O anúncio foi feito pelo
Papa Francisco na manhã do domingo
A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será sediada pela
Cracóvia (Polônia), em 2016, cidade natal do beato João Paulo II. O
anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã deste domingo, 28, durante a
Missa de Envio da JMJ Rio2013.
Terra natal do beato João Paulo II, Cracóvia é considerada a
capital espiritual da Polônia. A vida espiritual da cidade iniciou muito antes
de Karol Wojtyła. Já no ano 1000,
a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tornou-se
um destino popular para peregrinações cristãs.
O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de
Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa, no qual se cruzam as
linhas que unem os cabos Nordkinn (a Noruega) com Matapan (o Peloponeso, a
Grécia) e o Cabo da Roca (Portugal) com a parte central dos Montes Urais. Pela
Polônia passa também a fronteira continental entre a Europa Ocidental e a
Europa Oriental.
Bandeiras da
Polônia são agitadas a todo momento e faixas com o nome de João Paulo II são
erguidas pelos que acompanharam a cerimônia. Um grupo de 30 pessoas, que vieram
de Varsóvia, comemorou a confirmação da escolha da cidade de Cracóvia para a
próxima jornada e convidou os brasileiros a conhecer a Polônia.
Um deles, o padre Krystian
Chmiefewski, disse que vai ser difícil fazer uma JMJ melhor que a do Brasil.
“Para nós, apesar de tudo, o Rio foi melhor do que Madri [em 2011] e que a
Alemanha [em Colônia, em 2005]. O espírito do povo, alegre e fácil, inclusive
dos motoristas de ônibus, que pararam inúmeras vezes para nos deixar tirar
fotos, é uma coisa incrível no Brasil", elogiou Chmiefewski.
O estudante Mikhal Sadownikis, de
18 anos, ressaltou que é difícil imaginar tantas pessoas reunidas na Polônia,
mas disse que receberá com a mesma hospitalidade os brasileiros e pessoas de
outras naçãoes que forem à próxima jornada. “Estou muito feliz, venham para a
minha cidade. Vou recebê-los na minha casa.”
Reunidos nas areias da Praia de
Copacabana, entre o Posto 5 e o 6, onde passaram a noite, dez jovens da
cidade de Gdynia, na Polônia, ficaram emocionados com a escolha de uma cidade
polonesa para sede da próxima jornada.
"A Polônia merece. Somos um
grupo grande de católicos, mas as pessoas não praticam, não vão à igreja.
A Jornada Mundial da Juventude vai dar esperança ao povo polonês, que também
tem sofrido com a situação política", disse Patrick Lehmann, de 18 anos. Todos
os integrantes do grupo convidam os brasileiros a conhecer Cracóvia.
"Venham, vocês vão gostar, vamos retribuir", reforçou o padre
Krystian.
João Paulo II será homenageado
na Jornada da Juventude de 2016
A próxima Jornada Mundial da
Juventude (JMJ),em Cracóvia, na Polônia, em 2016, deverá ter
como homenageado o papa João Paulo II, um dos criadores do evento, e que será
canonizado (declarado santo) nos próximos meses. A jornada é o maior encontro
da juventude católica.
A informação é do porta-voz do
Vaticano, padre Federico Lombardi, durante entrevista à imprensa na JMJ, que se
encerra hoje (28) na cidade do Rio, depois de uma semana de atividades com o
papa Francisco.
"Naturalmente, com a
perspectiva de canonização de João Paulo II, nos próximos meses, é interessante
ter a próxima JMJ em sua cidade, porque ele, certamente, será protetor da
jornada, desta vez, como santo", disse o porta-voz.
Durante a entrevista, Lombardi
confirmou que mais
de 3 milhões de pessoas participaram do evento de despedida do pontífice na Praia de
Copacabana. Entre as autoridades estavam: a presidenta Dilma Rousseff; o
presidente do Suriname, Desi Bouterse; o presidente da Bolívia, Evo Morales; e
a presidenta da Argentina, Cristina Kichner. O vice-presidente do Uruguai,
Danilo Astori, e do Panamá, Juan CarlosVarela, também participaram da Missa de
Envio.
O papa presenteou a presidenta
argentina com sapatinhos de bebê. "Cristina foi avó recentemente e o papa
fez esse gesto. Isso não é um segredo", disse o porta-voz.
Lombardi também revelou que, uma
das crianças que receberam a benção de Francisco nesta manhã, no evento na
praia, era um bebê com anencefalia. "O papa conheceu os pais da criança na
catedral e ficou comovido com a família que, pelas leis brasileiras, poderia
ter abortado a criança, mas não o fez", pontuou.
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