Funcionou em Brasília, pelo menos até 2002, uma das estações de espionagem nas quais agentes da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) trabalharam em conjunto com a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos. Não se pode afirmar que continuou depois desse ano por falta de provas.
Documentos da NSA a que O GLOBO teve acesso revelam que Brasília fez parte da rede de 16 bases dessa agência dedicadas a um programa de coleta de informações através de satélites de outros países. Um deles tem o título “Primary Fornsat Collection Operations” e destaca as bases da agência (veja acima).
Satélites são vitais aos sistemas nacionais de comunicações, tanto quanto as redes de fibras óticas em cabos submarinos. O Brasil não possui nenhum, mas aluga oito, todos do tipo geoestacionário – ou seja, que permanecem estacionados sobre uma região específica da Terra, em geral na linha do Equador.
Há também um conjunto de documentos da NSA, de setembro de 2010, cuja leitura pode levar à conclusão de que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, em algum momento teriam sido alvos da agência. Não foi possível obter confirmar a informação e nem se esse tipo de prática prossegue.
Brasil cobra explicações de americanos
Poucas horas após o GLOBO revelar, com base em documentos secretos copiados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, que os EUA espionaram milhões de telefonemas e e-mails de cidadãos brasileiros, o governo federal anunciou ontem, depois de reunião da presidente Dilma Rousseff com seis ministros, medidas em quatro frentes: o pedido de esclarecimentos ao governo dos EUA; a abertura de investigação sobre suposta participação no esquema de empresas de telecomunicações sediadas no Brasil; o aprimoramento da legislação para garantir sigilo de dados na internet; e a atuação em esferas internacionais para assegurar a segurança cibernética.
Nos trilhos do atraso
Para viabilizar o plano de mobilidade urbana anunciado pela presidente Dilma Rousseff como resposta à onda de manifestações que tomou o país nas últimas semanas, os governos federal e estaduais terão que destravar obras de metrô que se arrastam há anos e são alvo de suspeitas de irregularidades. Há casos de projetos que começaram a ser executados ainda no século XX, atravessaram gestões e, até hoje, não foram concluídos. Denúncias de superfaturamento, conluio em licitações e falta de recursos estão por trás das dificuldades das administrações para colocar linhas de metrô em funcionamento em pelo menos quatro capitais: Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo. Em outras duas cidades, Curitiba e Porto Alegre, projetos recentemente anunciados estão emperrados por problemas com custos.
Especialistas consideram populista proposta que torna corrupção crime hediondo
Apoiada pela presidente Dilma Rousseff e aprovada com alarde pelo Senado, a proposta de uma lei que torna a corrupção crime hediondo é severamente criticada por juristas e especialistas no combate aos crimes de colarinho branco. A medida ganhou força com os protestos que tomaram as ruas do país, mas os juristas a consideram “populista” e “inócua”. Além do projeto de lei do senador Pedro Taques (PDT-MT), que tramita no Senado, na semana passada a Câmara dos Deputados aprovou a votação em urgência de um projeto de lei, proposto pelo governo em 2009, que também rotula a corrupção como hedionda e aumenta as penas para esse tipo de crime.
Dilma lança hoje plano para importar médicos
A presidente Dilma Rousseff lança oficialmente hoje as medidas do Pacto Nacional pela Saúde, que ela mesma já tinha anunciado no dia 24 de junho como uma resposta às manifestações de rua que tomaram conta do país. O pacto prevê a contratação de médicos estrangeiros, como medida emergencial, e a construção de hospitais e unidades básicas de saúde, além da abertura de 11.400 vagas para cursos de graduação de médico e de 12.400 para médicos residentes até 2017.
Tarifa sem aumento só adia inflação
Ao segurar reajustes de tarifas públicas, como combustíveis, energia elétrica, pedágios e transportes em geral, com a ajuda dos governos estaduais e municipais, o governo armou uma bomba-relógio, que poderá explodir no ano que vem ou no começo de 2015, já no governo do próximo presidente. Na avaliação de especialistas ouvidos pelo GLOBO, a interferência artificial nos preços administrados terá várias consequências no futuro: aumento da inflação, redução de investimentos, queda na qualidade dos serviços prestados aos usuários e aumento dos gastos do Tesouro para cobrir as defasagens sofridas pelas empresas que prestam atendimento à população.
Jornada terá mais segurança
Importantes mudanças na estratégia de defesa que as Forças Armadas vão pôr em prática durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) revelam que aumentou o nível de preocupação com a segurança do Papa Francisco depois das manifestações que se espalharam por todo o país. Para os responsáveis pela segurança do evento, que acontecerá de 23 a 28 de julho e deverá atrair ao Rio cerca de 2 milhões de pessoas, o cenário mudou com os protestos. Agora, quando o pontífice desembarcar na cidade, no próximo dia 22, haverá mais gente ao seu redor.
Edital do Pré-Sal sai amanhã
A presidente da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, diz que os problemas enfrentados pelo grupo de Eike Batista não afetarão o apetite do mercado pelo leilão do Pré-Sal.
O balanço de uma festa política
Encerrada ontem em Paraty, a Flip foi marcada por debates que extrapolaram a literatura, como nas mesas que discutiram as manifestações pelo país. Em 2014, a festa será em agosto, para driblar a Copa.
Incêndio deixa 3 mortos e 860 desabrigados em favela de SP
Um incêndio na favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, destruiu na madrugada de ontem pelo menos 50 moradias e deixou três mortos (um homem, uma mulher e uma criança). A identidade dos três não havia sido divulgada até o início da noite. Outras 19 pessoas ficaram feridas, três delas em estado grave, de acordo com informações da Defesa Civil.
O dilema do ensino em casa
De acordo com a Associação Nacional de Ensino Domiciliar (Aned), há 800 famílias no país declaradamente adeptas de uma forma de ensino não regulamentada no Brasil. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é dever dos pais ou responsáveis matricular na escola os filhos com idades entre 4 e 17 anos. Em alguns países, porém, a prática é reconhecida. Nos EUA, por exemplo, estima-se em 2 milhões o número de famílias adeptas do homeschooling.
Pais acham ambiente escolar pobre e nocivo
Na pesquisa “Escola? Não, obrigado: um retrato da homeschooling no Brasil”, o sociólogo da UnB André de Holanda ouviu 62 pais que educam seus filhos em casa, residentes em 12 estados, de todas as regiões brasileiras. Como parte do trabalho, que compõe sua dissertação de mestrado na UFMG, Holanda entrevistou oito pais e mães para entender os motivos da adoção da educação domiciliar.
Estudante atropelado morre em Teresina; é a oitava vítima desde o início das manifestações
O estudante e jogador de handebol Paulo Patrick Silva de Castro, de 14 anos, que foi atropelado por um táxi no dia 26 de junho, quando participava de manifestação em Teresina, capital do Piauí, morreu na madrugada de ontem. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo. Ele é a oitava pessoa a morrer em consequência das manifestações que tomaram as ruas do país.
Folha de S. Paulo
Saúde susta conversa para trazer médicos cubanos
O Brasil paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao país e deve lançar nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como países “prioritários”.
Nem o Ministério da Saúde nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos.
Também não dizem o porquê do tratamento “não prioritário” a Cuba, já que a ilha preenche os principais requisitos do programa: médicos por habitante bem acima do recomendado pela OMS e língua próxima do português.
Itamaraty cobra explicação dos EUA sobre espionagem
Em pronunciamento ontem em Paraty (RJ), onde acompanha a Flip (evento literário), o chanceler Antonio Patriota disse que o governo “recebeu com grave preocupação a notícia de que comunicações de cidadãos brasileiros estariam sendo objeto de espionagem” pelos EUA.
Segundo ele, o ministério pediu esclarecimentos ao embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, e acionou a embaixada brasileira em Washington para indagar o governo americano.
O pedido foi uma ordem da presidente Dilma Rousseff, que se reuniu com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Paulo Bernardo (Comunicações) para discutir medidas para evitar a devassa de informações. “A presidente ficou muito preocupada. Eu diria até indignada”, disse Paulo Bernardo.
Dilma tenta reconstruir elo com os movimentos sociais
Os protestos pelo país não provocaram impacto só na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Sua agenda também sofreu uma guinada. Nos últimos dias, ela passou a receber representantes de movimentos sociais que esperavam por uma audiência desde sua posse, em janeiro 2011.
Na lista dos que foram ou serão recebidos estão organizações recentes, como o MPL (Movimento Passe Livre), mas principalmente militantes com relações antigas e desgastadas com o PT, como gays, indígenas, camponeses, feministas e ativistas digitais.
Índios prometem ação criminal contra Gilberto Carvalho
Um dos focos de grande tensão do governo com os movimentos sociais está no maior e mais ambicioso projeto da gestão Dilma Rousseff: a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no município de Altamira, no Pará.
Lideranças que fazem oposição à instalação da usina acusam o governo de tentar criminalizar os opositores do projeto e desconfiam até da infiltração de agentes do Estado em suas organizações.
No fim de junho, a tensão foi parar na Justiça. Um grupo de caciques da etnia mundurucu foi ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e protocolou uma interpelação criminal contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Governo diz que nunca esteve tão aberto ao diálogo
O governo reconhece que enfrenta dificuldades na relação com alguns segmentos do movimento social, mas afirma que o Palácio do Planalto nunca esteve tão aberto para o diálogo com essas organizações como hoje.
“O ex-presidente Lula abriu as portas do Planalto para os movimentos sociais, mas a presidenta Dilma [Rousseff] ampliou o acesso”, diz Paulo Maldos, titular da Secretaria Nacional de Articulação Social, órgão vinculado à Secretaria-Geral da Presidência.
Presidente deverá substituir Ideli Salvatti
A presidente Dilma Rousseff disse a interlocutores que decidiu mudar sua articulação política, mas não fará a troca enquanto for mantida a pressão de aliados, principalmente dos petistas, pela demissão da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Segundo um conselheiro presidencial, Dilma avalia que Ideli “já deu sua contribuição” e será substituída para aperfeiçoamento da relação com a base aliada.
O interlocutor, que esteve com a petista na semana passada, acrescentou que ela mantém o apoio ao ministro Guido Mantega (Fazenda), apesar do aumento das pressões dentro e fora do governo por sua troca.
Dilma Rousseff deve participar amanhã de marcha dos prefeitos
A presidente Dilma Rousseff discutiu ontem com assessores a sua participação na marcha dos prefeitos, que está programada para amanhã, em Brasília.
Dilma ainda não confirmou sua presença no encontro, cujo tema é “A crise e o desequilíbrio”, mas, segundo colaboradores, a tendência é que participe do ato. As ações na área da saúde deverão ser o centro da exposição da presidente.
Incêndio mata 3 na favela de Heliópolis
Três pessoas morreram e 19 ficaram feridas, três delas em estado grave, em um incêndio que atingiu a comunidade da Ilha, na favela de Heliópolis (zona sul de SP), na madrugada de ontem.
Os corpos foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Central) e serão identificados por meio de um exame de DNA. As causas do incêndio estão sendo investigadas pela polícia.
As chamas atingiram o local por volta da meia-noite. Segundo o major Valdir Pavão, do Corpo de Bombeiros, 50 barracos foram destruídos e o fogo consumiu uma área de 3.000 metros quadrados.
Objetivo de manifestações é nova forma de democracia
Desde que a Primavera Árabe estourou, em 2011, o sociólogo e jornalista italiano Paolo Gerbaudo viaja o mundo para estudar protestos que tomaram as ruas de grandes cidades da África, da Europa e dos Estados Unidos.
Professor da universidade britânica King’s College, ele se tornou um dos principais pesquisadores da onda de manifestações organizadas nas redes sociais, que chegou ao Brasil com força em junho.
No livro “Tweets and the streets” (Pluto, 2012; sem tradução em português), Gerbaudo aponta semelhanças entre movimentos de diferentes países como o Occupy Wall Street, nos EUA, e os indignados, na Espanha.
Festa literária termina marcada por imprevistos
A Festa Literária Internacional de Paraty que acabou na noite de ontem foi bastante diferente daquela que a organização tinha em mente duas semanas atrás.
Foi uma festa de improvisos, com três baixas de última hora entre os convidados, a inclusão de mesas extras sobre os protestos no país, tema que se impôs nas semanas anteriores ao evento, e a integração física dos manifestos aos debates, com gritos de grupos locais invadindo a Tenda dos Autores anteontem.
Se em outras edições a Flip já precisou correr para cobrir desistências com poucos dias de antecedência, desta vez ela precisou fazer isso inclusive no decorrer da festa.
Papa diz que está se preparando para Jornada da Juventude no RJ
O papa Francisco afirmou ontem que está já se preparando para a Jornada Mundial da Juventude, evento católico que será celebrado do dia 23 ao dia 28 de julho, no Rio de Janeiro.
De acordo com a agência Efe de notícias, o pontífice, após rezar a oração do Ângelus no Vaticano, cumprimentou os jovens ali presentes que pretendem viajar ao Rio e acrescentou: “Também estou me preparando, caminharemos juntos para essa grande festa de fé”.
Rede de Marina encerra segunda fase de coleta com 706 mil apoios
A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, encerrou ontem a segunda etapa do cronograma de coleta de assinaturas para a formalização da sigla com 100 mil apoios a menos que a meta estabelecida.
Depois de atingir 500 mil apoios no início de junho, o grupo havia determinado 7 de julho como prazo para chegar às 800 mil assinaturas, marca que considera necessária para conseguir obter o registro na Justiça Eleitoral a tempo de disputar as eleições de 2014. Segundo números atualizados até ontem, o grupo tem 706 mil apoios.
Ministério Público ignora gasto extra com novas cortes
O Ministério Público Federal (MPF) não tem estudos sobre o impacto financeiro para o órgão com a criação de quatro Tribunais Regionais Federais, que terão sede em Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
Não se sabe, por exemplo, como o MPF pretende adequar as atuais Procuradorias Regionais da República (PRRs), se serão criadas outras PRRs e se haverá concurso para cargos de Procurador Regional.
O Estado de S. Paulo
Planalto reage a espionagem de brasileiros pelos EUA
A denúncia publicada ontem pelo jornal O Globo de que telefonemas e transmissões de dados de empresas e pessoas brasileiras teriam sido alvo de espionagem por parte do governo dos Estados Unidos levou a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião pela manhã no Palácio da Alvorada.
“Já vínhamos acompanhando o caso, mas agora a história mudou de patamar”, disse ao Estado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. A Polícia Federal pode entrar na investigação.
Snowden estuda ofertas
Ex-agente que denunciou espionagem, Edward Snowden pode ir para Venezuela, Nicarágua ou Bolívia.
Dilma rejeita concessões para compensar base aliada
Pressionada a fazer uma reforma na equipe para garantir a governabilidade, a presidente Dilma Rousseff avisou ao PT e ao PMDB que não entregará ministérios com “porteira fechada” a nenhum partido da base aliada e disse não ter pressa para mudanças na equipe. A fórmula que permite a ocupação linear de todos os cargos de um ministério pela mesma legenda foi sugerida a Dilma como forma de compensar eventual corte de pastas, em resposta aos protestos de mãy mas ela não deu chance para a cobrança.
Patrimônio do BNDES cai 38% em 2 anos
Na contramão do mercado, o patrimônio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encolheu 38% entre março, de 2011 e março de 2013, enquanto a média de cinco grandes bancos públicos e privados registrou crescimento de 25%. E o que mostra levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/ FGV).
Para os economistas José Roberto Afonso e Gabriel Leal de Barros, ambos do Ibre, essa é uma clara evidência de que o governo está enfraquecendo os bancos públicos, principalmente o BNDES, com sua política de recolher dividendos antecipados. Essa é a tese que eles defendem no estudo Receitas de Dividendos,Atipicidades e (Des) Capitalização.
Plano para saúde tenta impor agenda positiva pós-protestos
Em mais uma tentativa de criar uma agenda positiva, a presidente Dilma Rousseff lança hoje 0 Plano Nacional pela Saúde – Mais hospitais, Mais Médicos, Mais Formação, Apesar da resistência dos médicos brasileiros, a ideia é que 0 recrutamento de profissionais estrangeiros seja trunfo eleitoral para Dilma, candidata à reeleição, e para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que quer concorrer ao governo de São Paulo, em 2014.
Se PT insistir no plebiscito, vamos gritar Fora Dilma’, afirma Paulinho
Numa reação ao plano do partido de Dilma Rousseff de defender no Dia Nacional de Luta a bandeira de reforma política da presidente, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou que, “se o PT insistir em “enxertar” essa história de plebiscito na manifestação de quinta-feira, a Força Sindical levantará a bandeira do “Fora Dilma”". “Nossa manifestação é pela redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, reajuste para os aposentados e mais investimentos em saúde e educação”, disse Paulinho.
MP investiga 85 contratos da gestão Pimentel
O Ministério Público de Minas Gerais está fazendo urna devassai em contratos firmados sem licitação pela prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão do atua! ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). Pelo menos 85 contratos com dispensa de licitação, cujos vaíores somam mais de R$ 55 milhões, são analisados pelo órgao de controle. Deste total, 35 deles já investigados por meio de inquéritos instaurados pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público.
Petista nega irregularidade e questiona promotores
Em nota, a assessoria do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirma que to- dos os contratos firmados na gestão do petista na prefeitura de Belo Horizonte “foram analisados técnica e juridicamente e fechados em observância à legislação” e que as contas relativas ao período estão disponíveis no Tribunal de Contas do Estado.
Islâmicos se dividem após golpe no Egito
Membros da Irmandade Muçulmana contestaram o golpe no Egito, relata o enviado Andrei Netto.
Postalis é sócio do projeto da Nova Bolsa
O fundo de pensão dos funcionários dos Correios é o sócio oculto da operação para montar uma nova bolsa de valores para competir com a BM&FBovespa. Com patrimônio de R$ 7,7 bilhões, o Postalis estava incógnito até agora.
‘Domínio do fato’ pode punir empresas
Assim que for consolidado o julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal? o Ministério Público do Trabalho vai utilizar a teoria do domínio do fato para buscar a responsabilização judicial de empresas que utilizam mão de obra escrava.
Na mira estão empresas que comandam as respectivas cadeias, produtivas, mas terceirizam a produção justamente para tentar se dissociar da responsabilidade da contratação de funcionários que trabalham em condições análogas à da escravidão.
Entrevista: Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça
O advogado criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos vê risco de uso indiscriminado da teoria do domínio do feto na Justiça brasileira e avalia que diminuir a exigência de prova de culpa para condenação é uma aplicação “errônea” da teoria.
Responsável pela defesa de José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural, no caso do mensalão, Thomaz Bastos sustenta que condenar alguém apenas pela posição que ocupa é incorrer na chamada “responsabilidade penal objetiva”, na qual não é preciso provar a culpa. Essa figura, adverte, não é admitida no direito penal brasileiro. “Se não, você vai na Junta Comercial, tira uma certidão e condena o sujeito pelo cargo que ele exerce”, diz ele.
CEUs substituem astros de TV por artistas locais
Desde o início do ano, os teatros da periferia de São Paulo estão menos badalados. Marca da gestão passada, o programa CEU é Show, que levava celebridades para apresentações grátis nos 45 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da cidade, foi finalizado pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A programação, agora, tem como foco a produção artística local, que passou a dominar a lista de atrações,
Correio Braziliense
Dilma busca médicos para salvar a saúde
Após a onda de protestos das últimas semanas, que tinha como um dos motes principais as reivindicações por melhorias no sistema de saúde pública, a presidente Dilma Rousseff anuncia hoje um conjunto de medidas para a área, batizado Programa mais Médicos. O pacote integra um dos cinco pactos propostos por ela como resposta às manifestações populares. Elaboradas pelos ministérios da Saúde e da Educação, as ações estão em estudo há, pelo menos, seis meses e serão implementadas por medida provisória. Além de um edital de chamamento que tem como objetivo atrair médicos para atuar em áreas carentes, o pacote prevê abertura de mais vagas de graduação em medicina e na residência médica.
Reação ao Big Brother
O governo brasileiro cobrou “esclarecimentos” aos Estados Unidos a respeito da denúncia de que pessoas e empresas no Brasil teriam sido alvo de espionagem pela Agência Nacional de Segurança americana (NSA, na sigla em inglês). Ontem, Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores, afirmou que “o governo brasileiro recebeu com grave preocupação a notícia de que as comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos brasileiros estariam sendo objeto de espionagem por órgãos de inteligência norte-americanos”. O chanceler deu as declarações em Paraty (RJ), onde acontecia a 11ª Festa Literária Internacional (Flip), e relatou que a solicitação do Brasil foi feita por intermédio de sua embaixada em Washington e ao embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Thomas Shannon.
Mercosul em risco
Às vésperas da próxima reunião de cúpula do Mercosul, entidades empresariais têm pressionado publicamente a presidente Dilma Rousseff por uma mudança na estratégia comercial do país. Até mesmo os europeus, tendo a Espanha à frente, engrossaram o coro contra as amarras do bloco. A avaliação dos insatisfeitos é de que o governo continua insensível aos crescentes apelos da iniciativa privada para que o Brasil busque caminhos alternativos no comércio exterior.
A desgastada relação com a Argentina, principal parceiro no bloco e palco de uma crise econômica, o polêmico ingresso da controversa Venezuela e o avanço de acordos bilaterais mundo afora prejudicaram o país, limitaram ainda mais a competitividade e derrubaram o saldo da balança comercial. Se as previsões de mercado se confirmarem, as exportações devem superar as importações em apenas US$ 6 bilhões — o pior resultado desde 2001.
10 desafios em 90 dias
O prazo do 5 de outubro estipulado pela legislação eleitoral e adotado pela presidente Dilma Rousseff para que se emplaque uma reforma política com efeitos sobre as eleições de 2014 também pode ser entendido como um limite para a petista reconstruir o caminho para viabilizar como candidata à reeleição no próximo ano. Na prática, Dilma tem uma sequência de tarefas a cumprir nos próximos 90 dias se quiser recuperar o favoritismo com que contava no início do ano para a disputa pelo Palácio do Planalto.
Malha fina nos Poderes
Depois de passar as últimas duas semanas votando projetos em resposta às manifestações populares que levaram mais de 1 milhão de brasileiros às ruas, os parlamentares terão esta semana uma prova de fogo: podem autorizar ou não a inclusão automática deles próprios, além de autoridades do Executivo e Judiciário, na chamada malha fina da Receita Federal. O texto, que levará a uma análise mais rigorosa dos dados financeiros prestados por esses “escolhidos”, depende da aprovação dos senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que já adiou por três vezes a votação e tem a matéria incluída na pauta de amanhã.
Plano contra Dilma em ação
Diante do declarado fracasso do plebiscito, esta semana o Congresso retoma a iniciativa de retirar da gaveta projetos que tratam das mudanças nas regras políticas propostas por Dilma Rousseff. O objetivo, como mostrou o Correio, é esvaziar a iniciativa da petista, votando uma reforma paralela.
Ao se anteciparem à consulta popular, parlamentares garantem que a reforma será conduzida de forma a não tocar em pontos vitais, aqueles que podem prejudicá-los e ainda tiram o mérito da aprovação de uma proposta das mãos de Dilma. Temas polêmicos como o fim das coligações e voto distrital não devem entrar na lista de prioridade.
Médicos: pacote sai hoje por MP
Após a onda de protestos das últimas semanas, que tinha como um dos motes principais as reivindicações por melhorias no sistema de saúde pública, a presidente Dilma Rousseff anuncia hoje um conjunto de medidas para a área, batizado Programa mais Médicos. O pacote integra um dos cinco pactos propostos por ela como resposta às manifestações populares. Elaboradas pelos ministérios da Saúde e da Educação, as ações estão em estudo há, pelo menos, seis meses e serão implementadas por medida provisória. Além de um edital de chamamento que tem como objetivo atrair médicos para atuar em áreas carentes, o pacote prevê abertura de mais vagas de graduação em medicina e na residência médica.
A voz das letras
Escritores brasileiros opinam sobre protestos que tomaram as ruas e contam como encaram o futuro do país.
Ao encontro de Francisco
Mais de 7 mil jovens do DF vão ao Rio de Janeiro participar da Jornada Mundial da Juventude, que será marcada pelo encontro com o papa. O evento deve reunir 2,5 milhões de pessoas de várias nacionalidades.
Congresso em Foco