A presidenta Dilma Rousseff foi notificada há pouco no
Palácio do Planalto pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado,
senador Vicentinho Alves (PR-TO) de seu afastamento do cargo após a proclamação
do resultado da votação da admissibilidade do processo de impeachment no
Senado.
O Palácio do Planalto preparou uma cerimônia no gabinete
presidencial, no terceiro andar do prédio, onde Dilma recebe o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, autoridades e personalidades aliadas para
assinar a notificação, entregue pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora do
Senado.
O ex-presidente Lula chegou às 10h50 ao Palácio do Planalto
e foi saudado pela multidão que, depois, passou a gritar Fora Temer.
Antes de deixar o Palácio do Planalto, seu local de
trabalho, Dilma fará uma declaração à imprensa. No mesmo horário, um vídeo
gravado pela presidenta será divulgado nas redes sociais da Presidência da
República.
Em seguida, Dilma sairá do Palácio do Planalto pela porta
principal do prédio, no térreo, sem usar a rampa. Ela estará acompanhada de
ex-ministros, parlamentares da base aliada e um grupo de mulheres.
Do lado de fora do palácio, movimentos sociais que apoiam o
governo fazem nova manifestação contra o impeachment.
Fora do edifício, a presidenta afastada fará um discurso em
que se dirá vítima e injustiçada, como tem feito nas últimas semanas. Neste
momento, Dilma poderá se aproximar das grades que cercam o prédio para ser
acolhida e abraçada pelos manifestantes que forem ao local prestar apoio a ela.
Após os atos, Dilma seguirá, de carro, até o Palácio da
Alvorada, residência oficial da Presidência da República, a poucos quilômetros
do Planalto, onde vai permanecer durante o tempo em que deve ficar afastada.
Como foi
O Senado aprovou hoje (12), por 55 votos a favor e 22
contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma será afastada do
cargo por até 180 dias, a partir da notificação. Os senadores votaram no painel
eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 78 parlamentares, mas 77
votaram, já que o presidente da Casa, Renan Calheiros, optou por não votar.
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