De acordo com a delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (Deam-Caxias), que investiga o caso, a situação só foi descoberta após a menina dar entrada na unidade hospitalar.
Ainda segundo a delegada, denúncias anônimas de vizinhos dão conta de que a criança não saía de casa e nem frequentava a escola havia dois anos.
Em depoimento, o padrasto e a mãe disseram que a menina foi estuprada por uma pessoa não identificada que portava uma arma de fogo, e que só souberam da gravidez no dia do parto. “Eles falaram que a menor teria sido estuprada há 7 ou 9 meses por um homem armado, mas onde eles moram é uma comunidade, ainda não conseguimos chegar nos vizinhos, mas recebemos denúncias anônimas, e estamos realizando investigações para confirmar a participação do padrasto no crime. Mas por enquanto já temos muito indícios. Já em relação à mãe, ainda não sabemos se ela tinha participação nos abusos”, relatou a delegada.
Fernanda Fernandes não divulgou o local da residência dos acusados a fim de preservar a identidade da vítima. A médica que atendeu a vítima no hospital informou aos policiais que ela apresentava cicatrizes de violências antigas, indicando que os estupros eram recorrentes e praticados por pessoas próximas. A suspeita é de que a criança era mantida escondida por sofrer sucessivos abusos do padrasto.
O padrasto foi preso pelos agentes da Deam-Caxias no Hospital Adão Pereira Nunes enquanto tentava fazer contato com a vítima. Já a mãe da menina não foi presa, mas está sendo investigada.
A delegacia solicitou exame de DNA do suspeito que, após aceitar, acabou desistindo quando já se encontrava no Posto de Polícia Técnico-Científica. Ele alegou que deveria conversar com a esposa antes. A desistência causou estranheza à equipe de investigação.VCA menina e o bebê ainda estão internados na unidade de saúde, acompanhados da mãe e por representantes do Conselho Tutelar e do poder judiciário. Ela prestará depoimento após receber alta médica.
ODIA
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