segunda-feira, 19 de julho de 2021
Nova quadra de areia sendo construída em Ponte Seca no Município de Aperibé - RJ
TRILHA PARA A ADOÇÃO
Profissionais dão suporte à espera e ao nascimento de famílias formadas via judiciário. A atuação das doulas é fundamental para reduzir a 'devolução' de crianças aos abrigos
No começo de junho passado, em plena pandemia
de covid-19, a administradora de empresas Maria Aparecida Garcia, 45 anos,
recebeu a ligação pela qual esperou por quatro anos ao lado do marido, o
empresário Thiago Garcia, 34. Do outro lado da linha, uma assistente social da
Vara da Infância e da Juventude avisava que duas irmãs, de 8 e 9 anos, estavam
disponíveis para adoção na
região metropolitana de Pernambuco. De acordo com a posição do casal na “fila”
nacional de pretendentes e o perfil buscado, era a vez deles de manifestar
interesse ou não em conhecer as crianças (primeiro, por uma videochamada). “Meu
puerpério começou aí”, diz Maria, após diversas tentativas frustradas para
engravidar. “Fui tomada por várias emoções e só pensei em ligar para uma
pessoa: minha
doula.”
Geralmente esse tipo de profissional oferece apoio emocional
durante a gestação e acompanha o parto
normal ou cesárea. Contratar uma doula para o nascimento de uma família via
adoção é algo comum em países como os Estados Unidos, mas uma possibilidade
recente no Brasil. “Precisamos de atenção e escuta nessa maternidade também.
Ela vem de uma hora para outra, após um tempo de espera que pode ser bastante
angustiante e solitário”, diz a psicóloga Mayra Aiello, 36 anos, mãe de Maria,
hoje com 3 anos, e que chegou aos nove meses. Durante a própria etapa de
habilitação, Mayra percebeu que não havia no país um acolhimento especializado.
Em suas pesquisas na internet, descobriu uma brasileira que
se formou – e atuou até 2016 – como doula de parto e adoção na Califórnia
(EUA). Lá a legislação permite a chamada “adoção direta”. Quando uma genitora
manifestava interesse em entregar a criança, Marianna Muradas era acionada e
auxiliava da gestação à transição do bebê para a família adotiva. Mayra entrou
em contato com Marianna e insistiu que ela adaptasse a profissão para o
contexto do Brasil. Tempos depois, ambas compartilhavam o puerpério e
idealizavam o curso “Doulas de Adoção”, que capacitou quase 100 profissionais
desde a primeira turma, em fevereiro de 2020.
Um preparo diferente
“Na maternidade biológica, a gente sabe que vai nascer um bebê e costuma ter um
tempo para se preparar”, diz Marianna, mãe de Tom, 2 anos. “Na adoção, você só
descobre quem é a criança quando o telefone toca. Cuidar de outro ser muda
a rotina, gera privação de sono e até alterações hormonais. Quantas
devoluções de crianças adotivas são consequência de pais que se sentiam
solitários porque as pessoas ao redor não entendiam as especificidades da
adoção?” Autora do livro infantil Filho é filho (Editora Matrescência),
Marianna foi adotada aos cinco dias de vida e critica tanto o tabu quanto a
romantização do assunto.
Persiste, por exemplo, a visão de que tal parentalidade é
uma forma de ação social. De acordo com Mayra, a doula de adoção tem as
ferramentas para provocar reflexões sobre motivações, transformando “olhares
equivocados” em expectativas reais. A profissional pode ser contratada por
ciclos, oferecendo um pacote de atendimentos para cada fase do processo de
adoção. No início, costumam orientar nos trâmites processuais.
O casal Marieta Spada, cenógrafa, 37, e André Mizarela,
profissional de marketing, 47, do Rio de Janeiro, deu entrada na papelada há um
ano e contratou Mayra pouco depois. “Foi um alívio saber que eu poderia ter uma
doula também e discutir tantas questões subjetivas”, diz Marieta. “Entre outras
coisas, nos ajudou a chegar a um denominador comum no perfil”, diz André. Eles
indicaram no cadastro que não há preferência por gênero ou raça e aceitam uma
criança que tenha uma doença infectocontagiosa (como HIV), mas limitaram a
idade até 5 anos.
Fonte: Revista Crescer
Covid-19: nos 6 meses da vacinação no Rio, estudo mostra que imunização salvou a vida de quase 6 mil idosos no estado
Há seis meses, aos pés do Cristo Redentor, Terezinha da Conceição, de 80 anos, abriu a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Rio, numa cerimônia lotada de autoridades. A idosa foi a primeira dos 6,8 milhões de fluminenses que receberam pelo menos uma dose do imunizante nos 182 dias desde então. Moradora do abrigo Cristo Redentor, uma das primeiras casas de repouso escolhidas para receber os lotes iniciais no estado, Terezinha não se deixou assustar com os espirros que andou soltando na última semana. Segura do efeito da vacina, com tranquilidade aguardou que os sintomas de resfriado fossem embora — e foram. Por videochamada, impedida de receber visitantes devido à variante Delta, ela chora ao sentir saudades dos amigos, das aulas de dança, do cursinho de artesanato. Mas faz questão de destacar um dos efeitos da imunização: a paz de espírito.
— Digo ao mundo inteiro: tomem a vacina. Não vá pela conversa de uns e de outros — recomenda.
‘Vemos mortes de pessoas jovens’
O impacto da vacinação é acompanhado de perto pela técnica de enfermagem Dulcineia da Silva, de 60 anos, que trabalha no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que tem a maior UTI pública para pacientes com Covid do Rio. Ela lembra quando foi pela primeira vez ao Cristo Redentor, justamente para tomar a vacina, assim como Terezinha. Nos últimos meses, viu o perfil de internados mudar e ficou surpresa ao ter que cuidar de tantos jovens infectados.
— Vemos mortes de pessoas jovens. É algo que não conseguimos nos acostumar. Se quem não usa máscaras e aglomera visitasse uma UTI Covid, repensaria ao desrespeitar as regras — alerta.
Seis meses depois daquela picada, ela diz ter esperança de dias melhores. Mesmo certa da eficácia da vacina, não abandonou as medidas de proteção:
— Não é porque tomei a vacina que vou abusar. Você pode ainda ter o vírus e transmitir para quem você mais ama. Vejo na rua gente sem máscaras, e isso é revoltante.
Sem baixar a guarda
Apesar dos bons sinais, a campanha de vacinação no estado deixou buracos — que podem ser fatais frente à chegada da variante Delta, a mais transmissível já catalogada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Apenas 39 dos 92 municípios fluminenses atingiram 90% dos idosos imunizados com ao menos uma dose. No estado, mais de 600 mil pessoas podem estar com a injeção de reforço atrasada. Os dados foram compilados pelo epidemiologista Guilherme Werneck, pela sanitarista Ligia Bahia, ambos da UFRJ, e pelo médico Mário Scheffer, da USP.
— Houve um problema específico no Rio no início da vacinação, principalmente na Baixada. O Rio teve uma desorganização singular, a gente sabe disso — afirmou Ligia Bahia.
A cada injeção no braço do carioca, o Rio avança um passo na retomada do “velho normal”. Bares e restaurantes funcionam sem restrição, praias e shoppings estão liberados e quase 100% das escolas já reabriram. O prefeito Eduardo Paes já planeja o réveillon e o carnaval. Dados de mobilidade do Google para todo o estado apontam uma aumento na circulação de pessoas, que se aproxima dos níveis de antes da pandemia. Mas o momento ainda deve ser de cautela.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, diz que “é difícil” controlar a circulação na cidade no contexto atual, mas que é não possível baixar a guarda: as regras sanitárias devem ser mantidas, principalmente, com a chegada da Delta ao Rio.
REDE DE MENTIRAS SOBRE A COVID-19
Bolsonaristas espalham dados falsos sobre a Covid-19 e confundem população sobre perigos da doença
Uma das frentes de investigação da CPI da Covid, a
desinformação sobre a doença no país é marcada pela distribuição de mensagens
falsas que simulam e falsificam a linguagem científica, fenômeno conhecido como
“fake science” (ciência falsa, em inglês). O alerta é de um estudo realizado
por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da
Universidade Federal Fluminense (UFF) que identificou o uso da estratégia em ao
menos 57 publicações feitas por 38 sites, a maioria bolsonarista, ao longo da
pandemia. O GLOBO apurou que parte desses textos foi divulgada, inclusive, por
parlamentares da base do governo.
Essas publicações, no formato de reportagens jornalísticas,
se valem de estratégias variadas: garimpam estudos científicos reais e
distorcem seu conteúdo, usam dados preliminares como se fossem definitivos ou
citam informações não verdadeiras para promover remédios ineficazes contra a
Covid-19, como a ivermectina e a cloroquina, lançar dúvidas sobre vacinas e
minar medidas como o uso de máscara e o distanciamento social, em uma retórica
semelhante à adotada pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Alguns
dos principais sites responsáveis por esses conteúdos já são alvo do inquérito
das fake News no Supremo Tribunal Federal (STF).
Coordenadora da pesquisa, que foi financiada pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a professora da UFRJ Rose Marie Santini destaca que na
pandemia a ‘fake Science ‘ ganhou escala , velocidade e volume jamais vistos e
que, no caso do Brasil. As mensagens falsas foram disseminadas e amplificadas
por políticos e influenciadores, além de canais institucionais oficiais do
governo.
- A dinâmica de disseminação da ‘fake science’ para embasar argumentos
mentirosos sobre a pandemia. Portanto, tanto as notícias falsas sobre ciência
como artigos científicos falsos passaram a ser massivamente compartilhados nas
redes sociais. Isso demonstra que a indústria de falsificação de informação
passou a afetar a ciência como vem afetando o jornalismo.
O site com mais conteúdos publicados, segundo o levantamento, é o Estudos
Nacionais, com sete ao todo. A plataforma foi fundada pelos jornalista Cristian
Derosa, que se apresenta como auno do curso do ideólogo de direita Olavo de
Carvalho, e já foi alvo de campanhas de desmonetização do movimento Seleeping Giantes Brasil. Que alerta as empresas sobre anúncios
em sites geram desinformação.
Fonte: Jornal Extra
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Santo Antônio de Pádua - RJ
'Não existe sommelier de vacina. Existe imbecil'. Especialista critica quem escolhe imunizante para Covid-19
Luis Fernando Correia é médico com décadas de experiência e tem dedicado
seus dias desde o início da pandemia a curar pessoas que sofrem de uma doença
potencialmente muito perigosa: a burrice! Neste Papo Reto, ele critica a elite
do atraso, que quer ficar escolhendo vacina, e denuncia que há muito mais do
que ignorância por parte dos que se dedicam a espalhar bizarrices e falsas
notícias sobre a pandemia.
Qual
o risco real da variante Delta no Brasil?
Mesmo
quem está vacinado deve manter os cuidados ao máximo?
Como os estudos vêm mostrando que o que protege contra a variante Delta
é a cobertura vacinal completa, o que se sabe é que a gente precisa que muita
gente chegue nesse ponto. Então, enquanto 70% da população não estiver com a
cobertura completa, a gente não pode ficar tranquilo, não pode baixar a guarda.
E pelo simples fato de a variante Delta ser mais infectante, é preciso mandar
os cuidados, evitar aglomeração, estar em ambientes arejados, uso de máscara e
lavagem de mão.
Como
vê esses movimentos, criando até grupos em redes sociais, para escolher qual
vacina tomar?
Esse movimento de escolha de vacina é reflexo de duas questões
culturais. Uma elite mal informada, tipicamente brasileira, que acha que é
diferente, que acha que o que vem lá de fora é melhor, então quer usar Pfizer,
em vez de usar as que são fabricadas no Brasil, como Coronavac e Astrazeneca.
Não tem a menor razão de ser. Simplesmente, eu tenho um pouco de medo, tem me
incomodado essa história de sommelier de vacina. Porque a elite brasileira
adora esse tipo de coisa. Então, se a gente continua a usar esse termo
sommelier de vacina, esses imbecis vão continuar achando que estão fazendo a
coisa certa. Temos que chamar eles de imbecis e ponto.
Qual
foi sua sensação ao ser vacinado?
Sensação de alívio, é verdade. Estou vacinado desde março, porque estou
morando fora do Brasil, assim foi mais fácil. E mesmo assim a sensação mais
forte é que eu gostaria que o resto do meu país estivesse recebendo a mesma
quantidade de vacinas que tem por aqui. O que mais me bateu foi a sensação de
incômodo, junto com o alívio, porque no Brasil não está disponível para todo
mundo.
É
prudente ter público nos estádios esse ano?
Definitivamente, não temos a menor condição de ter público em estádios.
Essa decisão onde foi tomada, foi tomada de forma precipitada. Eurocopa,
Wimbledon, Copa América vêm mostrando que essas decisões foram tomadas de forma
precipitada. Não é hora de público dentro do estádio. Porque se você libera,
você estimula aglomeração fora dos estádios, estimula aglomeração para ver os
jogos. A sensação que passa para as pessoas é que as coisas estão resolvida. E
isso é extremamente perigoso.
E em
relação à realização do carnaval, qual a sua percepção?
Eu acho que nesse momento não temos condições de avaliar se teremos
carnaval ou não. A decisão (de ter) foi tomada, mas sem nenhum tipo de
embasamento. Existem muitas variáveis até lá. A maior é a circulação e a
ocupação do espaço pela variante Delta e suas consequências no Brasil. O fato
de que pra gente ter uma coisa parecida com carnaval tem que ter uma cobertura
vacinal muito maior. E o que se está vendo com a variante Delta é que, além dos
adultos, as crianças vão precisar ser vacinadas também. Mais uma vez estamos
passando a mensagem errada de que a coisa está resolvida. E não está. Me
preocupa muito quando os políticos anunciam o avanço da vacinação na primeira
dose, que é uma coisa a se comemorar, mas o que a gente precisa é avançar com a
vacinação completa, com duas doses ou dose única. Não dá pra falar de carnaval
agora. É movimento politiqueiro e populista.
Quando
teremos de novo uma vida normal?
Minha perspectiva é que a gente consiga voltar a uma vida parecida com o
antigo normal em meados do ano que vem. Isso obviamente com essas variáveis que
eu coloquei, a variante Delta, outras que não conhecemos ainda. A gente já
sabe, por exemplo, de uma variante, a Epsilon, surgida na Califórnia, que tem
capacidade de escapar das vacinas de forma mais intensa, mas ainda não ocupou
ainda um espaço ecológico importante. Então a gente não tem como medir o impacto.
Se a gente não cessar a circulação do vírus, novas variantes vão acabar
acontecendo, isso é biológico. Por isso eu acredito que a gente precisa vacinar
muita gente no mundo inteiro. Isso é importante. A frase da pandemia é:
"Ninguém está seguro até que todos estejam seguros." Até a gente
conseguir fazer isso, a vida não pode voltar ao normal.
Qual
foi a coisa mais bizarra que viu até hoje em relação a boatos sobre vacinas e
sobre a pandemia como um todo?
No ano passado, eu fiz uma live por dia, todos os dias. E eu
dizia que ia colecionar as bizarrices no meio do caminho. Mas foram tantas que
eu não consegui guardar todas. Acho que o mais importante é combater o
movimento anti-vacina, ali tem as bizarrices mais surreais. A maior delas é que
quando você injeta a vacina você está injetando nano-robôs que vão capturar seu
código genético e vão comunicar alguma coisa para fora do seu corpo através da
tecnologia 5-G (risos). Desculpe eu estar rindo, mas é muito bizarro isso. E
quem estaria por trás desse plano maléfico global seria o Bill Gates. Talvez
porque a fundação do Bill Gates tenha doado muito dinheiro pra o Covax, pra
comprar vacina. E aí o movimento anti-vacina se aproveita disso. O mais
importante é lembrar aos nossos leitores e ouvintes de que o movimento
anti-vacina não é ideológico, é financeira, de pessoas que ganham muito
dinheiro com isso. Ganham para inventar mentiras. E políticos se utilizam
dessas bizarrices e da boa-fé das pessoas para ganhar voto. Se alguém diz pra
você que está preocupada com a vacina, está preocupada com seu filho, é
mentira. Ela está preocupada com dinheiro. A gente tem que lembrar que existem
pessoas que não podem ser vacinadas. 95% dos casos de tumores malignos infantis
são tratáveis e curáveis. Isso era impensável umas décadas atrás, quando
comecei na faculdade de Medicina. Essas crianças que agora são adultos não
podem tomar vacina. Pessoas em tratamento de quimioterapia não podem. Pessoas
com doenças imunológicas não podem. Transplantados talvez não possam. Então,
quando alguém não toma vacina, está colocando todas essas pessoas em risco.
Essas pessoas são irresponsáveis, egoístas e extremamente malvadas, para não
dizer outra coisa.
Fonte: Jornal Extra
Estado do Rio recebeu verba para colocar câmeras em uniformes de policiais, mas guarda o dinheiro há um ano
Há mais
de um ano, o governo do Rio mantém, parado na conta, dinheiro que deveria ser
usado para a compra de câmeras portáteis a serem colocadas nos uniformes de
policiais. O montante faz parte de transferências que somam mais de R$ 20
milhões, realizadas entre dezembro de 2019 e junho de 2020 pelo governo federal
ao Fundo de Segurança Pública do estado, para ações de “enfrentamento à
criminalidade violenta”.
Segundo um plano de ação enviado pelo
governo do Rio ao Ministério da Justiça para liberação da verba, pouco mais de
R$ 5 milhões seriam gastos na compra das filmadoras e de repetidores de wi-fi e
com a contratação de um serviço para armazenamento das imagens. Até hoje,
porém, nem um real foi gasto e nenhuma câmera, adquirida.
O processo de compra das câmeras
começou no fim de 2019, quando o governo estadual criou o Fundo de Segurança
Pública e se tornou apto a receber verbas de uma reserva nacional mantida pelo
Ministério da Justiça com recursos arrecadados nas loterias. No entanto, para
receber o repasse, os estados deveriam enviar ao governo federal um plano de
ação descrevendo como o dinheiro seria gasto e de que forma os investimentos se enquadrariam no objetivo
do fundo.
Só depois de ter o plano aprovado um estado recebe o montante, que deve
ser gasto apenas nas atividades elencadas no plano de ação. Se o dinheiro não
for usado, não pode ter outra destinação e precisa ser devolvido.
A “modernização tecnológica através da aquisição de câmeras corporais” é
o primeiro item do plano de ação entregue pelo Rio. De acordo com o documento,
seriam gastos R$ 3.522.200,00 na compra de 1.600 câmeras. O número de
filmadoras atenderia, segundo a corporação, 60% do efetivo total presente nas
ruas do estado por turno de trabalho — cerca de 2.800 agentes. O restante da
demanda “será objeto de nova proposição de aquisição em momento oportuno, com
base nos resultados obtidos nessa primeira etapa”, de acordo com o plano de
ação. O documento também prevê a compra de 52 repetidores de wi-fi ao custo
estimado de R$ 48.289 — um para cada batalhão operacional — e a contratação de
um serviço de armazenamento de imagens a R$ 1.530.209,50.
Segundo o plano da corporação, a meta era adquirir “pelo menos 90% ou
mais dos equipamentos previstos em até 180 dias”. Havia ainda a expectativa de
que, em 12 meses, as câmeras já tivessem sido entregues. O documento foi
elaborado em setembro do ano passado.
Exemplo de São Paulo
Enquanto a aquisição caminha a passos lentos no Rio, câmeras
já estão sendo usadas em São Paulo e ajudam a diminuir estatísticas de mortes
em operações. Em junho, mês em que o programa alcançou 18 batalhões da Região
Metropolitana, o número de homicídios decorrentes de intervenções policiais
caiu 54% e chegou a 22, menor índice desde maio de 2013. Nos 18 batalhões que
receberam filmadoras, nenhum caso foi registrado em todo o mês.
O Rio tem números de letalidade policial maiores que os de São Paulo. Segundo
dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em 2020, a polícia
fluminense teve uma taxa de 7,2 mortes por cem mil habitantes. As forças de
segurança paulistas registraram uma taxa quatro vezes menor, de 1,8. Ao todo,
no Rio, houve 1.245 mortes em ações policiais ao longo de 2020. Em São Paulo,
foram 814.
Apesar dos números, o Rio não tem sequer prazo definido para a instalação das
câmeras nos uniformes dos policiais. No mês passado, ao sancionar a lei que
determina o uso das filmadoras pelas polícias, o governador Cláudio Castro
vetou um artigo que estipulava um período de até dois anos a partir da
publicação para a implantação da tecnologia. Na ocasião, ele também vetou o
artigo que previa que qualquer cidadão envolvido diretamente em ocorrências
gravadas pudesse solicitar os registros de áudio e vídeo.
Carros novos
A lei sancionada por Castro complementa uma outra, aprovada
em 2009, que prevê a instalação de câmeras nas viaturas das polícias. Há três
anos, a determinação é sistematicamente descumprida pelo estado. Filmadoras
chegaram a ser instaladas nos carros da PM a partir de 2012. Porém, em 2018, a
frota da corporação foi renovada, e os novos veículos não têm câmeras.
Vale lembrar que, em 2014, foi justamente a gravação de um equipamento
instalado numa viatura que permitiu a elucidação do assassinato de um
adolescente de 14 anos. Seu corpo foi desovado no Sumaré por dois PMs.
Questionado sobre o motivo para o dinheiro estar parado no fundo há mais de um
ano, o governo respondeu, em nota, que “a documentação para a descentralização
do recurso” do fundo estadual para a PM “está em trâmite”. Segundo o Palácio
Guanabara, a corporação vai receber R$ 30,7 milhões e serão compradas “câmeras
corporais para policiais militares, munição, e 32 veículos”. Um processo de
compra já estaria em curso, “com previsão de licitação e contratação até início
de setembro”.
Já o Ministério da Justiça afirmou que monitora a aplicação da verba e
verificou que “não consta aplicação dos recursos por parte do Rio de Janeiro”:
“Caso o prazo seja encerrado, os recursos voltam para o Fundo Nacional de
Segurança Pública”, frisou.
Fonte: Jornal Extra
#DudaNoPodio novamente! A atleta paduana conquista mais uma medalha!
A Secretaria Municipal de Saúde de Santo Antônio de Pádua informa que o município recebeu mais doses da vacina Contra a Covid-19
A Secretaria Municipal de Saúde de Santo Antônio de Pádua informa que no dia, 17/07/21 o município recebeu mais doses da vacina Contra a Covid-19.
210 doses (D1) de AstraZeneca
530 doses de AstraZeneca (aguardando a definição do Ministério da Saúde quanto ao público destinado - D1 ou D2)
Assistência Social de Trajano lança projeto CRAS itinerante: cada vez mais perto da população
domingo, 18 de julho de 2021
Noroeste Fluminense: Firjan reúne autoridades municipais para modernizar legislação da tecnologia 5G
Compareceram ao encontro autoridades de 10 cidades do
Noroeste Fluminense; municípios que adequarem primeiro suas legislações
receberão investimentos com mais agilidade
'Não adianta ter dinheiro e não ter projetos', diz Castro
em reunião com 60 prefeitos do interior do Rio
O 5G vai possibilitar a implementação de cenas dignas de
ficção científica: carros autônomos, telemedicina – incluindo cirurgias à
distância –, cidades inteligentes, realidade aumentada e internet das coisas
são apenas alguns exemplos que estarão presentes no cotidiano dos cidadãos num
futuro breve. Encontros também serão realizados nas demais representações
regionais da Firjan, que dará apoio técnico e jurídico para que as câmaras
municipais avancem na redação das leis.
Municípios que estiverem alinhados com a legislação federal
(Lei das Antenas - 13.116/2015 e decreto 10.480/2020) deverão ser priorizados
para receberem investimento das operadoras, conforme item no edital da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel). O Estado do Rio de Janeiro foi pioneiro
na aprovação de uma legislação para a implementação da tecnologia 5G (lei 9.151/20),
que instituiu o Programa de Estímulo à Implantação das Tecnologias de
Conectividade Móvel.
PUBLICIDADE
“A disponibilidade do 5G representa um enorme fator de
atração de empresas, e isto significa mais negócios, mais empregos, mais renda
e mais arrecadação de impostos para a região. Portanto, vamos caminhar juntos
para superarmos os obstáculos legais hoje existentes”, disse o presidente da
Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Hoffmann.
Mais antenas e internet na zona rural - A melhoria da
infraestrutura de redes com banda larga de qualidade é um dos temas
prioritários do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025,
agenda estratégica construída pelos empresários da Firjan com soluções para os
entraves ao desenvolvimento econômico e social das regiões fluminenses. Dados
da Anatel apontam que os investimentos feitos pelo 5G vão refletir no aumento
médio de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) por ano até 2035.
PUBLICIDADE
Para a implementação concreta da nova tecnologia de
cobertura móvel será necessário aumento expressivo no número de antenas, dada
suas características técnicas. Os equipamentos são menores, silenciosos e
ocuparão espaços mais comuns, como postes de iluminação, sinais de trânsito,
fachadas e telhados de prédios e residências, áreas públicas e mobiliário
urbano, entre outros. O compartilhamento de infraestrutura também passa a ser
relevante, pois diminui a redundância de investimentos, contribuindo para a
eficiência na alocação dos recursos privados, que poderão ser reorientados para
a expansão e aumento da qualidade dos serviços, e para a melhoria do ambiente
urbano e rural.
“Há formas diversas para aumentar a conectividade, uma
delas é reverter eventuais multas aplicadas às operadoras em investimentos onde
ainda a internet ainda não chega. Mas é importante dizer que sem infraestrutura
não há conectividade, e muitas vezes esbarramos em legislações que dificultam a
instalação das antenas pela falta de clareza nas regras de ordenamento e
ocupação do solo ou tombamento histórico. Os municípios precisam avaliar suas
leis e considerar suas particularidades”, explicou Luciano Stutz, presidente da
Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (ABRINTEL).
PUBLICIDADE
Atualmente, segundo dados da Anatel, 94,71% dos moradores
de Itaperuna têm cobertura 4G, mas apenas 34,22% da área do município é
coberta. Com o leilão do 5G, o objetivo é atingir 95%.
“Este não é um edital arrecadatório então há compromissos
com a expansão da rede de cobertura e escoamento do tráfego de dados. A
tecnologia 5G é habilitadora da transformação digital, com impactos em todas as
áreas da sociedade, como o agronegócio, por exemplo, que é forte na região. No
entanto, é fundamental reforçar que isso será possível somente com a infra de
conectividade habilitada”, explicou o chefe de Assessoria Técnica da Anatel,
Humberto Bruno Pontes Silva.
PUBLICIDADE
Adiado algumas vezes, o cronograma prevê que a licitação
ocorra em agosto deste ano e, capitais e Distrito Federal, deverão contar com a
nova tecnologia em 2022. Até 2030, o 5G deverá ser realidade em quase todas as
cidades brasileiras com até 30 mil habitantes. A cobertura móvel e a internet
4G também serão expandidas para a periferia de vários centros urbanos com meta
de alcançar 95% de toda a população brasileira.
Foram convidados e/ou participaram da reunião
representantes dos municípios de Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Bom Jesus
do Itabapoana, Miracema, Itaocara, Porciúncula, Cambuci, Natividade, Italva,
Aperibé, Varre-Sai, Laje do Muriaé e São José de Ubá.
PUBLICIDADE
Prefeitura de Itaperuna administra mais de 50.000 doses de vacina contra a Covid-19
A Prefeitura de Itaperuna, através da Secretaria Municipal de Saúde, já administrou 51.247 doses de vacina contra a Covid-19, até o último dia 15 de julho. Deste quantitativo, 38.622 foram referentes à primeira dose (D1); 11.552 da segunda dose (D2); e 1.073 referente à dose única (DU).
De acordo com o prefeito Alfredo Paulo Marques Rodrigues, Alfredão, todos os esforços estão sendo empregados a fim de agilizar o processo de vacinação.
– Tudo aquilo que está ao nosso alcance temos feito, a fim de agilizar o processo de vacinação. Sabemos das dificuldades existentes e ficamos na dependência do envio das vacinas. Não é uma tarefa simples, mas estamos avançando. É importante lembrar que 50 mil doses administradas é um número bastante expressivo. Vamos seguir em frente, vacinando a nossa população - diz Alfredão.
Marcelo Ferreira, secretário Municipal de Saúde, também comemorou a marca e ratificou as palavras do prefeito Alfredão.
– Como o prefeito Alfredão mencionou nossa equipe não está medindo esforços para agilizar o processo de vacinação. Nos últimos dias conseguimos elaborar um calendário, mais uma mostra de que o trabalho está sendo conduzido de forma a atender às demandas dos cidadãos. Essa dependência da chegada dos lotes de vacinas acaba dificultando um pouco o nosso planejamento, no entanto, temos conseguido avançar - menciona o secretário.
A enfermeira Jociene Almeida, coordenadora do Setor de Imunização, lembrou que a mudança para o Centro Poliesportivo foi de suma importância no processo.
– A nossa vinda para o Centro Poliesportivo foi de suma importância no processo de avanço da vacinação. Aqui, tanto a equipe de trabalho, quanto a população, ficam mais à vontade e conseguimos implementar uma dinâmica de trabalho mais célere. Aproveito a oportunidade a fim de agradecer o apoio de todos os profissionais da Saúde, e demais profissionais, que tem nos ajudado. Todos vem contribuindo significativamente e, certamente, vamos vencer essa guerra - finaliza a coordenadora.
DECOM - Itaperuna
Prefeito de Trajano Rodrigo Viana anuncia a chegada de mais carretas com material para fazer asfalto
O prefeito de Trajano de Moraes, Rodrigo Viana, recebeu recentemente na usina de asfalto, mais material para produzir massa asfáltica. O objetivo segundo ele é tornar a administração municipal autossuficiente na produção, e desta forma, atender às demandas de pavimentação da cidade. A zona rural deverá ser uma das beneficiadas diretamente com a produção do material em escala. Atualmente faz parte dos distritos Visconde de Imbé, Doutor Elias, Vila da Grama e Sodrelândia.
Uma das carretas de cimento asfáltico de petróleo – o chamado CAP, descarregou na usina um volume para dar início aos trabalhos. O material será usado proporcionalmente com pó e pedra brita. Ele é uma das matérias primas na formação do asfalto pronto, ou seja, é o material que dá a liga.
Para o prefeito Rodrigo Viana, o compromisso de pavimentar as vias ganha ainda mais força com a chegada do material. “Essa é uma importante conquista para a gestão pública municipal e para os trajanenses. A usina em pleno funcionamento irá garantir que o nosso compromisso seja cumprido, dando dignidade às famílias de Trajano de Moraes e consequentemente da zona rural que tanto esperam por esse benefício”, disse.
O CAP é o insumo essencial na produção do Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) sem o qual fica inviabilizada a produção de revestimentos asfálticos. O asfalto CAP, por exemplo, é empregado especificamente em serviços de pavimentação.
“Recebemos essa emulsão asfáltica que logo estará sendo destinada aos pontos. É sempre muito gratificante poder realizar essa que é uma melhoria muito aguardada pelos moradores de nossa amada Trajano de Moraes, que terão mais qualidade de vida, deixando de enfrentar os transtornos causados pela poeira e pela lama em dias de chuva”, acrescentou o prefeito.
Vale dizer que o impermeabilizante é necessário para vedar o solo e evitar infiltrações, ou seja, quando aquecido ele dá liga e gruda a base ao revestimento que virá por cima.
“A emulsão age como uma cola que fixa os materiais para impedir que eles se soltem. Queremos levar o desenvolvimento socioeconômico a várias regiões de Trajano de Moraes. E esses serviços que tão logo serão feitos nas ruas garantirão mais qualidade de vida, mais saúde, mais segurança e mobilidade aos cidadãos trajanenses. Isso representa o progresso e a esperança de um futuro melhor para todos”, concluiu Rodrigo Viana.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Assistência Social de Itaperuna atende 17 famílias com 256 telhas
Em
Itaperuna, RJ, a Prefeitura de Itaperuna, através da Secretaria Municipal de
Assistência Social, Trabalho e Habitação vêm trabalhando sistematicamente
visando atender pessoas em situação de vulnerabilidade social. São muitas as
ações já realizadas pela atual administração e o reflexo de todo esse trabalho
são mais e mais famílias atendidas no município.
17 FAMÍLIAS
BENEFICIADAS COM 256 TELHAS
Recentemente foram adquiridas telhas para famílias avaliadas e
consideradas de baixa renda. Essa iniciativa pretende minimizar os danos
sofridos, após chuva de granizo que atingiu o Distrito de Comendador Venâncio
no mês de abril. Ao todo, 17 famílias serão beneficiadas e 256 telhas entregues
no distrito.
Assistência Social de Itaperuna-RJ arrecada mais de R$ 120 mil para instituições
Em
Itaperuna, RJ, a Prefeitura de Itaperuna, através da Secretaria Municipal de
Assistência Social, Trabalho e Habitação vêm trabalhando sistematicamente
visando atender pessoas em situação de vulnerabilidade social. São muitas as
ações já realizadas pela atual administração e o reflexo de todo esse trabalho
são mais e mais famílias atendidas no município.
ENTREGA DE MAIS DE R$
120 MIL PARA INSTITUIÇÕES
Em uma parceria com o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso
(CMDI), a Prefeitura de Itaperuna, via Secretaria de Assistência Social,
desenvolveu campanha para incentivar a doação de parte do Imposto de Renda ao
Fundo Municipal dos Direitos do Idoso, como forma de dedução ao valor pago à
Receita Federal.
A arrecadação de 2021 foi de R$ 120.141,46 superando amplamente
o valor arrecadado em 2020, R$ 45.877,17 em doações. O recurso arrecadado ano
passado será entregue este ano e destinado às instituições já cadastradas
anteriormente e certificadas pela Secretaria de Assistência Social, sendo elas:
Associação Beneficente Tida Faria, Associação Santo Antônio dos
Pobres de Itaperuna, Associação Esportiva Cultural Regional, Instituição
Convivência da Terceira Idade Alegria de Viver, Associação Centro Social da
Divina Misericórdia e Associação de Voluntários para Combate ao Câncer e Apoio
aos Pacientes Oncológicos do Noroeste Fluminense.