Casos como esses têm se multiplicado no período das eleições. E, segundo especialistas, podem prejudicar os negócios e afetar as vendas.
Enio Pinto, gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae Nacional, afirma que nunca é demais lembrar que as empresas existem para resolver problemas dos seus clientes. Nesse sentido, ele diz que basta que o empreendimento foque no seu objetivo para se cumprir a "etiqueta eleitoral".
etiqueta eleitoral é bem simples de ser executada: focar no cliente, que é a razão de ser de qualquer empreendimento. Focar no atendimento de suas necessidades, seus desejos e na realização de seus sonhos — diz Enio.
Quanto às preferências políticas dos clientes, ele aponta que cabe às empresas respeitar e não se envolver no tema:
— Os empreendimentos devem respeitar plena e integralmente a decisão do seu cliente quanto ao direcionamento de sua ideologia política, partidária, seu voto, sem se envolver com esse processo — afirma.
— No período acirrado como esse que a gente vive, tomar partido é perder cliente. (É importante) não discutir política com o cliente, não usar qualquer símbolo que remeta sua preferência política, pois não faz sentido na resolução do problema do cliente, que é o foco da empresa — aponta.
Segundo Enio, a energia da empresa deve estar direcionada para as tarefas de ser criativo, inovador, agregar valor, trazer ineditismo, para resolver os problemas do cliente, por meio de uma experiência incrível que respeite plenamente a pluralidade e a diversidade.
Bruno Gorodicht, diretor de Novos Negócios e Expansão do Grupo Impettus (Espetto Carioca, Mané, Cafeteria Premium Bendito e Buteco Original, avallia que a marca não deve se envolver com o tema político.
— Como marca, devemos ter um posicionamento neutro. A marca é perene e deve se manter assim. Por trás da marca obviamente que existem os posicionamentos. Mas entendo que a marca não deve se envolver com temas que dividam opinões e lados, ainda mais questões políticas. Dizemos que as marcas não podem defender times de futebol, mesmo tendo em seus sócios e colaboradores uma diversidade de opções — diz Gorodicht.
momento político que estamos enfrentando, precisamos sim, trabalhar diariamente para servir nosso público, entregar melhores experiências e defender nosso segmento para crescimento e evolução — finaliza.
Fiquem de olho
- Não cometa assédio
Se o empresário ou empreendedor quer declarar voto, não pode de maneira alguma pressionar as pessoas que trabalham com ele a adotarem a mesma atitude. Em uma democracia, o voto é secreto e individual.
- Cuidado nas redes sociais
Se não quer correr o risco de perder negócios ou clientes por apoiar um candidato, não coloque no perfil ou no feed das redes sociais ou no WhatsApp da empresa qualquer menção a políticos. Fotos, números, nomes, cores, expressões e peças de comunicação de candidatos não devem ser usados. Da mesma forma, não se deve enviar propagandas favoráveis ou contrárias a qualquer candidato para os clientes.
- rupos de contatos
Não crie nem participe de grupos favoráveis ou contrários a qualquer candidato usando seus contatos comerciais.
- Funcionários
Oriente seus funcionários a não expressarem suas opiniões pelos canais da empresa ou entrarem em polêmicas, mesmo que os consumidores iniciem debates em torno da política.
- Não seja invasivo
Há regras de marketing para o envio de mensagens para clientes, para eles não se sentirem perturbados. Ainda mais nesse período eleitoral, é muito importante respeitar essas regras. Isso é fundamental para construir um relacionamento de confiança e duradouro. Lembre-se de que é muito mais barato manter clientes satisfeitos do que buscar novos clientes o tempo todo.
Fonte Jornal EXTRA
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