021. Para especialistas, o cenário atual acende o alerta para a necessidade de políticas públicas voltadas para o controle da doença.

Os dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostram que, até abril, foram registrados 757.068 casos prováveis de dengue no país, enquanto nos 12 meses de 2021 juntos foram identificados apenas 534.743. Em 2020, esse volume foi de 979.764, total que também deve ser ultrapassado neste ano se os casos continuarem no ritmo atual.

Analistas ouvidos pelo GLOBO explicam que a falta de medidas de combate ao mosquito transmissor, o empobrecimento da população e o fato de a doença ser cíclica — costuma provocar grandes ondas de três em três anos — são fatores por trás do aumento. Eles reforçam que medidas, tanto do poder público, como individuais, precisam ser tomadas para que os números voltem a patamares mais baixos.

Combate árduo

As iniciativas para combater a dengue são voltadas ao bloqueio da reprodução de seu agente transmissor, o mosquito Aedes aegypti, que utiliza água parada para depositar seus ovos. Os métodos envolvem verificar lugares onde pode haver recipientes como caixas d’água abertas, vasos de plantas, garrafas e pneus, e eliminar o acúmulo.

Embora o Brasil tenha uma vacina aprovada para a doença pelas autoridades sanitárias — a Dengvaxia —, o imunizante está disponível apenas em clínicas particulares e não oferece ampla proteção.

Há perspectiva do surgimento de novos imunizantes mais eficazes nos próximos anos, como o desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, que já está na última fase dos testes clínicos e deve ter resultados até 2024.

Fonte: Extra


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