Os dados do último boletim epidemiológico do Ministério da
Saúde mostram que, até abril, foram registrados 757.068 casos prováveis de
dengue no país, enquanto nos 12 meses de 2021 juntos foram identificados apenas
534.743. Em 2020, esse volume foi de 979.764, total que também deve ser ultrapassado
neste ano se os casos continuarem no ritmo atual.
Analistas ouvidos pelo GLOBO explicam que a falta de medidas
de combate ao mosquito transmissor, o empobrecimento da população e o fato de a
doença ser cíclica — costuma provocar grandes ondas de três em três anos — são
fatores por trás do aumento. Eles reforçam que medidas, tanto do poder público,
como individuais, precisam ser tomadas para que os números voltem a patamares
mais baixos.
Combate árduo
As iniciativas para combater a dengue são voltadas ao
bloqueio da reprodução de seu agente transmissor, o mosquito Aedes aegypti,
que utiliza água parada para depositar seus ovos. Os métodos envolvem verificar
lugares onde pode haver recipientes como caixas d’água abertas, vasos de
plantas, garrafas e pneus, e eliminar o acúmulo.
Embora o Brasil tenha uma vacina aprovada para a doença
pelas autoridades sanitárias — a Dengvaxia —, o imunizante está disponível
apenas em clínicas particulares e não oferece ampla proteção.
Há perspectiva do surgimento de novos imunizantes mais
eficazes nos próximos anos, como o desenvolvido pelo Instituto Butantan em
parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados
Unidos, que já está na última fase dos testes clínicos e deve ter resultados até
2024.
Fonte: Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário