Estudo de Potencialidade Turística elaborado pelo Sebrae/RJ servirá de base para estruturação das ações
Uma das metas do prefeito Juedyr Orsay é ter o turismo como aliado do desenvolvimento econômico de Miracema. Para estruturar as ações necessárias ao fomento desta nova atividade, a prefeitura firmou parceria com o Sebrae/RJ para a elaboração do Estudo de Potencialidade Turística do município de Miracema, que foi apresentado na noite de terça-feira, 16/02 no Centro Cultural Melchíades Cardoso, para um público composto por empresários, comerciantes, professores e funcionários públicos municipais e estaduais.
O evento teve a presença do Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Carlos Eduardo Fingolo Tostes (Duda), e do Subsecretário de Turismo de Natividade, Luiz Paulo Hoffmann da Cunha. O prefeito Juedyr Orsay foi representado pela Secretária Municipal de Assessoria Superior, Hélia Lúcia Costa; e o coordenador regional do Sebrae no Noroeste Fluminense, Nelson Rocha Filho, pelo analista Jorge Luiz Gomes dos Santos. “Este estudo é importante para o empresariado local conhecer o que Miracema tem para oferecer como potencial turístico”, esclarece Jorginho.
Os resultados mostraram que turistas e visitantes valorizam mais o que encontram no município do que seus próprios moradores, reconhecendo o patrimônio material e imaterial local. Para o secretário de Cultura e Turismo, a valorização da imagem de Miracema só acontecerá a partir da conscientização da população e dos empresários. “Em geral, o turista tem um olhar diferente de quem mora na cidade. No dia-a-dia, as pessoas não percebem o que há de bom à sua volta, não veem o potencial turístico da sua cidade. Queremos que este documento seja um instrumento para a mudança na percepção da população local”, afirma Duda.
Luiz Paulo Hoffmann disse que fez questão de participar do evento porque pensa no desenvolvimento regional. “Precisamos trabalhar juntos para o fortalecimento dos municípios da região de Águas do Noroeste, exatamente como fazem na Região dos Lagos, na Região Serrana, que são grandes polos turísticos no interior do Estado”, esclarece o subsecretario de turismo de Natividade.
Miracema é um dos 13 municípios da Região Águas do Noroeste, e na classificação do Ministério do Turismo, ocupa a posição ‘D’ no critério que avalia a infraestrutura turística, com escala de ‘A’ a ‘E’. O secretário diz que os próximos passos serão a constituição do Conselho Municipal de Turismo e a criação de Leis que favoreçam e deem sustentação às atividades turísticas no município. “Temos um longo caminho a percorrer. O morador é o primeiro beneficiário do desenvolvimento do turismo, porque toda a infraestrutura criada para receber o visitante torna-se permanente na cidade, para uso da população”.
Em março, o Governo do Estado realizará o Projeto Cidades Maravilhosas com o objetivo de divulgar o potencial turístico e cultural das cidades fluminenses para as Olimpíadas. Duda confirmou a presença de Miracema. “Alguns dizem que será uma perda de tempo. Mas eu digo: vamos perder tempo hoje, perder tempo amanhã, até o que o tempo nos encontre. Estaremos lá mostrando o potencial da nossa Miracema!”.
Turismo é alavanca para o desenvolvimento
A atividade turística impacta favoravelmente 54 outras atividades, estimulando o comércio de forma direta e indireta, através da chamada produção associada ao turismo – o que a cidade é levada a produzir para atender ao turista, que passeia e consome, tanto em alimentação, em compras, em passeios, esporte e diversão, além de hospedagem, transporte. Coordenador do estudo, o consultor Jarbas Modesto sugeriu atenção ao potencial que as referências afetivas oferecem, como receitas e hospedagens caseiras, restaurantes e bares de fundo de quintal, roteiros rurais e outras peculiaridades que possam atrair o interesse do visitante.
A pesquisa identificou que 80,6% da população de Miracema são nativos, enquanto 19,4% vieram de fora. O segundo grupo tem visão e opinião mais positiva do município que o primeiro grupo. Outro dado revelado pela pesquisa é que apenas 14,3% das empresas locais possuem site e só 19% tem e-mails disponíveis para clientes, e que a internet precisa ser melhor explorada pelos empreendedores locais para favorecer o turismo. A boa notícia é que a taxa de informalidade é baixa - 81% das empresas estão legalizadas.
Kellen Leal - Print Rio
Assessoria de Comunicação Sebrae/RJ
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