Temos muitos aparelhos eletrônicos em casa como Smart TV, celular, outro celular, e todos se conectam no mesmo dispositivo: o roteador. Se o criminoso obtém o controle do roteador, obtém o controle sobre todos os aparelhos conectados. “O Brasil é um dos países em que os criminosos vêm obtendo muito êxito explorando vulnerabilidades em roteadores e causando muitos danos”, alerta Bestuzhev. O golpe já tem 'a cara do país'.
“Nesta escala não vemos em outros países além do Brasil. Falamos de centenas de milhares de roteadores comprometidos”, pontuou. Usuários que não trocam senhas, não fazem manutenção e aparelhos vendidos por fabricantes irresponsáveis causam o caos.
"O Brasil é um dos países em que os criminosos vêm obtendo muito êxito explorando vulnerabilidades em roteadores e causando muitos danos."
Dmitry Bestuzhev, Kaspersky Lac
A responsabilidade por proteger o roteador, segundo Bestuzhev, é uma bola dividida. Há fabricantes que não se preocupam em oferecer correções de software para o consumidor, enquanto outros preferem disponibilizar patches com correções. Ainda é preciso envolver o usuário no processo de atualização, o que na maioria das vezes não é tão simples.
Neste caso, não há antivírus que ajude. Uma das opções, segundo o especialista, é adotar o Kaspersky OS (sistema operacional gratuito para IoT) no roteador, um software seguro para dispositivos conectados. Porém, a instalação do recurso também está longe de ser simples para um usuário comum e pode causar problemas caso seja feita sem orientação adequada — assim como atualizações de firmware.
*A jornalista viajou a convite da Kaspersky.
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