Animais não pegam zika e dengue, mas sofrem com dirofilariose
MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - Cães e gatos também são alvos do Aedes aegypti. Nos peludos, o mosquito não transmite dengue, zika ou chikungunya, mas uma doença chamada dirofilariose, popularmente conhecida como ‘verme do coração’. Ela pode matar o animal. É classificada como zoonose, ou seja, é transmissível ao homem, mas nesse caso não é grave e muito menos fatal, segundo a especialista e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), a veterinária Norma Labarthe.
Rio - Cães e gatos também são alvos do Aedes aegypti. Nos peludos, o mosquito não transmite dengue, zika ou chikungunya, mas uma doença chamada dirofilariose, popularmente conhecida como ‘verme do coração’. Ela pode matar o animal. É classificada como zoonose, ou seja, é transmissível ao homem, mas nesse caso não é grave e muito menos fatal, segundo a especialista e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), a veterinária Norma Labarthe.
Assim como a zika, dengue e chikungunya, ela é transmitida pela picada do mosquito nos animais. É dessa forma que ele coloca o verme na corrente sanguínea dos cães e gatos. Ele fica alojado nas artérias pulmonares e do lado direito do coração, atrapalhando a circulação. O verme tem mais de 20 centímetros.
“No início, sintomas não aparecem ou são muito discretos. O animal vai se adaptando ao verme até que chega um dia que os sintomas surgem, mas leva tempo. O animal apresenta cansaço, tosse e pode morrer. Porém, a dirofilariose mata os gatos mais rápido que os cães”, alerta a veterinária.
Há três anos, o cão Thor (sem raça definida), hoje com 15 anos, foi diagnosticado com o verme do coração. A tutora dele, a pet sitter (babá de pet) Danielle Patrizzi, só descobriu porque o cachorro apresentou problemas de saúde e ela teve que fazer exames. Um deles foi o de sangue, que acusou a doença. “Fiquei muito assustada. A veterinária me disse que ele podia morrer”, lembra ela, que começou imediatamente o tratamento.
Estudo feito em 2014 por Norma Labarthe detectou um aumento da doença em várias regiões do Estado do Rio, principalmente na Região Oceânica, em Niterói.
Mosquito prefere gente
Os especialistas explicam que os animais não são os hospedeiros preferidos dos mosquitos. Eles gostam mesmo é dos humanos. “Se tiver mais pessoas que animais em um determinado local, o mosquito vai picar os humanos”, diz a veterinária Norma Labarthe, explicando como a dirofilariose acomete as pessoas.
“O verme no humano morre e vai para o pulmão, onde forma um nódulo, mas a pessoa pode conviver com ele sem problema nenhum”, conta a especialista. O que pode acontecer é esse nódulo ser detectado em exames de rotina
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