Pesquisa com empresários aponta a informalidade, o contrabando e a pirataria como entraves do setor produtivo na região. Outros problemas citados foram a elevada carga tributária, taxas de juros e demanda interna insuficiente
Campos, 22 de maio de 2024
A ‘competição desleal’ – como a informalidade, o contrabando e a pirataria – foi apontada como o principal problema enfrentado pelas indústrias do Norte Fluminense. A informação consta na “Sondagem Industrial”, pesquisa trimestral da Firjan que avalia com os industriais os principais problemas, as condições financeiras e as expectativas das indústrias fluminenses. Entre as outras principais questões que, segundo os industriais da região, prejudicam a atividade econômica, são elevada carga tributária, as taxas de juros e a demanda interna insuficiente.
“São vários os desafios enfrentados pela indústria da região, como por exemplo, a precária infraestrutura. A pirataria é um problema nacional de segurança pública, por vezes muito mais associada às capitais, por isso é preciso que as autoridades estejam atentas também em cidades de médio porte como Campos e Macaé. Lutar pela formalidade é garantir a sustentabilidade do desenvolvimento econômico e social dos municípios”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
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Recentemente, a Firjan divulgou o levantamento Brasil Ilegal – realizado em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Fiesp –, que apontou um prejuízo econômico de R$ 453,5 bilhões ao país em 2022 com ações ilegais como contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos. A maior parte refere-se aos prejuízos diretos com os impostos que deixaram de ser arrecadados (R$ 136 bilhões) pelos governos e poderiam ser revertidos em bem-estar para a sociedade.
Sondagem Industrial
Na avaliação sobre as condições financeiras no primeiro trimestre, os empresários da região se mostraram insatisfeitos – com 35,9 pontos do indicador, abaixo da média histórica (37). Outros pontos abordados foram a dificuldade com acesso a crédito e o preço médio das matérias-primas, que cresceu num ritmo mais intenso do que o registrado no trimestre anterior.
Diante das dificuldades, os industriais do Norte Fluminense estão céticos para os próximos meses de 2024: as perspectivas dos industriais da região quanto aos indicadores “demanda por produto”, “compras de matéria-prima” e “número de empregados” são de estabilidade.
Acesse aqui a Sondagem Industrial do Norte Fluminense: http://www.firjan.com.br/sondagemindustrial
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