O Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de
Justiça junto à 3ª Vara Criminal de Niterói, com auxílio da 1ª Promotoria de
Justiça Junto ao III Tribunal do Júri da Capital, obteve junto ao Tribunal do
Júri de Niterói, no dia 24 de novembro, a condenação de Flávio dos Santos
Rodrigues, filho biológico da ex-deputada federal Flordelis e Lucas Cezar dos
Santos de Souza, filho adotivo, pela morte do pastor Anderson do Carmo de Souza,
marido da ex-parlamentar, morto a tiros no dia 16 de junho de 2019. Flordelis
foi apontada pelo MPRJ como responsável por arquitetar o crime, arregimentar e
convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a
simulação de ter ocorrido um latrocínio.
O Júri teve mais de 15 horas de duração e foi presidido pela juíza Nearis dos Santos de Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói. Flávio foi condenado a 33 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Ele foi denunciado pelo MPRJ como autor dos disparos de arma de fogo que provocaram a morte do pastor. Já Lucas foi condenado a sete anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado. Ele foi acusado de ter sido o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor.
O promotor
de Justiça Carlos Gustavo Coelho de Andrade e a promotora de Justiça Fernanda
Neves Lopes comentaram que a condenação é resultado de uma investigação sólida
realizada pelo MPRJ, que colheu veemente acervo de provas contra os réus.
Outros nove
denunciados pelo crime, inclusive a ex-deputada Flordelis, ainda serão julgados
em Júri popular. As condutas dos demais denunciados são descritas em diferentes
etapas como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do
crime, assim como em tentativas de homicídios anteriores ao fato consumado,
pela administração de veneno na comida e bebida da vítima, ao menos seis vezes,
sem sucesso, segundo apontaram as investigações.
Por MPRJ