JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Herança do Sagrado continua ambientada no Museu Nacional de Belas Artes até outubro

Peregrinos aproveitam último dia da Jornada Mundial da Juventude para ver exposição
Terminou a  Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e os peregrinos que voltam para suas casas aproveitam o último dia do evento para visitar a exposição “A Herança do Sagrado”, que trouxe um pouco do Vaticano para a cidade do Rio de Janeiro. A mostra reúne 105 obras de mestres do barroco e do renascimento italiano e fica em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes até o dia 13 de outubro.
Durante os quatro dias da JMJ muitos jovens passaram pela mostra. Todos ressaltaram a oportunidade de ver de perto obras tão importantes e também relíquias da Igreja. “Foi uma sensação incrível ver um fragmento da cruz de Cristo. Um pedaço de madeira com mais de dois mil anos e que permanece aqui, para apreciarmos” – comenta William Fatacci, paulista que participa pela terceira vez do evento.
Outros peregrinos vieram atraídos por obras de artistas famosos. Foi o caso da mineira Rosimeire Silva, de Belo Horizonte. “Quando soube que haveria obras de Michelangelo aqui não pude deixar de passar pela exposição” – conta ela, que esperou por uma hora e meia na fila. O encontro com o molde da famosa Pietà do artista foi repleto de emoção. “A expectativa era muito grande e a espera valeu a pena”, comemora.
A união entre arte e fé agradou o público que esteve no Museu. O mexicano Juan Pablo tem como um de seus programas favoritos ir à exposições e vibrou com possibilidade. “Acredito na importância dessa mistura da arte com a religião, acho que as duas devem caminhar sempre juntas”, conta ele.

Dia Nacional da Suíça será comemorado com Festa Suíça e Festival do Chocolate

Nova Friburgo sedia de 1º a 4 de agosto a Festa Suíça e Festival do Chocolate. O evento acontece na Casa Suíça, onde também se localiza a Queijaria e o Memorial Suíço, em Conquista. No dia 1º, quando se comemora o Dia Nacional da Suíça, está programada uma solenidade na Praça Dermeval Barbosa Moreira, com hasteamento de bandeiras às 10h. No mesmo dia, a partir das 19h30 no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, haverá apresentação de dança típica da Escola Municipal Vevey La Jolie, dentre outros grupos de dança, e em seguida um Cortejo de Lanternas pela Praça do Suspiro.

Na sexta-feira, 2, a Queijaria Suíça promoverá uma noite de Fondue, das 20h às 23h, e no sábado, 3, a noite de Queijos e Vinhos, no mesmo horário. As reservas de mesas devem ser feitas pelos telefones (22) 2529-4000 e 2529-4358. Nos dias 3 e 4, na Casa Suíça, haverá mostras das colônias com danças típicas, como dança do ventre, dança de salão e capoeira; apresentações das bandas Euterpe Friburguense e Sociedade Musical 08 de dezembro (Duas Barras); coral e recreação infantil. No último dia do evento, 4, serão realizadas Oficinas de Chocolate a partir das 13h (as vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas no local ou pelo telefone).

Quem for à Festa Suíça, que funcionará das 11h às 19h, contará também com o restaurante anexo à Queijaria aberto. A Festa Suíça é promovida pelo Instituto Fribourg Nova Friburgo, a Colônia Suíça de Nova Friburgo e a Casa Suíça, com o patrocínio da Stam Metalúrgica, União Mundial, Pedrinco, Wermar, Silthur Construtora, SM4, SAF e apoio da Itaipava, Faol, Teia de Eventos, Neo Design, Ascofri, Prefeitura de Nova Friburgo e Nova Friburgo Convention & Visitors Bureau. Menores somente acompanhados dos pais ou representante legal.

PAPA FRANCISCO - Ângelus - Palácio São Joaquim‏








No dia de Sant’Ana visitantes buscam escultura da mãe de Maria na exposição A Herança do Sagrado

Papa Francisco passa em frente ao Museu Nacional de Belas Artes e faz a alegria dos peregrinos que esperam na fila para visitar mostra

Quem veio cedo para o Museu Nacional de Belas Artes visitar A Herança do Sagrado, nesta sexta-feira (26), se surpreendeu com a passagem do Papa Francisco pela Avenida Rio Branco, bem em frente a instituição. “Não sabia que ele faria este trajeto, mas corri para a grade para vê-lo passar e fiquei muito emocionado”, vibra Marcelo Moreira, do Rio Grande do Norte.  Depois do momento de devoção ao Santo Padre foi hora de conhecer obras de arte e relíquias vindas diretamente dos Museus do Vaticano e de outras instituições italianas. “É uma oportunidade única ver essas peças aqui no Brasil”, comenta.  
A escultura Sant’Ana e a Virgem, de Michele Pane, é uma das mais procuradas pelos fieis hoje, dia da santa que é mãe da Virgem Maria. “Fico muito emocionada com essa oportunidade de poder ver a minha santa de devoção no dia dela”, conta a Irmã Dominic, Polonesa que vive em Curitiba há sete anos. Conterrânea do Papa João Paulo II, a freira é grata ao pontífice pela iniciativa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
A Santa escolhida pelo Papa João Paulo II para percorrer todas as edições do evento também pode ser vista pelos peregrinos na entrada do Museu. Voluntários com a imagem da Nossa Senhora de Czestochowa  abençoam os fieis que chegam para visitar a exposição. É o caso de Henrique, de Altamira, no Pará, que explica: “Nossa Senhora é considerada a mãe dos peregrinos. Por isso ela foi escolhida como a imagem a ser mostrada na Jornada”, conta.
Desde o início da JMJ peregrinos de todo mundo fazem fila para ver de perto as mais de 100 obras de artistas como Ticiano, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Michelangelo, entre outros grandes nomes do renascimento e do barroco italiano. Somente na última quinta-feira, mais de duas mil pessoas estiveram na exposição. A Herança do Sagrado apresenta pinturas, esculturas, joias e relíquias divididas em quatro módulos: representações dos diversos episódios da vida de Cristo; missão e vocação dos apóstolos Pedro e Paulo; a Virgem Maria; e vida dos santos. A mostra fica em cartaz até o dia 13 de outubro no Museu Nacional de Belas Artes, de terça a domingo das 9h as 21h.

O PAPA AOS BISPOS: TENHAM CORAGEM DE IR CONTRA A CORRENTE


 "Ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, parte essencial do ser  cristão", afirmou
"Ajudemos os nossos jovens a descobrir a coragem e a alegria da fé"
O Santo Padre chegou cerca de 15 minutos antes do começo da Missa na Catedral, onde foi recebido por diversos representantes da Igreja. A Santa Missa, no entanto,começou com alguns miutos de atraso devido a numerosas pessoas que o Papa saudou. Além do Papa, na Missa concelebraram os Cardeais Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano e Raymundo Dmasceno Assis, Arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), seu vice-presidente, D. José Belisário e Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro.
A Catedral Metropolitana da São Sebastião Rio de Janeiro, que estava cheia, tem capacidade para 5 000 pessoas sentadas. No início da celebração, o arcebispo do Rio dirigiu umas breves palavras, agradecendo ao Papa pela sua "atenção e afeto" pelo clero carioca e brasileiro. Dom Orani recordou os impressionantes números de sacerdotes e religiosos inscritos na JMJ (655 bispos, mais de 7800 sacerdotes, 700 diáconos, 9000 religiosos e 700 seminaristas), aos quais se devem acrescentar um grande número de sacerdotes não inscritos.
Recordando a participação do então Cardeal Bergoglio na V Congregação Geral dos Bispos Latino-Americanos e do Caribe, o Arcebispo do Rio fez menção ao seu papel de coordenador na redação do Documento de Aparecida (2007). Desse documento "brotou um novo entusiasmo nas nossas comunidades" e com esse mesmo espírito, acrescentou, os bispos e o clero congregados na Catedral se uniam nesta celebração para ouvir "como discípulos" o sucessor de Pedro.
Manifestou também que a celebração desta Missa foi uma ocasião de "renovação para todos", confirmando os propósitos de consagração dos sacerdotes e os animando a uma maior ação pastoral dos que se encontram nas periferias, além de "despertar nos jovens o desejo de dizer sim a Jesus". Ao final da fala, o Papa ofereceu um cálice como presente.
O Papa, que disse umas palavras iniciais em português, pronunciou sua homilia em espanhol, usando palavras bem características de sua língua. A homilia do Papa se estruturou sobre três aspectos da vocação cristã e, especificamente, dos bispos, sacerdotes e religiosos: “chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro”.
Sobre o primeiro aspecto, o Papa convidou a pedir que “a Virgem seja o modelo desse chamado”, pois o viver em Cristo “configura tudo que somos e que fazemos” e “garante a nossa eficácia apostólica e a fecundidade do nosso serviço”. E acrescentou: “Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus”. Essa fidelidade a Cristo, disse o Papa, implica um encontro com a “vida de oração”, com a Eucaristia e com a atenção as “pessoas mais necessitadas”. O Santo Padre citou as palavras da beata Madre Teresa de Calcutá, que afirmava que “Devemos estar muito orgulhosos da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo aos pobres”
Redescobrir a alegria da fé
Ao falar do “chamado para anunciar o Evangelho”, o Papa encorajou os presentes a ajudarem os “jovens a a perceber que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte do essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos”.    
Abandonando por um momento o texto oficial, o Papa pediu que os sacerdotes tenham “a paciência de escutar os problemas dos jovens”, especialmente na confissão, na orientação espiritual e no acompanhamento. “Não poupemos esforço na formação dos jovens” e ajudemolos, disse, a “redescobrir o valor e a alegria da fé”. Essa orientação deve ser feita de tal modo que se sintam missionários, saiam de suas casas e façam “ruas de fé”: “não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho”, alertou, para completar, enfático: “Eduquemo-los para a missão, para sair, para partir. Decididamente, pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que são mais afastados, daqueles que habitualmente nao frequentam a paróquia”.
Finalmente, ao falar do terceiro ponto de sua intervenção, o chamado a “Promover a cultura do encontro”, o Santo Padre denunciou a atual “cultura da exclusão e do descartável”, na qual não há tempo para as os outros e as relações humanas parecem regidas por dois dogmas modernos: a eficiencia e o pragmatistmo.
Francisco foi muito claro nas suas palavras aos bispos, religiosos e seminaristas para terem “a coragem de ir contra a corrente”, sendo “servidores da comunhão e da cultura do encontro”. O Papa encerrou dirigindo-se a Virgem para que ensine a seus filhos a “a sair ao encontro dos irmãos e de quem estar na periferia”.
A missa celebrada foi a de Evangelização dos Povos e as músicas foram interpretadas por Schola Cantorum, do Seminário Diocesadno de San José e pelo Coro Juvenil Arquidicioseano, acompanhados por uma orquestra sinfónica formada por jovens da periferia do Rio de Janeiro.
Depois da Santa Missa, o Papa andou pela Catedral por quase 30 minutos, entre aplausos e saudações dos numerosos presentes. Destacam-se os as diversas trocas de solidéu com várias pessoas, assim como os inúmeros religiosos com celulares tirando fotos do Santo Padre. Ao sair, com muita chuva, uma banda oficial tocou até o Papa se dirigir ao papamóvel para sair pelas ruas da cidade até o Teatro Municipal onde se encontrou para os representantes da sociedade civil do país.

APÓS ENCONTRO, DEPUTADOS APONTAM LEGADO DA VISITA DO PAPA

O respeito e a humildade defendidos e reiterados pelo Papa Francisco durante encontro com a sociedade civil neste sábado (27/07), no Theatro Municipal, foram apontados pelos deputados como principais legados da visita do Pontífice ao estado – que se encerra neste domingo (28/07), com o fim da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). “É um Papa que contagiou a todos, não apenas católicos, mas todos os cristãos”, analisou o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB). O parlamentar destacou o respeito que o líder da Igreja Católica conquistou entre protestantes. “Hoje ouvi e li entrevistas de evangélicos encantados com a forma cordial, humilde e amorosa com que o Papa trata a todos, sem distinção”, contou Mello, que classificou a deferência como um avanço social.

Ao final do evento, o deputado Robson Leite (PT) resumiu o que ele identificou como a principal mensagem do Pontífice: “Ele trouxe, para sociedade como um todo, a mensagem de que não há construção de bem comum sem sabedoria e generosidade”, avaliou. Já sua colega de partido, deputada Inês Pandeló, destacou emoção de ouvir o Papa no Theatro Municipal. “O clima proporcionado pelo local, pela orquestra, e pelas sábias palavras do Papa dá energia para continuar a caminhada acreditando que a transformação da realidade é possível”, afirmou, acentuando o tom emocional do encontro, em que a sociedade civil foi representada por um ex-usuário de drogas que, a partir do trabalho junto à Igreja, conseguiu se livrar do uso e dos riscos que ele oferecia, e se formar em História pela PUC-Rio. O discurso de Walmyr Goncalves da Silva Junior,de 28 anos, foi o momento mais emocionante do evento. “Junto comigo trago a vida de vários irmãos, que por muitos motivos não puderam ou não podem compartilhar a alegria que sentimos hoje”, disse o historiador nascido no Complexo da Maré.

Já para o deputado Marcio Pacheco (PSC), o combate ao uso de drogas foi o principal legado da visita. Para o vice-presidente da comissão de Prevenção ao Uso de Drogas da Alerj, a questão ganhou força após a participação do Papa Francisco na inauguração do pavilhão dedicado ao atendimento de dependentes de drogas no Hospital São Francisco de Assis, há três dias. “O Papa falou muito sobre o papel do Estado no atendimento desses casos e eu fico honrado em participar dessa luta”, disse.

Discurso do Papa é marcado pela defesa do diálogo e da tolerância

Em seu discurso, o Papa destacou a importância da valorização da cultura heterogênea brasileira, da responsabilidade social, ética, e fez uma ampla defesa do diálogo “Um país cresce quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais”, defendeu, citando ainda o papel da tolerância religiosa e do estado laico neste crescimento.

Esta tolerância pôde ser observada no momento dos cumprimentos finais. Entre os cerca de 20 representantes da sociedade civil  escolhidos para ir até o pontífice estavam representantes de diferentes religiões, como o babalaô Ivanir dos Santos, da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. Crítico contumaz dos crimes de intolerância e racismo, ele entregou ao Papa uma camiseta e o livro da caminhada em defesa da liberdade religiosa.  “Pela primeira vez o líder máximo da Igreja Católica recebe alguém de matriz africana, e isso tem um simbolismo muito grande na luta contra a intolerância religiosa”, reforçou.

Também participaram do evento os deputados Pedro Fernandes (PMDB), Roberto Henriques (PSD), Jânio Mendes (PDT), Dr. José Luiz Nanci (PPS), Myrian Rios (PSD), Bernardo Rossi (PMDB), Nelson Gonçalves (PMDB), Thiago Pampolha (PSD) e Pedro Augusto (PMDB).

Livro editado com mensagens dirigidas ao Papa Francisco foi entregue neste domingo, 28/07, durante encontro com voluntários da JMJ


 
O livro “Bem-vindo, Papa Francisco” foi escrito colaborativamente com mensagens enviadas pela rede social da Igreja, o eCatholicus, desde maio, por meio da campanha “Bote fé que eu fui”. A rede social, que tem a proposta de interligar toda a Igreja e seus fiéis na web, fez uma campanha encabeçada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) , para essa homenagem ao Papa Francisco, ao final da Jornada Mundial da Juventude. Das 25 mil mensagens recebidas, foram selecionadas 500, provenientes de todo o país.
 
Neste domingo, às 17h, quando o Papa Francisco se encontrou com os cerca de 15 mil voluntários cadastrados na JMJ, na Cidade da Fé, ele receberá em mãos, a homenagem especial. A entrega será feita por Dom Leonardo Ultich Steiner, secretário geral da CNBB e presidente da Comissão Episcopal Especial para a JMJ.
 “O livro ‘Bem-vindo, Papa Francisco’ “é o presente dos brasileiros ao Sumo Pontífice com o sotaque de todas as regiões do país”, diz Fábio Castro, diretor da Promocat, parceira da CNBB que editou a publicação. A Promocat é a empresa organizadora da ExpoCatólica e também é responsável pelo projeto da www.ecatholicus.com.br.
Francisco Victor Bouissou, membro da comissão do Bote Fé Brasil, que é responsável também pelos ícones da JMJ, como a Cruz Peregrina e a Imagem de Nossa Senhora, explica que a rede eCatholicus nasceu com uma grande missão: colaborar na divulgação da JMJ Rio2013. “A idéia central dessa ação é que todos os que participaram dos eventos "Bote Fé" pelo Brasil convergissem suas expressões  para um único local na web e deixassem seu recado ao Santo Padre, relatando suas experiências com a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora e, ainda, se comunicassem entre si por meio da eCatholicus. Este livro com o nome, cidade e paróquia de todos os que participaram da campanha, está sendo entregue pela CNBB, ao Papa Francisco durante a JMJ Rio2013.
O critério de escolha das 500 mensagens impressas na publicação, segundo Bouissou, foi baseado em dois elementos. “Procuramos selecionar as mensagens mais instigantes, onde a criatividade fosse valorizada, mas também pela diversidade geográfica que o Brasil apresenta, para mostrar ao Papa Francisco, a abrangência desta grande nação católica e de suas expressões de fé”.
Frases :
Somos a juventude do Papa. Seja bem-vindo ao Brasil! Que o Espírito Santo te ilumine para que tenhas força de conduzir este rebanho. Te amo.” NATHÁLIA FERREIRA Ananindeua – PA Paróquia Cristo Rei
Obrigado, Santidade, por suas palavras e gestos que tem nos comunicado a misericórdia de Jesus e nos animado em seu seguimento! Rezamos por ti!” LUIS FERNADO RAMPELLOTTI Joinville – SC – Paróquia São Francisco Xavier
Obrigada por Amar e Acreditar na Juventude! Amamos você!” ANA PAULA LIMA Macatuba – SP Paróquia Santo Antônio
 
E-Catholicus
Arede social da Igreja, lançada no dia 30 de abril, tem um dos seus principais objetivos convergir esse público da jornada, virtualmente. “Para propiciar um espaço virtual de partilha e fraternidade e no contexto da JMJ Rio 2013, nasce a eCatholicus, a rede social que possibilita o diálogo entre todas as células da Igreja presentes no Brasil e  também inclui os fieis, ampliando o diálogo da Igreja com a maior nação católica do mundo”, explica Fábio Castro.  O acesso à rede pode ser feito por meio do site www.ecatholicus.com, e o cadastramento é aberto para qualquer pessoa que queira se conectar. “Espaços virtuais também são espaços de evangelização, pois ali nós nos encontramos para mais uma forma de diálogo”, encerra.

Aplaudido de pé e ao som da orquestra do Teatro Municipal, Papa Francisco se encontrou com representantes da sociedade civil brasileira

“Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro”
Na Jornada Mundial da Juventude. No discurso de boas vindas, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, se referiu ao momento atual do Brasil e ao papel que cabe aos jovens neste “novo momento”. Ele expressou sua esperança que a Jornada Mundial da Juventude contribua com este impulso de democracia participativa.
 
“Um ponto deve unir todos: uma busca obstinada em valorizar o ser humano, em particular aqueles mais fragilizados. Precisamos e devemos afirmar o sonho da justiça, da paz e da reconciliação de todos”.
 Walmyr Goncalves da Silva Júnior, membro da pastoral jovem, falou em nome da sociedade civil. O jovem de 28 anos, morador de uma comunidade, disse “eu também sou sociedade civil”, apesar de ter tido todas as possibilidades de ser mais uma vítima da violência e das drogas. Graças ao trabalho da Igreja, hoje é professor universitário. Em um emocionante discurso, falou da força do amor: “amar e ser amado é, para mim, o sentido da vida em sociedade”.
Em seu discurso, Papa Francisco pediu aos presentes “responsabilidade solidária para construir o futuro, o diálogo construtivo para encarar o presente. Fazer que a humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento cresçam é o modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver. E aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com diversos aspectos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura. O cristianismo une transcendência e encarnação; sempre revitaliza o pensamento e a vida, frente a desilusão e o desencanto que invadem os corações e saltam para a rua".
O Papa chamou a atenção para atitudes fundamentais: “o futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade: esta é a via a seguir”, assegurou. “Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária”.
Papa Francisco citou o diálogo como a opção possível para evitar a indiferença e a violência “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo”
“É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos”.
“O outro tem sempre algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta e disponível, sem preconceitos”. 
“Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro”. No final, um grupo de crianças sentou-se ao redor do Papa enquanto se ouvia o hino “Ubi Caritas”.

Papa: “Jesus nos dá algo maior que a Copa do Mundo”


Mais de três milhões de jovens ocuparam Copacabana, segundo os cálculos da Prefeitura do Rio de Janeiro, para participar com Papa Francisco de uma vigília de oração e fé da Jornada Mundial da Juventude. Para uma JMJ, este é o segundo maior público, considerando que nas Filipinas foram 4 milhões. Um mar de bandeiras de vários países podia ser visto desde as primeiras horas da manhã na Praia de Copacabana, transformando a cidade em uma festa de cor e juventude. Antes da Vigília, grupos musicais, vídeos e apresentações artísticas animaram os peregrinos. O flashmob, com a participação de padres e bispos, foi um dos momentos mais surpreendentes da primeira parte do programa.
Diante de Papa Francisco, quatro jovens contaram suas histórias, mostrando que em situações difíceis, encontraram razões para viverem na fé. O Papa mencionou a troca de local da Vigília, do Campus Fidei, em Guaratiba, para Copacabana, devido ao mau tempo – perguntando aos jovens. “Não estaria o Senhor querendo dizer que o verdadeiro campo da fé, o verdadeiro campus fidei, não é um lugar geográfico, mas sim somos nós?”
Alternando momentos de silêncio e oração com diálogo com os jovens, Francisco classificou o campo como uma seara, um lugar de treinamento e como uma obra em construção.
 “Queridos jovens quando aceitamos a palavra de Deus, então nos convertemos no Campus Fidei! Por favor, deixem que Cristo e sua Palavra entrem em sua vida, que germine e cresça”. Muito próximo aos jovens, explicou que sempre há espinhos e pedras na vida, mas pediu – com palavras típicas da Argentina – a fazerem um “pouco de terra boa (un cachito de buena tierra) nos corações”. “Vão ver como germina”, concluiu. Entre as dificuldades, Papa assinalou a superficialidade e a falta de coragem de ir contra a corrente. Pediu aos milhões de jovens que não “sejam cristãos pela metade ou de fachada”.
Não poderia faltar no discurso aos jovens – em sua maioria brasileiros – uma referência ao futebol como paixão nacional para lembrar da importância do treinamento para “estar em forma e enfrentar sem medo todas as situações da vida”. Sob aplausos dos jovens, Francisco disse: “Jesus nos oferece algo maior que a Copa do Mundo. Oferece uma possibilidade de uma vida fértil e feliz”. O pontífice identificou os três pontos fundamentais deste treinamento: “a oração, os sacramentos e a ajuda ao próximo” e disse que os jovens são “os autênticos atletas de Cristo”.
Para finalizar, Papa pediu o compromisso dos jovens. “Sejam protagonistas da sociedade. Não assistam a vida pela janela, Jesus não fez isso”, disse usando palavras típicas de seu país (“No balconeen la vida”). Fazendo uma referência direta aos jovens que “haviam saído às ruas para expressar o desejo de uma sociedade mais justa e fraterna”, Francisco lembrou que a resposta deve ser cristã. Depois das palavras, o Santo Padre deu início ao momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, parte central da Vigília.

MISSA PAPA DIA 28 EM COPACABANA‏

















Pronunciamento do Metropolitano de Cracóvia

É com grande alegria que recebi a mensagem anunciada hoje pelo Papa Francisco, de que a próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada na Polônia no ano 2016. É uma alegria, honra e grande responsabilidade para nós. Será no mesmo ano em que celebraremos o 1050° ano do Batismo da Polônia.
Junto de toda a Igreja na Polônia, eu me regozijo pois o Papa Francisco aceitou o convite direcionado à ele pelas autoridades da República da Polônia e do Episcopado Polonês. Com isto, ele respondeu ao desejo de tantos jovens que há tempo desejam celebrar sua fé no país e na cidade de Karol Wojtyła, ele que desde a cidade de Cracóvia partiu em Outubro de 1978 para a Cidade Eterna, e quem, como Joao Paulo II, Bispo de Roma, constituiu as Jornadas Mundiais da Juventude.
Entre as diversas iniciativas pastorais de Joao Paulo II, as Jornadas Mundiais da Juventude sem dúvida tem sido de maior sucesso, abrangentes e frutuosas. O Santo Papa, desde o comeco, viu nos jovens "sentinalas da manhã(Isaías 21, 11-12), fazendo vigília ao amanhecer do Terceiro Milênio" (Tor Vergata, 19 August 2000).
Hoje, Polônia e Cracóvia abrem seus coracoes, para que em três anos possam acolher os jovens peregrinos sob a lideranca do Papa Francisco.
Nós estamos gratos ao Santo Papa pela sua decisao de visitar o país do Beato (que em pouco será Santo) Joao Paulo II, e esperamos ansiosos para fazer vigília com os "sentinelas da manha" nas festividades em Cracóvia.
Santo Papa Francisco, aguardamos ansiosos e com alegria a sua vinda e a chegada de  nossos jovens amigos.
Stanislaw Card. Dziwisz
Arcebispo Metropolitano de Cracóvia
Rio de Janeiro, 28 de Julho de 2013 

Papa pede renovação interna e o diálogo com o mundo atual


















“O Bispo deve guiar, que não é o mesmo que comandar”

Diante do Comitê da Coordenação da Celam (Conferências Espiscopais da América Latina e Caribe), Papa Francisco se dirigiu aos bispos da América Latina em um de seus últimos discursos nesta Jornada Mundial da Juventude. No início da cerimônia, Monsenhor Carlos Aguiar Retes, presidente da Celam, afirmou que “estamos em um momento crucial, os desafios da mudança de época que vivemos exige o replanejamento das atitudes, estruturas e atividades pastorais”. Para cumprir este objetivo, propôs “fazer do Documento de Aparecida uma realidade pastoral, começando em nossas próprias igrejas”.

Papa Francisco fundamentou seu discurso na essência da “Missão Continental”, conclusão da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em 2007, e no significado do discipulado missionário, que está no lema da JMJ: “Ide e fazei discípulos em todas as nações (Mt. 28,19)”, e que é parte esencial da mensagem de Aparecida.

Papa destacou uma série de particularidades em Aparecida, cujo documento de conclusão chamou de “milagre”: “o que fizemos em Aparecida foi um milagre. Não só pelo que recebemos, mas por termos concluído o documento quando, três dias antes do fim, tínhamos várias versões”

Aparecida, nas palavras do Papa, se prolonga em compromisso, com a Missão Continental, uma missão que passa pelo “discipulado missionário” e traz, como desafios, a “renovação interna da Igreja e o diálogo com o mundo atual”.

Pautas eclesiológicas

Papa Francisco propôs algumas pautas eclesiológicas: o discipulado missionário, o perigo que a Igreja se transforme em uma ONG, a importância das atitudes pastorais, como a proximidade e o encontro e o perfil do trabalho do Bispo. “O discipulado missionário é o caminho que Deus quer para ‘hoje’. Toda projeção utópica (para o futuro) ou restauracionista (para o passado) não é do espírito bom. Deus é real e se manifesta no ‘hoje’”.

Continuando, o Papa sinalizou a importância de a Igreja sair às ruas “A Igreja é instituição, mas, quando se erige em ‘centro’, se funcionaliza e, pouco a pouco, se transforma em uma ONG. Então, a Igreja pretende ter luz própria e deixa de ser aquele “mysterium lunae” de que nos falavam os Santos Padres. Torna-se cada vez mais auto-referencial e enfraquece a sua necessidade de ser missionária. Aparecida quer uma Igreja Esposa, Mãe, Servidora, facilitadora da fé e não controladora da fé”.

Esta saída às ruas se traduz em “duas categorias pastorais que (...) podem servir de orientação para avaliar o modo como vivemos eclesialmente o discipulado missionário: a proximidade e o encontro”. Papa Francisco explicou que “a atividade pastoral é a Igreja ser mãe” e, às vezes, a Igreja é um pouco “madrasta”.

Como termômetro para avaliar o discipulado, Papa sugeriu a avaliação das homilias: “Uma pedra de toque para aferir a proximidade e a capacidade de encontro de uma pastoral é a homilia. Como são nossas homilias? Estão próximas do exemplo de Nosso Senhor, que ‘falava como quem tem autoridade’, ou são meramente prescritivas, distantes, abstratas?

O Papa dedicou especial atenção ao trabalho do Bispo. “O Bispo deve guiar, que não é o mesmo que comandar (…) Os Bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos. Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham ‘psicologia de príncipes’. Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra. Homens capazes de vigiar sobre o rebanho que lhes foi confiado e cuidando de tudo que o mantém unido: vigiar sobre seu povo, atento a eventuais perigos que o ameacem, mas sobretudo para cuidar da esperança: que haja sol e luz nos corações. Homens capazes de sustentar com amor e paciência os passos de Deus em seu povo”.

Para finalizar, Papa acrescentou “incluindo-me a mim mesmo nesta afirmação, que estamos um pouco atrasados no que a Conversão Pastoral indica”, pedindo aos seus irmãos de episcopado para “tomar a sério a nossa vocação de servidores do povo santo e fiel de Deus, porque é nisso que se exerce e mostra a autoridade: na capacidade de serviço”.

Cracóvia será sede da próxima JMJ

O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã do domingo

A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será sediada pela Cracóvia (Polônia), em 2016, cidade natal do beato João Paulo II. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã deste domingo, 28, durante a Missa de Envio da JMJ Rio2013.
Terra natal do beato João Paulo II, Cracóvia é considerada a capital espiritual da Polônia. A vida espiritual da cidade iniciou muito antes de Karol Wojtyła. Já no ano 1000, a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tornou-se um destino popular para peregrinações cristãs.
O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa, no qual se cruzam as linhas que unem os cabos Nordkinn (a Noruega) com Matapan (o Peloponeso, a Grécia) e o Cabo da Roca (Portugal) com a parte central dos Montes Urais. Pela Polônia passa também a fronteira continental entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental.
Bandeiras da Polônia são agitadas a todo momento e faixas com o nome de João Paulo II são erguidas pelos que acompanharam a cerimônia. Um grupo de 30 pessoas, que vieram de Varsóvia, comemorou a confirmação da escolha da cidade de Cracóvia para a próxima jornada e convidou os brasileiros a conhecer a Polônia.
Um deles, o padre Krystian Chmiefewski, disse que vai ser difícil fazer uma JMJ melhor que a do Brasil. “Para nós, apesar de tudo, o Rio foi melhor do que Madri [em 2011] e que a Alemanha [em Colônia, em 2005]. O espírito do povo, alegre e fácil, inclusive dos motoristas de ônibus, que pararam inúmeras vezes para nos deixar tirar fotos,  é uma coisa incrível no Brasil", elogiou Chmiefewski.
O estudante Mikhal Sadownikis, de 18 anos, ressaltou que é difícil imaginar tantas pessoas reunidas na Polônia, mas disse que receberá com a mesma hospitalidade os brasileiros e pessoas de outras naçãoes que forem à próxima jornada. “Estou muito feliz, venham para a minha cidade. Vou recebê-los na minha casa.”
Reunidos nas areias da Praia de Copacabana, entre o Posto 5 e  o 6, onde passaram a noite, dez jovens da cidade de Gdynia, na Polônia, ficaram emocionados com a escolha de uma cidade polonesa para sede da próxima jornada.
"A Polônia merece. Somos um grupo grande de católicos, mas as pessoas não  praticam, não vão à igreja. A Jornada Mundial da Juventude vai dar esperança ao povo polonês, que também tem sofrido com a situação política", disse Patrick Lehmann, de 18 anos. Todos os integrantes do grupo convidam os brasileiros a conhecer Cracóvia. "Venham, vocês vão gostar, vamos retribuir", reforçou o padre Krystian.

João Paulo II será homenageado na Jornada da Juventude de 2016


A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ),em Cracóvia, na Polônia, em 2016, deverá ter como homenageado o papa João Paulo II, um dos criadores do evento, e que será canonizado (declarado santo) nos próximos meses. A jornada é o maior encontro da juventude católica.
A informação é do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, durante entrevista à imprensa na JMJ, que se encerra hoje (28) na cidade do Rio, depois de uma semana de atividades com o papa Francisco.
"Naturalmente, com a perspectiva de canonização de João Paulo II, nos próximos meses, é interessante ter a próxima JMJ em sua cidade, porque ele, certamente, será protetor da jornada, desta vez, como santo", disse o porta-voz.
Durante a entrevista, Lombardi confirmou que mais de 3 milhões de pessoas participaram do evento de despedida do pontífice na Praia de Copacabana. Entre as autoridades estavam: a presidenta Dilma Rousseff; o presidente do Suriname, Desi Bouterse; o presidente da Bolívia, Evo Morales; e a presidenta da Argentina, Cristina Kichner. O vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, e do Panamá, Juan CarlosVarela, também participaram da Missa de Envio.
O papa presenteou a presidenta argentina com sapatinhos de bebê. "Cristina foi avó recentemente e o papa fez esse gesto. Isso não é um segredo", disse o porta-voz.

Lombardi também revelou que, uma das crianças que receberam a benção de Francisco nesta manhã, no evento na praia, era um bebê com anencefalia. "O papa conheceu os pais da criança na catedral e ficou comovido com a família que, pelas leis brasileiras, poderia ter abortado a criança, mas não o fez", pontuou.


Um novo espaço para as artes

Exposição de 20 trabalhos, entre pinturas, esculturas e instalações, o artista visual Henrique Resende na inauguração do  Espaço Cultural Maria de Bragança em Aperibé.
Ricardo Gomes

Um novo espaço para as artes na Casa de Cultura de Aperibe será inaugurado no dia 9 de agosto com a Exposição Arqueologia da Saudade, do artista visual  itaocarense Henrique Resende. A Casa de Cultura e Museu de Aperibé reúne uma serie de documentos que contam a historia da cidade. Na opinião de Marcelo da Cunha Hungria o Espaço Vivo já não comportava as exposições e o novo espaço recebe o nome da artesã Maria de Lourdes Martins Bragança. Para Marcelo uma homenagem justa para uma das grandes colaboradoras da cultura em Aperibé.
O nome foi sugerido pelo diretor-presidente do Museu e casa da Cultura de Aperibé, Marcelo da Cunha Hungria, ao prefeito Dr. Flávio Gomes de Sousa e este, em sua sensibilidade à cultura, tão logo recebeu o memorando, de pronto proferiu satisfatoriamente.“Homenagear esta ilustre carioca que se tornou cidadã aperibense é manter viva parte da nossa própria história.”, disse Marcelo Hungria
Na exposição, intitulada Arqueologia da Saudade, Resende, que tem mãe aperibeense e pai itaocarense, explora materiais como óleo, renda, ecoline e grafite em seus quadros, e papel, renda, ferro fundido e até ossos em suas esculturas. Com temática muitas vezes autobiográfica, o resultado é eclético, indo de um neo-expressionismo mórbido ao contemplativo, mas sempre com uma linguagem contemporânea.
Pinturas retratando personalidades como a saudosa Dercy Gonçalves (por quem nutria grande amizade) e como o ex Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (mostrado completamente nu) estarão presentes e o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis, estará retratado numa escultura em tamanho natural e realista toda feita com papel, cola e tinta. “Esses trabalhos retratam pessoas específicas, mas o meu desejo é, através do particular, atingir uma questão universal. A condição humana é que me interessa. Acredito na arte como uma busca de crescimento espiritual e em sua importância para fazer com que o homem se torne aquilo que é”, revela Henrique Resende.
“Hoje vemos um trabalho que merece destaque em Aperibé, e vem sendo realizado pelo Marcelo Hungria, na Casa de Cultura e Museu de Aperibé. Poucas cidades ainda se preocupam em preservar sua história e sua cultura. E vemos como esse trabalho tem o apoio do Prefeito Flávio Gomes de Souza, um dos grandes intelectuais aperibeenses, e isso tem proporcionado exposições e agora com este novo espaço cultural que presta uma justa homenagem a Maria de Lourdes Martins de Bragança, uma mulher que deixou como legado seu interesse pela cultura e pelas artes.”, enfocou Pe. José Maurício Peixoto.
Maria de Lourdes Martins Bragança muito contribuiu para o progresso de Aperibé. Ela foi a primeira grande empresária do ramo das marmorarias, uma mulher à frente de seu tempo. “Carioca da gema, era filha de um casal de portugueses, comerciantes e residentes na cidade do Rio de Janeiro desde o início do século XX.
Veio parar nestas sertanias do estado do Rio de Janeiro, quando de seu casamento com o aperibense Luis Carlos Boechat Bragança, no ano de 1953. Em uma de suas viagens à Velha Europa, acabaram se esbarrando por lá, e tudo aconteceu. Tiveram dois filhos: Maria Luiza e Rodrigo, ainda na cidade maravilhosa, mas nos finais dos anos 1960, vieram em definitivo para a fazenda de propriedade da  avó materna de seu marido, Maria Reis Boechat.”, ressalta Marcelo Hungria
Para a cultura, Maria Bragança contribuiu com a sua arte espontânea, através do artesanato principalmente o patch-work, técnica de recriar mosaicos coloridos para a confecção de colchas, edredons, toalhas, panos e outros artigos de decoração e uso geral. Seus trabalhos eram bastante conhecidos e admirados, mas não parava nesta técnica. Era uma exímia confeccionista de bordados, tricô, crochet e outras habilidades que somente mãos sensíveis como as suas podiam criar.

Muito ajudou na fundação da Associação de artesãos de Aperibé - APEART - instituição que ajuda a divulgar o nome e a criatividade de Aperibé para diversos cantos do Brasil, tendo inclusive esta associação emprestado seu nome para angariar os recursos para a construção do espaço que será brevemente inaugurado.
“Maria Bragança era uma mulher de temperamento bastante forte. Era intensa em tudo e por essa razão, nem sempre era compreendida, porém, aqueles que tiveram o prazer de sua convivência, certamente muito aprenderam com ela. Defendia e aplicava valores como autenticidade e ponderância e era contra qualquer tipo de hipocrisia.”, disse Marcelo.
Ela deixou um legado principalmente no ramo empresarial de como gerir uma empresa participativa, tendo assim contribuído para a formação e independência profissional de muitos que pela empresa Aperibé, Granitos e Mármores passaram e depois fundaram suas próprias firmas no mesmo ramo.
No campo da cultura, seus trabalhos sempre muito disputados por amantes do bom e velho artesanato, encontram-se espalhados por muitos lugares, mas a sua sensibilidade para criar, seu capricho nos mais rebuscados detalhes, estes requisitos encontram-se nas mentes e nos corações de todos os que a conheceram e puderam um pouco que seja, presenciar sua arte tão espetacular que transformava o que ninguém mais queria em trabalhos tão singulares.

Maria de Lourdes Martins Bragança empresta seu nome a mais este espaço cultural, que será incorporado pelo Museu e casa da Cultura de Aperibé, este importante equipamento cultural que tem resgatado muito da nossa história através de seu trabalho junto à comunidade.