Na noite de sexta-feira, 12 de
abril, foi de transformação para muitos jovens no Centro do Rio. Na Catedral
Metropolitana do Rio de Janeiro, milhares de jovens compareceram à missa de
abertura das comemorações para os “100 dias rumo à JMJ”, presidida pelo padre
Reginaldo Manzotti. Após a missa, eles saíram em procissão junto com um trio
elétrico, conduzido pelo padre Reginaldo e pela Banda Bom Pastor, passando por
diversas ruas da Lapa, berço da boemia carioca, em direção à Igreja de
Sant'Ana, onde foi realizada a Adoração ao Santíssimo Sacramento. À medida que
a procissão andava o número de pessoas aumentava, chegando à marca de 5.000
jovens e ocupando um espaço de quase três quarteirões.
Antes do início da missa, em
entrevista, padre Reginaldo já destacava que a Lapa é um lugar muito importante
para testemunhar Jesus Cristo. “O que significa a Lapa no Rio? Lugar boêmio que
está cheio de jovens. Ao invés de dizer venham para a Catedral, vamos sair da
Catedral pelas ruas e mostrar o rosto jovem de Jesus Cristo”, ressaltou. E
assim aconteceu. Com muita animação, os jovens cantaram e dançaram ao som do
trio elétrico, despertando a atenção de quem estava em bares e boates. Na
região dos Arcos da Lapa, eles cantaram a música “Derrama o teu amor aqui”,
convidando mais jovens a também participarem da procissão.
Santa Missa e Adoração a ajuda
da Igreja aos necessitados de Deus
Os jovens, na Catedral, já
estavam animados antes de a missa começar. No início da Santa Missa, o diretor
de Atos Centrais da JMJ e coordenador do Setor Juventude da Arquidiocese do
Rio, padre Renato Martins, lembrou que os jovens católicos devem ser, na JMJ,
símbolos do amor de Jesus. “Que a Jornada Mundial da Juventude seja um grande
momento de restauração da fé de muitos jovens que estão em outros caminhos”,
disse.
O padre Reginaldo Manzotti
lembrou que, na última vez em que esteve no Rio, a JMJ pedia voluntários e, na
noite de ontem, havia milhares só na catedral. Na Homilia, o sacerdote lembrou
os cinco pontos da mensagem do Evangelho do dia, sobre a multiplicação dos pães
e peixes, que devem ser vividos pelas pessoas: o olhar, a voz ativa, a doação,
a partilha e a solidariedade. “No Evangelho de hoje, somos chamados a
experimentar a força do Ressuscitado. Jesus levantou os olhos e viu que eles
estavam com fome. Ele viu a necessidade das pessoas. Às vezes, na nossa frente,
as necessidades também se impõem. E ninguém diz que está errado. A JMJ é um
abrir as portas para os outros. É um olhar para a Igreja para ver as
necessidades. A Jornada tem que ecoar e o nosso olhar tem que ser atento como o
de Jesus, sendo sensível à missão”, frisou padre Reginaldo.
Além disso, o sacerdote também
disse que chegou o tempo de “fazer o 'checklist' e as últimas lições de casa”.
“A partir de agora, a contagem regressiva serve para despertar a sociedade.
Também é para que o próprio Rio de Janeiro e suas paróquias estejam num estado
de profundo acolhimento de dois milhões de pessoas. Significa uma atitude
acolhimento, que é muito mais do que abrir as portas da casa; é acolher na
simpatia, no diálogo”, explicou.
Já no início de Adoração, na
Igreja de Sant'Ana, após a procissão, o sacerdote afirmou que muitas pessoas
que estavam pelas ruas da Lapa, entre elas, as que tem alguma dependência
química ou algum transtorno psíquico, as que tem problemas com a família e as
que vivem em estado de mendicância, precisam da ajuda de todos. “O que nós
vimos no Centro do Rio é o que também acontece em outros lugares do Brasil.
Essas pessoas precisam da nossa ajuda”, destacou. A adoração seguiu até às 6h,
com muita oração e música. Os cantos foram conduzidos pela banda Frutos de
Medjugorje.
Para o jovem Lucas de Sousa, da
Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Rocinha, foi inexplicável ver essa
união dos jovens católicos com os que estavam na Lapa e saber que nem toda a
juventude se encontra perdida. “Foi maravilhoso louvar ao Senhor nos Arcos da
Lapa, esse berço da boemia, e ainda ser encantado pelo amor de Jesus”, disse.
A jovem Rafaela Mendes, da
Igreja de Sant'Ana, destacou que foi um importante momento para conscientizar
os jovens de que eles podem seguir o bem.
"Ide e fazei discípulos
entre todas as nações"
(Mt 28,19)
entre todas as nações"
(Mt 28,19)
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