Um estudo realizado pela c
onsultoria Atlas demonstrou que o
eleitor tende a avaliar negativamente as falas mais agressivas do presidente
Jair Bolsonaro (sem partido). Um estudo realizado pela consultoria Atlas
demonstrou que o eleitor tende a avaliar negativamente as falas mais agressivas
do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um estudo realizado pela
consultoria Atlas demonstrou que o eleitor tende a avaliar negativamente as
falas mais agressivas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A ferramenta desenvolvida pela entidade funciona como uma
espécie de termômetro do humor do eleitor. Os participantes são estimulados a
sinalizar valores positivos ou negativos enquanto acompanham trechos de falas
do presidente, numa escala que vai de "terrível" a
"excelente".
Mais de 2.500 eleitores participaram de uma análise do
pronunciamento de Bolsonaro sobre a pandemia em 2 de julho. O levantamento
mostra que em momentos de discurso moderado, com menções à vacinação e às
mortes pela doença, a percepção foi positiva. Entretanto, quando o presidente
passa a atacar adversários políticos e repetir falas negacionistas, as
avaliações desabam.
Um movimento similar ocorreu na análise de uma transmissão
ao vivo realizada em 29 de julho, em que o presidente prometeu mostrar provas
de suposta fraude na eleição de 2018. As análises começaram nas posições de
neutralidade ou ligeiramente positivas, mas despencaram quando o presidente fez
ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luís Roberto
Barroso, e afirmou que não seria possível provar a tese de fraude nas urnas
eletrônicas. Um movimento similar ocorreu na análise de uma transmissão ao
vivo realizada em 29 de julho, em que o presidente prometeu mostrar provas de
suposta fraude na eleição de 2018. As análises começaram nas posições de
neutralidade ou ligeiramente positivas, mas despencaram quando o presidente fez
ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luís Roberto
Barroso, e afirmou que não seria possível provar a tese de fraude nas urnas
eletrônicas.
"É nítido que cada vez que Bolsonaro perde essa postura
mais presidencial, a reação da audiência piora. À medida em que ele focar
mais no governo e na governabilidade do país, em resolver os problemas reais
que o Brasil tem, e menos em atacar adversários, ataques contra juízes do
STF, ataques pessoais, muitos deles, ele terá a chance de reverter sua queda de
popularidade", afirma Andrei Roman, CEO da Atlas e cientista
político.
Entre todos os participantes, apenas os segmentos de homens
e evangélicos, tradicionais apoiadores do presidente, seguiram considerando as
falas numa posição ligeiramente acima do "neutro". A maior queda da
avaliação foi entre jovens de 16 a 24 anos, no discurso a respeito da pandemia.
Para o cientista político Paulo Ramirez, a percepção do
eleitor sobre o discurso do presidente tem a ver com a situação política,
econômica e social do país. "Muitos brasileiros perderam parentes ou
conhecidos no meio da pandemia, tiveram colegas, familiares próximos
desempregados. Todas essas questões acabam produzindo um verdadeiro desgaste da
imagem do governo Bolsonaro. Alguns analistas políticos já indicam certas
dificuldades que Bolsonaro possa vir a ter para alcançar o segundo turno, caso
mantenha esse tipo de discurso", comenta.
Tv Cultura
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