JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: Pontificado é sepultado por dossiê sobre, Sexo, dinheiro e poder o que pode ter influenciado na renúncia do Papa

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pontificado é sepultado por dossiê sobre, Sexo, dinheiro e poder o que pode ter influenciado na renúncia do Papa


Segundo “La Repubblica”, Bento XVI teria decidido deixar o cargo no dia em que recebeu o dossiê do Vatileaks.

Oficialmente, o desgaste físico e espiritual pesou sobre os 85 anos de Bento XVI. E um dossiê de quase 300 páginas, dividido em dois volumes encadernados com couro vermelho, sepultou de vez o pontificado dele, sustentou nesta quinta-feira o jornal italiano “La Repubblica”. O documento foi compilado por três cardeais a pedido do próprio Papa, durante nove meses, após o escândalo do roubo de documentos secretos do Pontífice, conhecido como VatiLeaks. As páginas proporcionaram leitura detalhada de dezenas de capítulos sobre corrupção, promiscuidade, mapeamento de uma rede de prostituição homossexual dentro do Vaticano e desvio de dinheiro. E transformaram-se no argumento definitivo para uma renúncia considerada há tempos pelo Pontífice alemão.

- Este documento será entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que o espera - teria reagido Bento XVI, segundo o “La Repubblica”.

As investigações internas acerca do VatiLeaks se estenderam entre abril e dezembro, e o Papa era informado semanalmente do andamento do inquérito. No dia 17 de dezembro, ele recebeu o dossiê completo, de conclusões “devastadoras”, segundo o jornal.

O espanhol Julián Herranz, o italiano Salvatore De Giorgi e o eslovaco Josef Tomko formaram o trio de investigadores eleito por Bento XVI.

Todos são cardeais veteranos, velhos conhecedores da Cúria, com mais de 80 anos de idade. Principalmente Tomko: aos 88 anos, foi o diretor do serviço de contraespionagem do Vaticano no papado de João Paulo II.

Rede de lobby gay entre sacerdotes


Entre os malfeitos que mais assombraram o Papa está a rede de prostituição de jovens seminaristas descoberta em 2010. No alvo da investigação, Angelo Balducci, presidente do Conselho Nacional Italiano de Obras Públicas, cujo telefone foi grampeado por suspeita de corrupção.

De acordo com o “La Repubblica”, descobriu-se, então, que frequentemente ele conversava com o nigeriano Chinedu Thiomas Eheim, membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrossanta Basílica de São Pedro. Ele seria o agenciador de encontros que aconteciam numa casa fora de Roma, numa sauna, em um centro estético e até no próprio Vaticano, além de uma residência universitária na capital italiana onde vivia Marco Simeon, um jovem de 33 anos alçado a diretor da TV Rai Vaticano.

- Só digo que ele tem dois metros de altura, pesa 97 quilos, tem 33 anos e é completamente ativo - disse o nigeriano a Balducci, numa das ligações interceptadas.

O jornal italiano menciona, ainda, a possível existência de um “lobby gay” dentro do Vaticano, “uma rede transversal unida pela orientação sexual”.

Ao revelar ao Papa o caso em 9 de outubro passado, teria sido a primeira vez que a palavra “homossexualidade” fora pronunciada livremente, em voz alta, no apartamento de Bento XVI. Dois dias depois, num discurso a jovens da Ação Católica sobre o Concílio Vaticano II, o Papa fez uma espécie de desabafo. Mencionou que havia a certeza “de que viria uma nova primavera para a Igreja”, mas que, com o tempo, aprende-se “que a fragilidade humana está presente também na Igreja”.

O latim aparece no dossiê para falar de impropriam influentiam, influências impróprias e externas. Um fonte próxima aos três cardeais-investigadores explicou que Bento XVI decidiu renunciar com esse material sobre a mesa.

- Tudo gira em torno do cumprimento do sexto e do sétimo mandamentos - garantiu a fonte, referindo-se a “Não cometerás atos impuros” e “Não furtarás”.

Às vésperas de um conclave atípico e repleto de dúvidas sobre o futuro do Papa demissionário, não faltam interpretações dos últimos discursos de Bento XVI, onde se destacaram menções enigmáticas sobre “divisões que deturpam a face da Igreja” e pedem renovação.

Ontem, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, não quis alimentar as polêmicas:

- Não espere comentários, desmentidos ou confirmações do que é dito sobre este tema. A comissão fez seu trabalho e entregou seu relatório nas mãos do Santo Padre como deveria ter feito.

Fonte: O Globo





Santa Sé nega que escândalo do Vatileaks seja motivo da renúncia do papa

Em matéria assinada por Giacomo Galeazzi, o jornal italiano La Stampa indaga se o informe sobre o chamado escândalo 'Vatileaks' será levado a público pela comissão encarregada de analisar as denúncias sobre uma suposta trama de corrupção, sexo e tráfico de influências no Vaticano. Segundo o jornal, sabe-se apenas que o papa agradecerá aos cardeais Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi pelo seu trabalho. Por outro lado, a Santa Sé nega que o escândalo seja o motivo da renúncia de Bento XVI.

O La Stampa diz que o papa deve se reunir no início da próxima semana com os três cardeais da comissão de investigação sobre o caso 'Vatileaks' e pode suspender o decreto pontifício que pesa sobre o informe dos cardeais para que seja examinado na reunião do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI.

O documento elaborado pelos três cardeais que investigaram o caso confirma o que Bento XVI denunciou na famosa meditação de Sexta-feira Santa de 2005.

Sobre a denúncia feita pelo papa na quarta-feira de cinzas sobre a desfiguração da Igreja, o cardeal Herranz disse: "Claro, as divisões existem e sempre existirão, assim como as violentas contraposições de linhas ideológicas". Segundo Herranz, o novo pontífice terá que seguir a linha traçada por seus antecessores: dar a conhecer o Cristo, ensinar a amar a Cristo e evangelizar.

Nesta quinta-feira, o jornal La Repubblica afirmou que o papa Bento XVI decidiu renunciar após ter recebido um "informe ultrassecreto", elaborado pelos três cardeais, em que é denunciada uma suposta trama de corrupção, sexo e tráfico de influências no Vaticano.

De acordo com o jornal, em uma reportagem assinada pela jornalista Concita di Gregorio, o relatório que foi encomendado por Bento XVI a três cardeais no ano passado - o espanhol Julián Herranz, o eslovaco Jozef Tomko e o italiano Salvatore De Giorgi -, após vazamentos de documentos confidenciais em um escândalo que ficou conhecido como VatiLeaks, revela um sistema de "chantagens" internas baseado em fraquezas sexuais e ambições pessoais no clero.

O texto de 300 páginas, que se refere a um suposto "lobby gay" dentro do Vaticano, foi entregue em dezembro ao pontífice, segundo a jornalista, que não esclarece como teve acesso ao documento.

"Fantasias, invenções, opiniões", retrucou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, após advertir que não comentaria a reportagem e dizer que os cardeais citados não aceitarão conceder entrevistas.

Com o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no informe que sacudiram o papa", o jornal sustenta que o ancião cardeal espanhol Herranz, da ordem Opus Dei, ilustrou ao papa no dia 9 de outubro do ano passado, os "assuntos mais escabrosos" do relatório, em particular a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual".

"Pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal", relata a jornalista.

O "La Repubblica" sustenta que, durante oito meses, os cardeais interrogaram muitos prelados e laicos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam influentiam", por sua homossexualidade.

Outro grupo é especializado em montar e desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana e outro ainda aproveita para usar recursos multimilionários para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do Banco do Vaticano, segundo a publicação.

    Fonte:Jornal do Brasil

 



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