Terra natal do beato João Paulo II, Cracóvia é considerada a capital espiritual da Polônia. Mas essa vida espiritual da cidade iniciou muito antes de Karol Wojtyła. Já no ano 1000, a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tornou-se um destino popular para peregrinações cristãs.
Notícias de milagres realizados por intercessão de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia que foi assassinado, reúne em seu túmulo uma vez grande multidão de peregrinos ao santo polonês. Santo Estanislau foi o primeiro na longa lista de santos de Cracóvia, em que também figura Santa Faustina.
A cidade ainda atrai muitos peregrinos, especialmente aqueles que viajam para visitar o Santuário da Divina Misericórdia (Sanktuarium Bożego Miłosierdzia), que se tornou um dos santuários mais importantes do mundo dedicados a cristologia (um campo de estudo dentro da teologia cristã que estuda a natureza de Jesus Cristo).
Atualmente a Arquidiocese de Cracóvia tem uma área de 5.730m² e uma população de 1,6 milhão, entre eles, 1.555.000 de católicos. São 1.169 sacerdotes diocesanos, 964 sacerdotes religiosos e 2.700 religiosas. O arcebispo de Cracóvia se chama cardeal Stanisław Dziwisz, que foi assessor pessoal de João Paulo II.
Catolicismo na Polônia
Segundo dados do site oficial do país os mais numerosos são os fiéis da Igreja Católica (cerca de 95% dos cidadãos crentes). Entre os quatro ritos: bizantino-ucraniano, bizantino-eslavo, arménio e latino, este último é o mais numeroso (em 1998, pertenciam-lhe mais de 35 milhões de fiéis, organizados em 9.990 paróquias e atendidos por 28 mil clérigos). A Polônia é dividida em 44 dioceses e 15 metrópoles latinas.
Em todo o país, e também em outros países, desenvolvem as suas ações várias organizações e instituições pastorais (por exemplo, as Missões Católicas Polacas, com uma presença particularmente forte nos países do Terceiro Mundo) e catequéticas (que se dedicam, entre outras coisas, ao ensino da religião católica nas escolas), assim como várias dezenas de ordens masculinas e femininas (franciscanos, jesuítas, dominicanos, Congregação de São Miguel Arcanjo, salesianos, redentoristas, irmãs de Santa Elisabete, ursulinas, Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo).
Uma característica peculiar da religiosidade polaca é a afeição pelas práticas e costumes cristãos tradicionais, como peregrinações a lugares sagrados, procissões litúrgicas (por exemplo, na festa de Corpus Christi), exercícios espirituais no Advento e na Quaresma, festas patronais em honra dos padroeiros das paróquias. O culto da Virgem Maria é especialmente importante. Os maiores santuários marianos da Polônia são o da Virgem Negra de Częstochowa e o da Virgem das Dores de Licheń, mas em todo o país há muitíssimos santuários locais, de menor tamanho, onde se rende culto à Mãe de Jesus.
A influência de João Paulo II
A religiosidade polaca adquiriu uma dimensão completamente nova após a eleição do arcebispo de Cracóvia Karol Wojtyła a Sede Petrina, em 1978. O pontificado do papa polaco, que adotou o nome de João Paulo II, supôs uma grande revolução para a Igreja Católica, que se abriu aos problemas do mundo moderno. Na Polônia percebe-se a figura de João Paulo II de maneira totalmente extraordinária, vinculando as ações dele às grandes transformações sociopolíticas ocorridas nos anos 80 do século XX. O papa João Paulo II permanece uma autoridade moral inquestionável não só para os polacos crentes.
Onde fica Polônia?
O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa, no qual se cruzam as linhas que unem os cabos Nordkinn (a Noruega) com Matapan (o Peloponeso, a Grécia) e o Cabo da Roca (Portugal) com a parte central dos Montes Urais. Pela Polônia passa também a fronteira continental entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental.
Fonte: Governo da Polônia e Conferência Episcopal Polonesa.
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