Vivemos numa sociedade em que as tarefas estão ficando cada vez mais refinadas. Atingir o sucesso na carreira profissional demanda, não apenas, pessoas que saibam executar tarefas de forma mecanicista, mas daqueles que sejam motivados para somar habilidade com dedicação, a fim de desenvolver senso crítico no desempenho das atividades exigidas. A cada dia somos desafiados a entender qual caminho seguir. Caminho que nos proporcione a oportunidade de executar um bom trabalho, tendo motivação pessoal para realizá-lo. Por isso, ‘ser’ e ‘fazer’ se tornam um desafio.
Ao falarmos de Orientação Vocacional Ocupacional precisamos nos lembrar de que “orientar”, refere-se a “guiar-se no espaço e encontrar diversos valores, aqueles que lhe dizem respeito, que são percebidos, conhecidos, necessários, desejados”. Valores pessoais que se estruturam durante a vida.
Para uma orientação eficaz é necessário harmonizar os valores ditos e os não ditos, ou seja, valores passados a nós em forma de discurso, bem como os valores que apreendemos durante a vida por meio da observação e das vivências do meio em que estamos inseridos.
O vocacional tem relação com o sentido que se encontra para realizar algo na vida, o investimento emocional que é depositado nos planos que o sujeito possui. O ocupacional se refere ao fazer, e este necessita de objetos, ferramentas, símbolos, técnicas e estratégias para efetivar o vocacional.
Por isso, vocacional e ocupacional unem o ‘ser’ e o ‘fazer’, que devem estar sempre ligados, pois são aspectos componentes de um projeto de vida. Para executar uma atividade com excelência, principalmente no que diz respeito à profissão, é necessário que a tarefa seja realizada com dedicação, responsabilidade, propriedade e prazer... Para que o ‘fazer’ não se torne uma atividade forçada, puramente obrigação.
Quando uma profissão é exercida por um sujeito que, além de conhecedor profundo do que faz, é também alguém que se identifica com o que a profissão lhe exige, o resultado é visível aos que estão envolvidos no processo de trabalho, bem como aos que utilizam o serviço, seja ele qual for.
Este processo de escolha e a combinação de todos esses fatores, não é tão simples assim. É um processo complexo, que parte de um conhecimento pessoal e que leva em consideração diversos outros fatores que podem emergir no processo de elaboração do projeto de vida de cada sujeito. No entanto, mesmo diante da complexidade existente, caso o sujeito se sinta inseguro ou prefira um apoio nesta fase de escolha, ele poderá recorrer a um programa de Orientação Vocacional Ocupacional (em grupo ou individual).
Naiara Andrade Biscácio é psicóloga e atualmente participa da Linha de Pesquisa em: Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em Saúde - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalha com Psicologia Clínica e Análise Institucional, bem como Orientação Vocacional Ocupacional. www.naiarapsi.com
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