Agente, que está foragido, deve ficar preso por 30 dias
O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou neste domingo,
dia 08 de agosto de 2022, a prisão do policial militar Henrique Otavio Oliveira
Velozo. Henrique é suspeito de atirar no campeão mundial de jiu-jitsu Leandro
Lo neste sábado, 06 de agosto, durante um show no Clube Sírio, em São
Paulo. O atleta teve a morte cerebral confirmada.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou que conta com a
ajuda da Polícia Militar para encontrar o policial, que segue foragido. A
instituição também afirmou que a Polícia Militar lamenta o ocorrido e que um
inquérito foi aberto para apurar o ocorrido. O caso é investigado pela 16ª Delegacia
de Polícia, da Vila Clementino.
Leandro Lo foi baleado na cabeça neste sábado após uma discussão com Henrique.
De acordo com o boletim de ocorrência, obtido por O DIA, testemunhas
disseram que o agressor, após discussão, dirigiu-se à mesa onde estava Leandro
Lo e pegou uma garrafa na mesa. O lutador "se levantou, tirou a garrafa da
mesa" e "... em golpe de luta o derrubou e o imobilizou. Amigos da
vítima separaram ambos". Mas então o homem sacou a arma e atirou na testa
de Leandro Lo, que teve a cabeça chutada duas vezes.
Lo chegou a receber os primeiros-socorros no local e foi encaminhado ao
Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, mas não resistiu.
Henrique Velozo
Henrique Otavio Oliveira Velozo é tenente da Polícia Militar
e já havia se envolvido em outra confusão em 2017. Na ocasião, ele foi acusado
por outros policiais de desacato e agressão em uma casa noturna também em São
Paulo.
De acordo com a denúncia, o tenente se envolveu em uma confusão dentro do
estabelecimento e a polícia foi chamada para controlar a situação. Quando a
equipe militar chegou ao local, Henrique deu socos no braço de um soldado que
tentava se afastar dele. Henrique ainda teria tentado acertar um soco no rosto
do soldado.
O policial também teria agredido verbalmente outro tenente que estava no local,
chamando o colega de farda de “covarde” e falando vários palavrões. O
Ministério Público chegou a pedir a condenação de Henrique por violência contra
inferior e desacato. No entanto, o agente foi absolvido. O aguarda análise do
Tribunal de Justiça Militar de São Paulo após recurso.
O DIA
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