O governador Cláudio Castro deve começar a enfrentar dificuldades para garantir o apoio do PL a alguns candidatos a prefeito de sua preferência para as eleições do ano que vem.
O controle dos diretórios municipais do partido foi distribuído de acordo com a base eleitoral dos filiados com mandato. Traduzindo: o poder agora está nas mãos dos senadores, deputados estaduais e federais.
E, para piorar, recentemente dirigentes de peso, como o senador Flávio Bolsonaro, admitiram estar chateados com Castro — e dispostos a estabelecer suas prioridades sem mais se preocupar com os planos do governador.
Neste cenário, o dono da cadeira mais importante do Palácio Guanabara não deve encontrar muito aconchego Rio afora.
Epicentro
O problema começa na capital. Por onde passa, o senador Carlos Portinho afirma que será candidato a prefeito do Rio — e já conquistou até a simpatia do senador Flávio Bolsonaro.
Com a mudança no cenário nacional, Castro teve que desistir de Doutor Luizinho, do PP.
Mas daí a apoiar Portinho...
E na Baixada
Uma cidade onde o PL ainda não chegou a um consenso é Queimados, na Baixada Fluminense.
O governador Cláudio Castro tende a apoiar a reeleição do atual prefeito, Glauco Kaizer (SDD) — até porque, não pode ver o líder do principal grupo de oposição, seu ex-secretário de Infraestrutura Max Lemos (PDT), nem pintado de ouro.
Candidato raiz
No entanto, quem manda no diretório local do partido é o deputado federal Hélio Bolsonaro.
E o famoso Hélio Negão vem garantindo que o PL terá candidatura própria “para defender o bolsonarismo”.
Por Berenice Seara
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