Acusada pelo Ministério Público Eleitoral de abuso de poder político e mantida no cargo por força de uma liminar, a deputada Andreia Busatto (PDT) assumiu na semana passada, por mais um ano, a vice-presidência da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio, uma das mais importantes da Casa. No currículo recente, ela carrega ainda uma passagem pela Secretaria municipal de Educação de Itaguaí, onde ficou até o início de 2010. Saiu deixando o município — em que seu marido foi prefeito até 2012 — em 60º lugar no ranking estadual do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), nos primeiros anos do ensino fundamental. O caso exemplifica uma realidade que se estende pelas comissões do Legislativo: à frente de várias delas, estão parlamentares que driblam problemas na Justiça para se manter no posto e têm histórico duvidoso no Executivo. Fonte: G1
quinta-feira, 14 de março de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
Um bilhão de católicos espera por um papa que terá de atender a expectativas, anseios e esperanças de um povo fiel e seguidor de JESUS CRISTO!
É uma questão de valores morais e espirituais, defendidos
pela Igreja Católica. “Os jovens gostam muito de funk e de hip hop. Ontem, eles
usavam o hip hop para expressar a raiva, o ódio, a violência, e hoje eles estão
usando isso também para expressar valores que eles estão aprendendo conosco”,
diz o padre Renato Chiera.
Trocamos de música, de lugar e de padre, mas, para a Igreja
Católica, é a mesma questão: como transmitir valores. “Esta maneira de vestir,
que é uma maneira totalmente específica, que é uma maneira sertaneja, mas, ao
mesmo tempo, uma maneira jovem de se aproximar deles, e mostrar para eles que o
padre não é nenhum bicho do outro mundo“, afirma o padre Alessandro Campos.
O New York Times acaba de chamar o Brasil de laboratório
para reverter o declínio do catolicismo. Apenas 65% dos brasileiros dizem hoje
ser católicos, contra mais de 90% meio século atrás.
Faltou, diz um jovem candidato a padre, a força do exemplo.
“Falta de amor a Cristo, falta de uma noção de santidade e da busca de uma
santidade. No fundo, é uma falta de uma conversão nossa, dos próprios membros
da Igreja, quando nós nos convertamos, em dar à sociedade uma resposta bem
dada”, diz o seminarista Bruno Muta Vivas.
Como enfrentar o desafio é objeto de intensa discussão.
“Hoje, a Igreja Católica é uma igreja do terceiro mundo, que teve uma vez
origem no primeiro. Se nós não dermos esse apoio a essas igrejas emergentes,
que não são igrejas espelho de Roma, são igrejas-fonte. Se não dermos essa
chance, a Igreja desse estilo não terá futuro, as crises se repetirão, o poder
central será sempre um poder jurídico e não um poder moral, de animação, e
haverá uma imigração fantástica como está ocorrendo no mundo inteiro", diz
o teólogo Leonardo Boff.
A ideia de descentralizar a Igreja não passa por grupos
influentes dentro da instituição, como o Opus Dei. “Pode haver uma confusão
achando, ‘bom, o papa diz isso, mas a conferência de tal país diz aquilo, então
eu sigo quem?’. Em tese, o Opus Dei está sempre muito ligado ao papa, procura
estar unido ao papa, independentemente da origem do papa. Ele vê no papa o
sucessor de Pedro”, afirma Roberto Zanin, porta-voz da Opus Dei.
Qual é o papa, então, pelo qual os católicos tanto esperam?
“A Igreja espera realmente o papa que dê continuidade ao
trabalho do saudoso, do nosso papa emérito, e, com toda certeza, uma renovação,
que é o que o próprio papa pediu”, diz Campos.
“Eu pessoalmente espero um papa jovem, forte, um papa que
tenha no coração todos os dramas da humanidade, mas, sobretudo, também eu
gostaria que fosse um papa que escuta os jovens”, afirma Chiera.
Com quais ideias?
“Não era abrir as janelas da Igreja para que a Igreja se
mundanizasse, mas abrir as janelas da Igreja para um diálogo com o mundo, para
que a Igreja colocasse ao mundo soluções pertinentes aos tempos modernos.
Soluções essas, que a Igreja continua propondo, podem não ser as soluções que
muitos gostariam de ouvir”, afirma Zanin.
Um papa com menos autoridade?
“Roma e o papa será aquela referência de unidade, e ele
circulará como animador espiritual, mas não como doutrinador, uniformizador.
Como animador, como pastor, não como professor e um moralizador como foi Bento
XVI”, diz Boff.
E dá para juntar tantos perfis em um só, e, ainda por cima,
relativamente jovem?
“Acho que o critério que pesa mais é justamente o bem da
Igreja, quem pode ser hoje esse sinal visível hoje de unidade da fé. Se for um
latino-americano, vamos ficar felizes, evidentemente, mas ficaremos tão felizes
também caso o papa seja de um outro continente. Claro, quem não ficaria feliz
se houvesse um papa brasileiro?”, afirma Dom Raimundo Damasceno, arcebispo de
Aparecida/SP.
Mas conclaves são imprevisíveis, diz o veterano especialista
que já cobriu quatro.
“Geralmente, nos conclaves, contrariamente ao que se pensa,
os cardeais não chegam praticamente com um candidato, Não é assim. Normalmente,
eles primeiro falam dos problemas que a Igreja tem, e quem poderia pegar a
Igreja nesse momento, mas sem dizer o nome, até porque um cardeal uma vez me
falou: ‘você nunca pergunta a um cardeal quem poderia ser um bom candidato,
porque ele nunca vai falar, porque todo cardeal pensa que o melhor papa vai ser
ele’”, diz Juan Arias, jornalista do El País.
“Eu acho que seria muita pretensão um cardeal dizer ‘eu
estou preparado’”, afirmou Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, em 13 de
fevereiro.
O novo papa da Igreja Católica é o argentino Jorge Mario Bergoglio,e no decorrer de sua trajetória na igreja foi firme em pedir o batizado para mães solteiras,o papa já demonstra inicio de uma grande mudança na igreja católica.
Matéria quanto
ele era Cardeal Bergoglio,leia abaixo:
O Arcebispo de Buenos Aires (Argentina), Cardeal Jorge Mario
Bergoglio, chamou os sacerdotes a batizar os filhos das mães solteiras e não
ser "os hipócritas de hoje" que terminam afastando o povo de Deus da
salvação.
Durante o encerramento do Encontro da Pastoral Urbana da
Região Buenos Aires, o Cardeal disse que é necessário mostrar "uma ternura
especial com os pecadores" e com os mais afastados porque "Deus vive
no meio deles". Por isso, lamentou que alguns tenham "clericalizado
à Igreja do
Senhor".
"Enchem a Igreja com preceitos, e falo isso com dor, se
parecer uma denúncia ou ofensa, me perdoem, mas na nossa região eclesiástica há
presbíteros que não batizam as crianças das mães
solteiras porque não foram concebidos na santidade do matrimônio".
"Estes são os hipócritas de hoje. Os que clericalizaram
à Igreja. Os que afastam o povo de Deus da salvação. E essa pobre mãe que
poderia ter tirado esta criança, mas que teve a valentia de dar à luz
vai peregrinando de paróquia em paróquia para que a batizem", expressou o
Cardeal no dia 2 de setembro de 2012 durante a Missa celebrada
na Universidade Católica Argentina.
Ele insistiu no chamado a ser mais próximos com o próximo.
"Deus põe seu povo em situação de encontro. E com essa proximidade, com
esse caminhar, cria essa cultura do encontro que nos faz irmãos, filhos e não
sócios de uma ONG ou partidários de uma multinacional. Proximidade. Essa é a
proposta", afirmou.
"Não à hipocrisia, não ao clericalismo hipócrita e não
a tornar mundana nossa vida espiritual,
porque isto é demonstrar que alguém é mais empresário que homem ou mulher de
Evangelho", expressou.
“Habemus Papam” (Temos Papa)
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido novo papa da Igreja Católica. Bergoglio nasceu em 1936 em Buenos Aires. Ele foi nomeado cardeal em 2001 por João Paulo II. O novo papa não estava entre os principais cotados por especialistas, nem por casas de apostas. Ele é o primeiro papa sul-americano. O nome Francisco é uma homenagem a São Francisco de Assis
Foto: AP
O cardeal protodiácono francês Jean-Louis Tauran anunciou na noite desta quarta-feira que o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, é o novo papa da Igreja Católica. Tauran apareceu às 20h14 (16h14) no balcão central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e proferiu a tradicional frase Habemus Papam, anunciando na sequência o novo líder da Igreja Católica. Ele escolheu o nome de Francisco, alcunha que jamais fora usada.
Vestido inteiramente de branco, ele apareceu no balcão da basílica às 20h22 (16h22), cerca de 1h20 depois da fumaça branca que anunciou. Em seguida, falando em italiano, ele se dirigiu os fiéis reunidos na Praça São Pedro. "Irmãs e irmãos, boa noite", foram as primeiras palavras de Bergoglio como papa.
Ele pediu uma oração em nome do Papa Emérito Bento XVI e conduziu o "Pai Nosso", reproduzido em coro pela multidão de fiéis.
Bergoglio nasceu em 1936 em Buenos Aires. Ele foi nomeado cardeal em 2001 por João Paulo II e atualmente era o arcebispo da capital argentina. O novo papa não estava entre os principais cotados por especialistas, nem por casas de apostas. Ele é o primeiro papa sul-americano. O nome Francisco é uma homenagem a São Francisco de Assis.
Jorge Bergoglio, 76 anos, tem origem jesuíta e ficou conhecido por haver sido responsável na América Latina pela redação do documento sobre o segredo de Aparecida. Figura controvertida no cenário argentino, ele se destaca por sua forte personalidade e pelo afrontamento declarado à atual força política do país, o Kirchnerismo.
Após quatro votações inconclusivas em pouco menos de 24 horas, a fumaça branca apareceu às 19h05 (15h05, de Brasília) desta quarta-feira ao fim do quinto escrutínio, para a alegria e emoção da multidão reunida.
Entre a fumaça e o anúncio do nome do eleito, um período que durou mais de uma hora, o público celebrou e entoou coros de "viva, o Papa". A multidão também reagiu intensamente quando uma banda executou o hino italiano dentro das dependências da praça.
O Conclave
O cerimonial do Conclave papal iniciou na manhã de terça-feira (dia 12), com a realização damissa Pro Eligendo Papa. Na parte da tarde, os 115 cardeais se reuniram na Capela Sistina e prestaram, um por um, juramento de manter segredo durante a duração do processo eleitoral. Em seguida, as portas foram fechadas. Às 19h42 (15h42 de Brasília), a primeira fumaça negra foi expelida, indicando que o primeiro dia acabava sem que um papa fosse escolhido.
Os cardeais retomaram a votação por volta das 9h30 (5h30) desta quarta-feira. Por volta das 11h40 (7h40), a chaminé voltou a expelir fumaça negra, o que significa que um consenso não foi alcançado nas duas votações do turno da manhã. Os cardeais voltaram a se reunir na parte da tarde e acredita-se que um escrutínio tenha ocorrido sem que fumaça alguma fosse expelida. Na última votação do dia, eles chegaram a um consenso.
Renúncia de Bento XVI
Após cerca de oito anos de papado, Bento XVI surpreendeu o mundo na manhã do dia 11 de fevereiro e anunciou durante um encontro rotineiro com os cardeais que estava renunciando ao posto e deixaria o comando da Igreja Católica no dia 28 de fevereiro. A primeira vez que um papa abandonou o cargo em 600 anos. Joseph Ratzinger alegou que sua "idade avançada" já não lhe permitia exercer suas funções adequadamente.
Ao deixar o posto de papa, Bento XVI se transferiu para a residência papal de verão em Castel Gandolfo no dia 28, onde está até o presente momento aguardando pela reforma de um apartamento no Vaticano que deve lhe servir de moradia no futuro. A partir de sua renúncia, ele passou a ser conhecido Papa Emérito Bento XVI.
Após a renúncia ser oficializada, o Colégio Cardinalício iniciou um processo de deliberações que culminou com a convocação do Conclave papal para o dia 12 de março.
Fonte: TERRA
Habemus papam': argentino Bergoglio é eleito papa e adota nome de Francisco
Cardeal se torna o primeiro papa latino-americano da história. Novo papa foi eleito após dois dias de conclave realizado por 115 cardeais eleitores na Capela Sistina, no Vaticano
"Annuntio vobis gaudium magnum, 'Habemus Papam', Eminentissimum ac reverendissimum Dominum, Dominum Odilonem Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Bergoglio Qui sibi nomen imposuit Francisco", anunciou Tauran.
A tradução desse anúncio oficial é: "Eu anuncio com grande alegria, temos papa, o mais eminente e reverenciado Senhor, Senhor Bergoglio, cardeal da Sagrada Igreja Romana Scherer, que usará pra si o nome de Francisco."
A chaminé da Praça de São Pedro serve como um indicativo para os fiéis - se a fumaça sai preta, significa que os cardeais não escolheram um novo papa. Mas, se sai branca, quer dizer que o novo papa foi eleito. O pontífice escolhido atingiu uma maioria de dois terços (no mínimo, 77 votos).
Os cardeais votaram duas vezes na manhã desta quarta e mais duas à tarde, após a primeira votação inconclusiva de terça no conclave para eleger o sucessor de Bento 16, que surpreendeu o mundo no mês passado ao se tornar o primeiro papa em quase 600 anos a renunciar.
Antes do anúncio do novo papa, os nomes mais cotados eram do cardeal Angelo Scola , italiano tido como favorito entre aqueles que pretendem modificar a poderosa burocracia do Vaticano, e do cardeal brasileiro Odilo Scherer , favorito pelos burocratas internos do Vaticano que querem preservar seu status quo. Outros nomes apontados incluíam o do canadense Marc Ouellet, que chefia a Congregação para os Bispos; e o cardeal americano Timothy Dolan.
A aposentadoria quase sem precedentes de Bento 16 provocou tumulto na Igreja e expôs a divisão profunda entre os cardeais - aqueles que queriam um papa que purificasse a burocracia disfuncional do Vaticano e aqueles que preferiam um pastor que pudesse inspirar os católicos em um tempo de crescente secularização.
Antes de seguirem para a Capela Sistina nesta quarta, os cardeais participaram de uma missa pela manhã na Capela Paulina, no Palácio Apostólico do Vaticano.
Esse conclave teve a mesma duração do anterior, de 2005, que tomou dois dias e três rodadas de votação para eleger Joseph Ratzinger como novo pontífice. Acreditava-se que, por causa do caráter inusitado desse conclave, a escolha do pontífice levaria mais tempo, o que acabou não se confirmando.
As informações são do iG
Novo papa escolherá nome que carregará por todo pontificado Novo líder da Igreja pode optar por uma forma latinizada de seu próprio nome de família, escolher o nome de um papa ou ainda o nome de um santo
O futuro papa poderá, segundo a tradição, escolher o nome que carregará por todo o seu pontificado: uma forma latinizada de seu nome de batismo, o nome de um predecessor ou o de um santo são as opções possíveis para o 266º soberano pontífice da história.
De acordo com a regra, o sucessor ao trono de Pedro deve escolher seu nome logo após ser eleito pelo colégio de cardeais reunido em conclave. O nome do novo Papa é então proclamado à multidão romana da varanda da Basílica de São Pedro pelo cardeal protodiácono após a célebre frase em latim: "Habemus Papam".
João Paulo I, eleito em 1978, e cujo pontificado durou apenas 33 dias, foi o primeiro a escolher um nome composto - uma escolha inédita em toda a história do papado - expressando assim a sua gratidão e ligação com a herança deixada à Igreja pelos pontífices João XXIII e Paulo VI.
João Paulo II, que o sucedeu em outubro de 1978, explicou sua escolha em sua primeira encíclica "Redemptor hominis", de 4 de março de 1979, pela vontade de se inscrever simbolicamente no caminho traçado por seus mais próximos antecessores. "Esse pontificado (de João Paulo I) durou apenas trinta e três dias, cabe a mim não só continuar, mas, de certa maneira, partir do mesmo ponto", escreveu em sua encíclica.
"João XXIII e Paulo VI representam uma etapa a qual desejo ter como referência direta, como um limite a partir do qual quero, em companhia de João Paulo I, por assim dizer, continuar a caminhar em direção ao futuro, me deixando guiar, com confiança ilimitada, por obediência ao Espírito que Cristo prometeu e enviou a sua Igreja", prosseguiu em "Redemptor hominis".
Quanto a Joseph Ratzinger, este escolheu o nome de Bento XVI em referência a Bento XV, o papa da paz durante a primeira guerra mundial. Várias possibilidades se abrem a seu sucessor para escolher o nome que carregará durante seu pontificado.
Poderia optar por uma forma latinizada de seu próprio nome de família, escolher o nome de um Papa ou ainda o nome de um santo. Ele também poderá determinar sua escolha em função do significado do nome, por exemplo Pio (piedoso) ou Inocêncio.
Considerações pessoais podem igualmente serem levadas em conta, como foi o caso do Papa João XXII que escolheu seu nome em referência a seu próprio pai.
Originalmente, os Papas mantinham habitualmente seu nome de batismo até o final do primeiro milênio. O costume mudou em 996 quando Gregório V abandonou seu nome de batismo, Bruno. Cento e trinta e um de seus 133 sucessores fizeram o mesmo, incluindo João Paulo II.
Antes do século X, apenas seis Papas trocaram seus nomes por diferentes razões. A primeira exceção foi João II em 533. Batizado Mercúrio, ele não quis manter o nome de um deus pagão.
Desde Simão Pedro, o primeiro Papa morto em martírio no ano 64 após Jesus Cristo, nenhum Papa ousou adotar o nome de Pedro. João XIV (983), que se chamava Pedro, não quebrou o que se transformou em um verdadeiro tabu. Assim como Sérgio IV (1009).
O primeiro nome a ser escolhido por diversos pontífices foi o de Sisto, em 257 como o Papa Sisto II. Desde então, os nomes mais comuns adotados foram João (21), Gregório (16), Clemente e Bento (15), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12).
Esta contagem não leva em conta os "antipapas" (Papas considerados pela Igreja como eleitos de forma irregular, como o Papa João XXIII em 1410) e algumas anomalias: como Bento IX (que foi três vezes Papa entre 1032 e 1048), Bento XI em 1303, e o Papa João XX que não existiu.
Cardeais já escolheram o novo Papa Fumaça branca saiu da Capela Sistina e indicou escolha de novo pontífice. Anúncio do nome do sucessor de Bento XVI deve sair logo no Vaticano.
Fumaça branca saiu da Capela Sistina e indicou
escolha de novo pontífice.
Anúncio do nome do sucessor de Bento XVI deve sair logo no Vaticano.
Anúncio do nome do sucessor de Bento XVI deve sair logo no Vaticano.
O conclave, reunião de cardeais, escolheu nesta quarta-feira (13) o novo Papa, sucessor de Bento XVI à frente da Igreja Católica Apostólica Romana.
A fumaça branca se ergueu da chaminé no teto da Capela Sistina, no Vaticano, indicando que os 115 cardeais eleitores já escolheram o nome do novo líder dos católicos, provavelmente na quinta votação secreta do conclave.
A fumaça apareceu por volta das 19h08 locais (15h08 de Brasília).
Inicialmente, ela parecia negra, mas logo ficou branca e foi recebida com júbido pela multidão que tomava a Praça de São Pedro, apesar da chuva e do frio.
Agora é lei CARROS DE SOM DE ATÉ 85 DECIBÉIS
Agora é lei: carros de som, comumente utilizados como meio de informação, não terão mais uma barreira legal ao seu funcionamento. Publicada no Diário Oficial do Executivo desta quarta-feira (13/03), a Lei 6.410/13 altera a Lei 126/77 (sobre poluição sonora) e permite o funcionamento de carros cujo som não ultrapasse os 85 decibéis. “Assim ninguém é incomodado e as atividades que dependem desse meio de informação, sobretudo no interior, não são afetadas”, aponta o autor, deputadoLuiz Martins (PDT), informando que o Poder Judiciário, baseado na Lei 126/77, vinha proibindo esta atividade em algumas cidades do interior. “Isso vinha prejudicando a economia local, que se utiliza desse recurso para fazer divulgações e propagandas”, acrescenta. O texto diz ainda que os municípios regulamentarão a lei. “Claro que deve haver um controle sonoro para que não se cause danos aos seres humanos, mas devemos permitir que cada município regulamente a presente lei”, sugere Martins.
Fernanda Galvão
Diretoria Geral de Comunicação Social
PRÉDIOS RESIDENCIAIS TERÃO DE FAZER COLETA SELETIVA DE LIXO
Agora é lei: prédios residenciais com mais de três andares terão que disponibilizar recipientes para coleta seletiva de papel, plástico, metal e vidro. A obrigação consta da lei 6.408/13, publicada no Diário Oficial do Executivo desta quarta-feira (13/03). A regra foi proposta pelo deputado Luiz Paulo (PSDB), que reforçou seu caráter educativo. “Muito se fala sobre a coleta seletiva, e pouco se faz. Principalmente nos grandes edifícios. A ideia desse projeto é disciplinar e incentivar esse hábito”, explicou o autor da proposição. “O passo seguinte será educar a empresa de coleta para a retirada correta dos materiais”, complementa. A lei começará a vigorar 90 dias após sua publicação.
Fernanda Galvão
Diretoria Geral de Comunicação Social
OFERTA DE CADEIRAS DE RODAS EM AGÊNCIAS É AMPLIADA
Agora é lei: a norma que tornou obrigatória a disponibilização de cadeira de rodas em agências bancárias (Lei 3.213/99) passará a ofertar o benefício aos maiores de 60 anos – antes destinava as cadeiras aos maiores de 65 –, e pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção. É o que garante a lei 6.409/13, publicada no Diário Oficial do Executivo desta quarta-feira (13/03)e assinada conjuntamente pelos deputados Bernardo Rossi (PMDB) e Márcio Pacheco (PSC). “Atualizamos a norma. Foi uma conquista”, disse Rossi. Pacheco reforçou: “Avançamos ao ampliar o benefício, reforçando a previsão constitucional”.
Pacheco defendeu que a nova regra regulamenta um direito constitucional que não é cumprido. “Só estamos reforçando o que a Constituição já prevê, que é o direito à mobilidade”, comentou. Autor da lei que a proposta modifica, o deputado Nilton Salomão (PT) parabenizou os colegas pela iniciativa “que confirmam a idade de 60 anos para os benefícios da Lei do Idoso”, comentou.
Fernanda Galvão
Diretoria Geral de Comunicação Social
Itaperuna e Santo Antônio de Pádua já apresentam um quadro de epidemia de dengue
Secretaria de Saúde fluminense amplia número de centros de hidratação para tratamento da dengue
Rio de Janeiro – Quinze municípios fluminenses já apresentam um quadro de epidemia de dengue, entres eles Itaperuna e Santo Antônio de Pádua, no noroeste do estado; Rio das Ostras, na baixada litorânea; e Iguaba Grande, na Região dos Lagos. Por causa do crescimento dos casos da doença, a Secretaria Estadual de Saúde e as prefeituras instalaram 46 centros de hidratação em 30 localidades.
Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, “a indicação é que a população procure o centro de hidratação logo nos primeiros sintomas de febre e dores no corpo”, disse.
As unidades são equipadas com poltronas de hidratação, essenciais para diminuir os riscos de agravamento da doença, reduzindo possíveis mortes. Os centros de hidratação contam ainda com material para exames de sangue, dando agilidade no tratamento da dengue.
Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
terça-feira, 12 de março de 2013
Prefeito de Itaperuna participa de lançamento de projeto que prevê e previne enchentes
Itaperuna é o primeiro município do Noroeste Fluminense a fazer parte do Projeto Flash, sistema de previsão e prevenção de riscos a inundações e escorregamentos. O Prefeito Municipal de Itaperuna, Alfredo Paulo Marques Rodrigues, participou da reunião na segunda-feira (11/03), na sede do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do lançamento do Projeto Flash. Este é um programa piloto que vai adaptar a tecnologia às características locais, ampliando a capacidade de previsão e de prevenção dos sistemas de alerta já existentes no Estado. O projeto é o resultado de um acordo de cooperação entre Brasil e Itália, que surgiu o programa.
O prefeito de Itaperuna sabe a importância deste projeto para a cidade. “As inundações são preocupantes no município e queremos estar amparados e preparados quando algo acontecer. A alta tecnologia que o sistema oferece vai nos permitir viver de melhor forma”, disse Alfredão.
A solenidade teve a presença do ministro de Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar da Itália, Conrado Clini. A presidente do Inea, Marilene Ramos, ressaltou a importância da cooperação com o governo italiano, e da participação do Fórum das Américas, numa parceria que abrange outros órgãos, como o Departamento de Recursos Minerais (DRM), e as universidades do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O subsecretário executivo da Secretaria Estadual do Ambiente, Luiz Firmino Martins Pereira, que representou o secretário do Ambiente, Carlos Minc, destacou que o governo estadual vem trabalhando na implantação de sistemas de alerta e na realização de obras preventivas, como as de controle de inundações, que abrangem várias regiões, incluindo a Noroeste.
O ministro Conrado Clini ressaltou que o Projeto Flash utiliza a experiência italiana na previsão e prevenção de desastres naturais, ou eventos climáticos extremos. Conforme ressaltou, durante a Rio+20 foi discutido um plano de trabalho conjunto visando ao atendimento às áreas mais vulneráveis a eventos extremos, e que a parceria será importante para tornar o território fluminense mais seguro.
MAIS INFORMAÇÕES DO PROJETO FLASH
O Projeto Flash utiliza modelos matemáticos avançados de previsão a partir de dados de satélites. As informações geradas deverão ser integradas às já utilizadas pelo Sistema de Alerta de Cheias do Inea. O projeto prevê a adoção de uma estrutura de previsão, alarme e resposta rápida em caso de deslizamentos e inundações de modo a auxiliar a Defesa Civil, e alertar mais rapidamente a população, através dos meios de comunicação e internet.
O prefeito de Itaperuna, Alfredo Paulo Marques Rodrigues, município que receberá o projeto piloto, também participou da solenidade.
Departamento de Comunicação Prefeitura de Itaperuna
Crédito para fotos: divulgação.
(Colaborou: Inea)
PROGRAMA PELO AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO DE NEGROS NA POLÍTICA SERÁ LEI
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) derrubou nesta terça-feira (12/03), por 55 votos a um, o veto do governador Sérgio Cabral ao projeto de lei 282/11, que cria programa de estímulo a maior participação de negros na política. Diz o texto, assinado pelo deputado Gilberto Palmares (PT) e pelo deputado licenciado André Lazaroni, que o programa, denominado “O Negro na Política”, atuará na conscientização sobre a importância da participação na atividade política através da elaboração e distribuição de materiais específicos, entre outras ações. “É um projeto importantíssimo porque faz com que o Estado assuma um compromisso pela representação mais igualitária”, disse Palmares. O único voto contrário ao projeto foi do deputado Flávio Bolsonaro (PP).
A proposta, que será promulgada nos próximos dias, cita entre as medidas a serem tomadas: a elaboração e distribuição de material informativo sobre meios de participação na atividade política, com procedimentos para filiação em partido político; o incentivo à participação em eleições de negros filiados; realização de palestras, entre outros.
(texto de Fernanda Porto)
Câmara de Vereadores de Pádua realiza Audiência Pública com prefeito Josias Quintal e taxistas paduanos
Encontro marca o início de negociações
para organização da categoria no município
A Casa de Leis
Paduana abrigou mais um evento histórico na noite do último dia 11 de março,
data em que o prefeito Josias Quintal de Oliveira e, a totalidade dos taxistas
paduanos se reuniu em uma Audiência Pública
para legalização da atividade no município.
A Audiência Pública
entre os taxistas e o prefeito Josias Quintal foi uma solicitação do vereador
Bastos com apoio dos demais vereadores.
A audiência se
justifica pelo fato de o Poder Executivo Paduano estar em fase de publicar o
Decreto que regulamenta o transporte de passageiros nos taxis e vans de Santo
Antônio de Pádua.
O Decreto com
inúmeras regulamentações causou polêmica ao indicar no 15º artigo à mudança de
cor nos veículos para a cor amarela.
Rapidamente a classe
dos taxistas protestou contra a possível medida que, segundo eles, onera o
bolso da classe e desvaloriza o veículo.
Existem em Santo Antônio de
Pádua atualmente 42 taxistas em atividade, distribuídos por diferentes pontos
da cidade. Levantamentos oficiais revelam que o município possui 167 concessões
expedidas. Números estes questionados pelo prefeito Josias Quintal devido ao
porte da cidade. Segundo o prefeito, muitas destas concessões foram emitidas em
período eleitoral.
A Audiência Pública
foi conduzida pelo vereador Alexandre Brasil em clima democrático e calmo.
Todos tiveram a oportunidade de expressar sentimentos e desejos.
Ao iniciar seu
discurso o prefeito Josias Quintal lembrou que a oficialização ou não do
Decreto dependeria de argumentos.
“É justo. É correto
uma cidade como Pádua ter tantas concessões?
Estas questões estão
na “boca do povo” e meu dever, meu papel é zelar para que as coisas fiquem
organizadas”, justificou-se Josias.
Ele lembrou que
pessoas estão se aproveitando do fornecimento de concessões para adquirir
veículos que não se destinam a real utilidade, deixando claro que não há nenhuma
outra motivação, a não ser a organização da cidade, ao querer implantar tal
Decreto.
Vereador Bastos foi
bastante aplaudido pelo plenário ao lembrar que as pessoas que tem concessão
para taxi e não estão em atividade não são merecedoras. Na sequencia pediu ao
prefeito que reconsiderasse o Art.15º em prol da classe.
Já o vereador Jádir
Junior sugeriu que as concessões emitidas e sem funcionalidade fossem cassadas.
Ele também sugeriu o prazo de um ano para a troca de cor.
Os vereadores Robinho
Águia Negra, Paulinho da Refrigeração, Torinho, Maria Dib, Dudu, Vanderléia,
Marcelo Larjan e Elton Brum manifestaram total apoio a classe dos taxistas e
suas reivindicações.
Eles intervieram
junto ao prefeito pedindo que houvesse tolerância e adequação no Decreto.
Representantes dos
taxistas também tiveram a oportunidade de se expressar, entre estes,
representantes do Taxi Possidente, o taxista Edílio P. Ferreira, Raimundo L.
Pinto e Teófilo, entre outros. Eles fizeram apelos diretos ao prefeito como
maior prazo para adequação ao Decreto e a padronização dos veículos na cor
branca, desejo este aprovado pela maioria dos taxistas presentes.
Ao final dos debates,
a procuradora do município, Drª Jaqueline Miguel saiu em defesa das idéias do
prefeito Josias Quintal.
“Ele não é radical.
Ele é do consenso. Ele é a favor do povo. Se vocês querem a cor branca tenho
certeza que ele atenderá”, disse.
Ao final da audiência
o prefeito Josias Quintal, então convencido, aceitou as reivindicações da
classe.
Ficou convencionado que os taxis paduanos
utilizarão a cor branca. Haverá um prazo para adequação e troca de cor dos
mesmos. O Decreto será reavaliado e não entra em vigor no momento.
Estabeleceu-se ainda que os taxistas terão que colocar um adesivo de
identificação e um número de ordem.
Josias Quintal
parabenizou o trabalho e o empenho dos vereadores neste tema, lembrando que a
Casa de Leis tem esta função de intermediar os anseios do povo.
Josias Quintal deixou
a sede da Câmara de Vereadores bastante aplaudido e com credibilidade.
Exercitou a democracia em sua totalidade para a alegria de uma classe de
trabalhadores merecedora.
A organização dos
pontos de táxis e seus ocupantes será o próximo tema de debate da classe e os
poderes constituídos do município.
O vereador presidente
Alexandre Brasil encerrou a Audiência Pública lembrando que os 13 vereadores da
Câmara de Pádua estão unidos neste tema e em todas as questões da sociedade
paduana, de forma harmônica, buscando soluções para as mais diferentes
necessidades da população.
Ascom Câmara de Pádua
Sandro Olivier
Funcionárias denunciam trabalho análogo à escravidão em Pádua, RJ
Mulheres alegam más condições de trabalho e humilhações.
Empresa não pagou salários e, segundo MT, está inadimplente.
Más condições de higiene, assédio moral, falta de equipamentos de proteção e problemas com pagamentos. Esses são alguns dos problemas listados por funcionárias de uma usina de reciclagem, que funcionava anexo ao lixão de Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Segundo informações das funcionárias, que não quiseram se identificar por medo de represálias, as condições de trabalho na usina eram desumanas. A Prefeitura de Santo Antônio de Pádua verificou a situação e fechou a usina, que já havia sido autuada pelo Ministério do Trabalho. Segundo relatos das trabalhadoras, a usina funcionava há cerca de três anos, no entanto, desde que teve os trabalhos encerrados, nenhum responsável apareceu para conversar com os funcionários. A usina de reciclagem era terceirizada pela prefeitura e, por causa das irregularidades, não teve o contrato renovado. Com isso, cerca de 20 operários estão sem emprego desde janeiro e não receberam os direitos trabalhistas.
“Eu tenho netas que eu crio e dependem do meu dinheiro para tudo. Estou fazendo bicos para conseguir levar comida pra casa. Não temos ninguém para recorrer. A minha carteira de trabalho está presa aqui e eu não posso procurar serviço em outro lugar porque ela ainda está assinada. Eu tenho quase dois anos de trabalho na usina e não recebi nada. Eles ainda falaram que se a gente quisesse ir embora, era só pedir demissão e abrir mão dos nossos direitos”, disse uma das funcionárias.
Além da falta de assistência, as reclamações remetem à época em que a usina ainda estava em funcionamento. Uma segunda funcionária, relatou casos de maus tratos e condições inapropriadas de trabalho, em entrevista ao G1. Segundo as funcionárias, um idoso conhecido apenas como Luiz Fernando coordenava o trabalho no local.
“Tinha vezes que a gente tinha que puxar o lixo do caminhão só com a enxada, sem contar que a maior parte do dia trabalhamos em pé no meio do lixo. A gente chegou a trabalhar várias vezes sem proteção nenhuma, só com umas luvas velhas e rasgadas. A gente não podia reclamar porque o senhor Luiz Fernando xingava a gente de vários nomes e falava palavras obscenas”, disse outra funcionária.
Segundo a mulher, houve um dia de trabalho no qual o caminhão do lixo quebrou perto de um local onde as refeições eram feitas e as próprias mulheres tiveram que fazer a remoção do veículo. “O caminhão não andava e o cheiro de lixo estava muito forte. A gente se juntou e começou a empurrar até tirar ele dali. O seu Luis Fernando viu a gente empurrando e cantou aquela música 'lerê lerê' e falava que a gente era escravo”, concluiu, citando a música de abertura da novela "A Escrava Isaura".
Ministério do Trabalho diz que usina está inadimplente
Segundo a Gerência Regional do Trabalho e Emprego, do Ministério do Trabalho de Itaperuna, que responde pela área de Santo Antônio de Pádua, a empresa Elo Comércio e Serviço Limitada/ME, responsável pela usina de reciclagem, já foi fiscalizada e autuada várias vezes. O Ministério do Trabalho (MT) ainda informou que vai enviar uma nova equipe para fiscalizar a empresa.
“A empresa teve os autos lavrados por má condições de trabalho e de segurança, além de problemas com salário e fundo de garantia. Nós fizemos a nossa parte e eu não sei como essa empresa conseguiu liberação para prestar serviço”, disse a Drª Alzira Almeida de Souza, titular do Ministério do Trabalho em Itaperuna.
Ainda segundo a responsável pelo MT em Itaperuna, Alzira de Souza, muitos trabalhadores não procuram ajuda no Ministério. Quem precisar de apoio jurídico gratuito pode ir até o MT que fica na Avenida Cardoso Moreira, número 859, no Centro de Itaperuna.
Prefeitura diz que trabalhadores de usina não ficarão desempregados
Segundo a Prefeitura de Santo Antônio de Pádua, os funcionários da antiga usina de reciclagem vão abrir uma cooperativa que terá apoio da prefeitura e melhoria no espaço físico. Sobre a falta de pagamentos dos funcionários pelos serviços já prestados à empresa, a prefeitura disse não ter responsabilidade.
“Os problemas entre a empresa e os funcionários terão que ser resolvidos na Justiça. No que a prefeitura puder ajudar, vamos fazer. Quero que os funcionários tenham um ambiente limpo e protegido e depois que montarem a cooperativa vão vender os produtos para a prefeitura”, disse o prefeito Josias Quintal.
Fonte: G1
Linki: http://g1.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2013/03/funcionarias-denunciam-trabalho-analogo-escravidao-em-padua-rj.html
Más condições de higiene, assédio moral, falta de equipamentos de proteção e problemas com pagamentos. Esses são alguns dos problemas listados por funcionárias de uma usina de reciclagem, que funcionava anexo ao lixão de Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Segundo informações das funcionárias, que não quiseram se identificar por medo de represálias, as condições de trabalho na usina eram desumanas. A Prefeitura de Santo Antônio de Pádua verificou a situação e fechou a usina, que já havia sido autuada pelo Ministério do Trabalho. Segundo relatos das trabalhadoras, a usina funcionava há cerca de três anos, no entanto, desde que teve os trabalhos encerrados, nenhum responsável apareceu para conversar com os funcionários. A usina de reciclagem era terceirizada pela prefeitura e, por causa das irregularidades, não teve o contrato renovado. Com isso, cerca de 20 operários estão sem emprego desde janeiro e não receberam os direitos trabalhistas.
“Eu tenho netas que eu crio e dependem do meu dinheiro para tudo. Estou fazendo bicos para conseguir levar comida pra casa. Não temos ninguém para recorrer. A minha carteira de trabalho está presa aqui e eu não posso procurar serviço em outro lugar porque ela ainda está assinada. Eu tenho quase dois anos de trabalho na usina e não recebi nada. Eles ainda falaram que se a gente quisesse ir embora, era só pedir demissão e abrir mão dos nossos direitos”, disse uma das funcionárias.
Além da falta de assistência, as reclamações remetem à época em que a usina ainda estava em funcionamento. Uma segunda funcionária, relatou casos de maus tratos e condições inapropriadas de trabalho, em entrevista ao G1. Segundo as funcionárias, um idoso conhecido apenas como Luiz Fernando coordenava o trabalho no local.
“Tinha vezes que a gente tinha que puxar o lixo do caminhão só com a enxada, sem contar que a maior parte do dia trabalhamos em pé no meio do lixo. A gente chegou a trabalhar várias vezes sem proteção nenhuma, só com umas luvas velhas e rasgadas. A gente não podia reclamar porque o senhor Luiz Fernando xingava a gente de vários nomes e falava palavras obscenas”, disse outra funcionária.
Segundo a mulher, houve um dia de trabalho no qual o caminhão do lixo quebrou perto de um local onde as refeições eram feitas e as próprias mulheres tiveram que fazer a remoção do veículo. “O caminhão não andava e o cheiro de lixo estava muito forte. A gente se juntou e começou a empurrar até tirar ele dali. O seu Luis Fernando viu a gente empurrando e cantou aquela música 'lerê lerê' e falava que a gente era escravo”, concluiu, citando a música de abertura da novela "A Escrava Isaura".
Ministério do Trabalho diz que usina está inadimplente
Segundo a Gerência Regional do Trabalho e Emprego, do Ministério do Trabalho de Itaperuna, que responde pela área de Santo Antônio de Pádua, a empresa Elo Comércio e Serviço Limitada/ME, responsável pela usina de reciclagem, já foi fiscalizada e autuada várias vezes. O Ministério do Trabalho (MT) ainda informou que vai enviar uma nova equipe para fiscalizar a empresa.
“A empresa teve os autos lavrados por má condições de trabalho e de segurança, além de problemas com salário e fundo de garantia. Nós fizemos a nossa parte e eu não sei como essa empresa conseguiu liberação para prestar serviço”, disse a Drª Alzira Almeida de Souza, titular do Ministério do Trabalho em Itaperuna.
Ainda segundo a responsável pelo MT em Itaperuna, Alzira de Souza, muitos trabalhadores não procuram ajuda no Ministério. Quem precisar de apoio jurídico gratuito pode ir até o MT que fica na Avenida Cardoso Moreira, número 859, no Centro de Itaperuna.
Prefeitura diz que trabalhadores de usina não ficarão desempregados
Segundo a Prefeitura de Santo Antônio de Pádua, os funcionários da antiga usina de reciclagem vão abrir uma cooperativa que terá apoio da prefeitura e melhoria no espaço físico. Sobre a falta de pagamentos dos funcionários pelos serviços já prestados à empresa, a prefeitura disse não ter responsabilidade.
“Os problemas entre a empresa e os funcionários terão que ser resolvidos na Justiça. No que a prefeitura puder ajudar, vamos fazer. Quero que os funcionários tenham um ambiente limpo e protegido e depois que montarem a cooperativa vão vender os produtos para a prefeitura”, disse o prefeito Josias Quintal.
Fonte: G1
Linki: http://g1.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2013/03/funcionarias-denunciam-trabalho-analogo-escravidao-em-padua-rj.html
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