JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: 1ª Confêrencia sobre inclusão foi um sucesso. Uma demanda atual e legítima sobre a inclusão

domingo, 20 de agosto de 2023

1ª Confêrencia sobre inclusão foi um sucesso. Uma demanda atual e legítima sobre a inclusão

A Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua através de sua Secretaria de Assistência Social, Educação e Saúde inauguraram a 1ª Confêrencia sobre inclusão, com o tema: Autismo, respondendo a uma demanda atual e legítima sobre a inclusão das pessoas com transtorno do espectro do autismo, em âmbito municipal e nacional, respeitando as politicas públicas vigente, criando assim estratégias e metas para aprimoramento desse universo particular. Tomado pelo impulso comunitário e grande números de pessoas com necessidade desse olhar mais individualizado, buscando em respaldos legais e científicos. Foi apresentado esse marco e divisor dentro do território municipal, suprindo angústias e expectativas de todos os envolvidos. Esta conferência abre- se ao Autismo e suas possiblidades de inclusão, onde assim promove a articulação de saúde pública, educação e assistência social.

Fotos: Marcius Mendes/ Jornal Sem Limites

Texto: Marcius Mendes

Autismo

O termo autismo foi criado em 1908 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler para descrever a fuga da realidade para um mundo interior observado em pacientes esquizofrênicos. Veja abaixo outros pontos fundamentais da história do autismo.

Durante os anos 50, houve muita confusão sobre a natureza do autismo, e a crença mais comum era de que o distúrbio seria causado por pais emocionalmente distantes (hipótese da “mãe geladeira”, criada por Leo Kanner). No entanto, nos anos 60, crescem as evidências sugerindo que o autismo era um transtorno cerebral presente desde a infância e encontrado em todos os países e grupos socioeconômicos e étnico-raciais. Leo Kanner tentou se retratar e, mais tarde a teoria mostrou-se totalmente infundada.

O psiquiatra Michael Rutter classifica o autismo como um distúrbio do desenvolvimento cognitivo, criando um marco na compreensão do transtorno. Ele propõe uma definição com base em quatro critérios:

Atraso e desvio sociais não só como deficiência intelectual; problemas de comunicação não só em função de deficiência intelectual associada; comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e maneirismos; início antes dos 30 meses de idade.

Entendendo a importância deste assunto o Executivo e lesgislativo do Municipio de Santo Anônio de Pádua no interior do Estado do Rio de Janeiro, vêm sendo um exemplo no tratamento e ações dessa classe.

1ª Conferência sobre inclusão autismo

Na tarde deste sábado deu inicio a 1ª Conferência sobre inclusão autismo, com palestrantes de Pádua e Campos do Goytacazes. Numa tarde de sala lotada no IFF (INSTITUTO FEDERAL FLUMINESE).

Uma tarde onde foi possível se aprofundar sobre o assunto Autismo, suas classificações, experiências de mães e profissionais da área, além de informações jurídicas e dados sobre esta população no municipio de Santo Antônio de Pádua.

A programação do evento seguiu a seguinte ordem, com o credenciamento de todos, ás 13:30H ás 14:10H foi feita a abertura com a presidente da APAE de Santo Antônio de Pádua Ana Paula Chapin e logo depois falaram autoridades como a Vereadora e única representante da câmara municipal presente no evento Eliana Blanc autora da lei que dará passe livre e prioridades para os autistas, seguida pelo Secretário de Saúde Rafael Lions, Secretário de Educação Cilimar, seguido pela primeira dama e Secretária de Assistência Social Claudinéia Cardoso e logo após foi o Prefeito Paulo Roberto Pinheiro (Paulinho da Refrigeração).

Presidente da APAE/Pádua Ana Paula, Vereadora Eliana Blanc,Prefeito Paulo Roberto, Sec. de Assistencia Social Claudinéia Cardoso, Sec. de Educação Cilimar e Sec. de Saúde Rafael Lions

ÁS 14:50H foi a vez dos Palestrantes explanarem seus conhecimentos e deram um show de informações e experiência ao público presente.

Dr.Keyla Blanc de Cnop

Palestrante Dr.Keyla Blanc de Cnop Juiza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, troxe para o conhecimento de todos os temas de O novo conceito da pessoa com Deficiência, a proteção que o diagnóstico confere e o caminho da conscientização. A juíza Keyla Blank de Cnop, titular do 16º Juizado Especial Cível e membro da Turma Recursal, é uma das mães à frente da caminhada. Em 2006, Artur, hoje com 19 anos, foi diagnosticado com autismo. Desde então, o menino tem acompanhamento de uma equipe de profissionais que contribuem com seu desenvolvimento. “Há 20 anos, o filho de uma amiga foi diagnosticado com autismo quando tinha 9 anos, nos Estados Unidos. Meu filho foi diagnosticado aos 2 anos, no Brasil. Já temos ações por todo o país para inclusão dessas crianças. Isso demonstra evolução e melhoria, mas ainda há muito a ser feito”, diz.

Leon Gomes

Seguido pelo vereador e presidente do PDT na cidade de Campos do Goytacazes, Leon Gomes trouxe para o público o tema de Políticas Públicas voltada para o direito da pessoa com deficiência e de suas experiência do dia a dia já que ele tem seu filho autista.

O Parlamentar da cidade de Campos assumiu recentemente a função de presidente da fundação Municipal da Infância e da Juventude. O vereador é bastante conhecido por levantar pautas inclusivas no legislativo campista, assim como a criação de diversos projetos visando o bem das pessoas portadora de deficiência.

Ester Elias

Logo após foi a vez da Palestrante Ester Elias que se identifica como Mãe Atípica e Advogada, que trouxe para o evento o Tema " Maternidade e Rede de Apoio".

"O processo fere e o propósito cura"

Dra. Mariana Gambine

A primeira Palestrante a falar foi a Drª Mariana Gambine Terapeuta do desenvolvimeto infantil ( PSICOPEDAGOGA CLINICA), veio trazendo o assunto sobre Intervenção precoce no TEA.

– Dra. Mariana Gambine : Formada em Letras, Pedagogia, Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Terapeuta do desenvolvimento infantil. Formação em Terapia ABA. Formação em DIR 201. Resumindo a sua trajetória profissional:

Atuo na área do desenvolvimento infantil há mais de 15 anos. Dedico a minha atuação clínica entre intervenção nos pacientes, aplicação de protocolos, formação de planos individuais e orientação de pais de crianças com distúrbios de aprendizagem, transtornos do desenvolvimento, transtornos neurobiológicos e comportamentais e, em especial, pacientes com TEA e TDAH. Membro da ABPP, Membro da ABENEPI e Membro e conselheira na gestão atual da PDA USA.

Ela possui dois livros publicados, um no Brasil e outro em Portugal.

Autora do livro infantil “A coelhinha Positiva” – Ed. Appris (Brasil).

Coautora da Coletânea Mães – Ed. In-finita ,(Portugal).

Sua formação: Certificação Internacional em Disciplina Positiva pela Positive Discipline Association (da qual sou membro).

Introduction to Family Engagement in Education – Harvard University.

Understanding the impact of trauma in earlychildhood – Mary Brown.

Certified Family Trauma Professional (CFTP) – Arizona Trauma Institute – Doctor Robert Rhoton.

Neuropsicopedagogia, Reabilitação Cognitiva e Atuação com Idosos – Instituto Sinapses.

Certificação Método Boquinhas.

Avaliação do Transtorno do Espectro do Autismo – PROTEA-R – Instituto Inclusão

Atendimentos na @clinicafourkids e no @hpccampos.

Trabalhar com crianças sempre foi algo latente em meu coração, mas não pensava que eu iria me apaixonar pelo TEA. Sem dúvida é sinônimo de amor puro nunca antes experimentado profissionalmente.

A psicopedagogia foca nos aspectos de aprendizagem humana, passando pela avaliação e intervenção das habilidades relacionadas à aprendizagem tanto no aspecto psicopedagógico quanto no neuropsicopedagógico.

É impossível falar de tratamentos para autismo sem considerar o ponto de vista psicopedagógico. No caso dos autistas que têm algum tipo de deficiência intelectual, pode ser necessária uma educação especializada.

É preciso habilitar pessoas com autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto possível. Assim como promover atendimento à família e disseminar informações.

Joyce Gonçalves

Drª Joyce Gonçalves Advogada e Presidente da Comissão de Direitos das pessoas com Deficiência, abordou o assunto sobre o Autismo em sua essência e por quais caminhos seguir. Numa palestra onde ela aguçou o público a tirar dúvidas e esclareceu também sobre direitos dessa classe que muitos não tem o conhecimento ou tem medo de estar entrando com ação na justiça e etc...