JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ

terça-feira, 22 de maio de 2012

Prefeitura de Pádua entrega obras de reforma da Escola Salim Simão


A Prefeitura de Santo Antônio de Pádua entregou no último dia 11 de maio, as obras de reforma e ampliação da Escola Municipalizada Deputado Salim Simão.

Um número expressivo de alunos, pais, professores e cidadãos paduanos foram conferir de perto essa importante realização para a área educacional municipal. Inúmeras autoridades, entre estas, o prefeito José Renato Fonseca Padilha, o vice-prefeito Ralph Kezen Leite, o subsecretário de Educação, Antônio Tomaz, o presidente da Câmara de Vereadores, Adenilson Ferreira, o Cassiano. A diretora do educandário, Marineide Magalhães Macedo e o prefeito de Pirapetinga-MG, José Isaías Masiero prestigiaram a solenidade.
A Escola Municipalizada Deputado Salim Simão foi inaugurada em 1952.
Tornou-se responsabilidade do Poder Público Municipal de Pádua em 2005.
 As obras de ampliação e reforma iniciaram-se em 26 de dezembro de 2010, sendo concluídas em 11 de maio de 2012, uma ação da atual administração.
A Escola Salim Simão é dirigida pela professora Marineide Magalhães. Possui cerca de 350 alunos, da educação infantil ao 9º ano. 54 professores e 16 funcionários de apoio.
Foram realizadas as seguintes obras de reforma: Substituição de todo o telhado da escola; revestimento em forro em todas as salas de aula, corredores, banheiros e dependências administrativas; substituição de piso em todas as dependências da escola, externa e interna; substituição de basculantes; remodelagem em toda área externa; substituição de portas e janelas, com colocação de fechaduras, reforma de banheiros externos e internos, serviços de pintura externo e interno; substituição de toda a rede elétrica; melhoria da secretaria com banheiros e melhorias em geral na cozinha. No segmento obras de ampliação foram construídos banheiros na área interna e externa da escola. No quesito obras de construção estão: Rampa externa e interna, suporte para bicicletas, palco para apresentações e grade no muro lateral da escola. Ainda foram adquiridos pela municipalidade para o melhor andamento da escola, 100 conjuntos discentes, 08 ventiladores, 01 geladeira e 01 fogão.
No descerramento da placa, o prefeito José Renato, o vice-Ralph Kezen Leite, o presidente da Câmara, vereador Cassiano, o subsecretário de Educação, Antônio Tomaz, a diretora da escola, Marineide Magalhães.
Após o descerramento da placa, autoridades paduanas fizeram questão de ressaltar a magnitude da obra e sua importância para a comunidade. Discursaram antes do prefeito José Renato, a diretora Marineide, o ex-prefeito Fernando Lavaquial, o subsecretário Antônio Tomaz, a vereadora Masa, o ex-prefeito Nando Padilha e o vice Ralph Kezen Leite. Todos enalteceram a obra, sua histórica importância na formação de grande parte da geração paduana no passado, presente e futuro, bem como elogiaram o trabalho que José Renato está desenvolvendo no município na área educacional.
Bastante emocionado, José Renato Fonseca Padilha relatou a importância do Salim para a comunidade paduana e os investimentos que estão sendo feitos na área educacional, inclusive, citando os investimentos em cursos técnicos e superiores, a exemplo da implantação do IFF, a ampliação de cursos pela UFF e Fasap.
“Em pouco tempo Pádua será um pólo educacional, oferecendo oportunidades de estudos em diversos níveis aos estudantes paduanos e de cidades vizinhas. Nossa administração quer deixar sua contribuição na área educacional, proporcionando melhorias nos diversos setores. Estamos trabalhando com afinco e responsabilidade. Temos o nosso paduano na 2ª divisão, passagens de ônibus a R$ 1, obras de reformas de diversas escolas, construção de escola creche, o ginásio do Renatão, entre tantos outros investimentos”, enumerou José Renato.
As palavras da diretora do Salim Simão, Marineide Magalhães dimensiona o valor da obra, tanto para alunos e professores.
“A obra superou nossa expectativa. A escola agora está viva. Quem passa na rua vê a escola linda como ela é, antes, o Salim não era notado. Os alunos estão encantados e a comunidade feliz. Certamente a educação feita com amor, será acrescida de conforto e novos aparatos. Estamos todos satisfeitos, pais, alunos, direção, funcionários e professores. Agradecemos o esforço da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Pádua em olhar para nossas necessidades com tanto carinho e empenho”, concluiu.






















Ascom Pádua
Sandro Olivier/Kellen Leal


Emater-Rio implantará Quintais sem Fronteiras no Noroeste




 Exiba quintais_1.jpg na apresentação de slidesExiba quintais_treinamento.JPG na apresentação de slides
A Emater-Rio, empresa de extensão rural vinculada à secretaria estadual de Agricultura, venceu chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em apoio a produtoras rurais agroecológicas. O projeto selecionado foi Exiba quintais_Angela Fontes.JPG na apresentação de slideso “Quintais sem fronteiras”, que beneficiará mulheres, preferencialmente organizadas em grupos produtivos, através de assistência técnica e atividades produtivas individuais e coletivas. Com foco em gênero e segurança alimentar, a iniciativa será implantada no Noroeste Fluminense, região com o menor índice de desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro e integrante do programa Territórios da Cidadania.

Para operacionalizar a implantação do projeto, a Emater-Rio realizou em Itaperuna, entre os dias 2 e 4 de maio, um treinamento dos extensionistas rurais do Noroeste. A capacitação teve o como objetivo ensinar a nova metodologia de trabalho do projeto, bem como promover o nivelamento de conhecimentos entre os técnicos.

O “Quintais sem fronteiras” é uma parceria entre o MDA, a Emater-Rio e o Rio Rural. Com foco na organização produtiva e na promoção da cidadania, o projeto visa dar visibilidade ao trabalho da mulher agricultora na produção de alimentos, a partir dos seus quintais. A meta é fortalecer a ação feminina no espaço produtivo, incentivar a produção de hortaliças, plantas medicinais e criação de pequenos animais com base na agroecologia, e dar autonomia no planejamento da produção e venda dos produtos.

O Rio Rural já trabalha grupos produtivos nas microbacias do Noroeste, incentivando o associativismo e fomentando atividades que possam dar autonomia financeira às comunidades, como o artesanato e o beneficiamento de produtos agrícolas. O "Quintais sem Fronteiras" quer sensibilizar e estimular a organização produtiva das agricultoras, agregando novas atividades aos projetos já desenvolvidos pelo programa. Com a parceria, as ações serão ampliadas e espera-se que novos grupos sejam formados. 

As ações do "Quintais sem Fronteiras" pretendem reconstruir as relações de gênero, oportunizando a participação de mululheres rurais nos espaços sociopolíticos, como feiras e organizações. A estratégia é aumentar o acesso das agricultoras à informação, bens materiais e oportunidades de capacitação, fortalecendo as práticas agroecológicas. Na execução do projeto estão previstos cursos de aperfeiçoamento em agroecologia, segurança alimentar e nutrição, manejo, beneficiamento e comercialização. Os técnicos farão diagnósticos e promoverão o acesso a programas institucionais de apoio, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Pronaf Mulher e Pronaf Infraestrutura.

A Superintendência de Direitos da Mulher (SEDIM) da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos apoiará a execução do projeto. A superintendente Ângela Fontes esclarece que a articulação é parte do Plano Estadual de Políticas da Mulher. Segundo ela, as mulheres realizam inúmeras tarefas invisíveis ao longo do dia, que precisam ser valorizadas. “Elas fazem parte de um todo maior que é a família, mas precisam entender seu papel individual. Queremos que reconheçam o valor do seu trabalho e das coisas que produz”, afirma Ângela. O apoio da SEDIM facilitará o debate sobre as questões de gênero, importantes para a autoestima feminina.

Legendas das fotos:

Projeto da Emater-Rio visa dar autonomia produtiva e melhorar a auto-estima das mulheres rurais.

Emater-Rio realizou treinamento para os extensionistas sociais do Noroeste atuarem no projeto Quintais sem Fronteiras

Ângela Fontes, Superintendente de Direitos da Mulher em palestra para os extensionistas da Emater-Rio.

CUIDADORES DE IDOSOS RECLAMAM DE NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE CURSO‏


O projeto de lei 979/11, que cria normas para a atividade de cuidador de idoso e foi aprovado em primeira discussão na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), poderá sofrer alterações antes de ser encaminhado para a segunda discussão. Quem garante é a própria autora do texto, a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), que, nesta segunda-feira (21/05), ouviu de representantes de associações de gerontologia e de cuidadores queixas quanto à necessidade desse profissional ter realizado cursos para exercer a atividade. “Abrir esse projeto para a discussão com a sociedade civil significa poder apresentar um texto que atenda melhor as necessidades da categoria”, ressaltou a parlamentar, durante audiência conjunta das comissões de Saúde e de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Casa.
Segundo Rejane, todas as propostas recebidas durante a reunião demonstraram a necessidade de aprimoramento do projeto. “De acordo com o texto, esse profissional precisa passar por um curso para estar capacitado. Estou recebendo propostas de modificações e todas serão analisadas”, disse a parlamentar. Presidente da Comissão do Idoso, a deputada Claise Maria Zito (PSD) relatou que foi procurada por representantes da Associação Nacional de Gerontologia do Rio (ANGRJ), que estavam preocupados com a determinação que exige, ao menos, formação em curso de Auxiliar de Enfermagem. “Pessoas que já trabalham com idosos ficaram com medo de perder os seus empregos. Procurei a deputada, autora do projeto, que foi muito solícita e, com isso, vamos apresentar emendas ao texto”, assegurou Claise.
O presidente da ANGRJ, Serafim Fortes Paz, disse que, ao tomar conhecimento que o projeto havia sido aprovado em primeira discussão, ficou preocupado com o futuro dos cuidadores e dos idosos. “Sabemos que a maioria dos cuidadores não tem sequer o ensino fundamental completo, e, para atender a lei, precisaria ter, no mínimo, o ensino médio e fazer o curso. Sabemos também que muitas famílias sequer têm condições de ter um cuidador, imagina ter um auxiliar de enfermagem. Isso representaria um impacto financeiro grande. Esta foi a questão que nos trouxe para a discussão e foi aí que procurei a Comissão do Idoso para ver como poderíamos contribuir na melhoria desse projeto”, apontou Paz.
Por outro lado, Clemente Augusto Alves, cuidador de idosos há oito anos, defendeu a necessidade de cursos de qualificação. “Comecei a cuidar da minha esposa quando ela foi diagnosticada com Alzheimer. Não tinha feito curso, mas sabia que o amor da família era fundamental. Há dois anos, resolvi fazer o curso na Associação Brasileira de Alzheimer e passei a ter um maior entendimento da doença. Por isso, defendo que o conhecimento tem que vir através de uma qualificação”, registrou. Estiveram presentes na audiência representantes da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio (SBGG-RJ), da Associação Brasileira de Enfermagem do Rio de Janeiro (Aben–RJ) e da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio (Uerj).
Participaram ainda membros do Conselho Regional de Psicologia (CRP-RJ), do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Comissão da Pessoa Portadora da Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ).
(texto de Vanessa Schumacker)


Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj

Rio lança Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo; denúncias poderão ser feitas pelo telefone


Rio de Janeiro -  A partir de hoje (22) o Disque Denúncia do Rio de Janeiro passará a receber informações sobre locais que abriguem trabalhadores em situação análoga à escravidão em todo o estado. As denúncias podem ser feitas pelo telefone             (21) 2253-1177       que funciona 24 horas. A medida faz parte do Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo que será lançado nesta manhã.
A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da secretaria, Graziella Rocha, explicou que cerca de 60 operadores do Disque Denúncia receberam qualificação para identificar nas denúncias indícios de situação análoga à escravidão.
“Ensinamos aos operadores uma série de conceitos e de perguntas que devem ser feitas no ato da denúncia, como, por exemplo, se tem cerceamento de liberdade, vigilância armada, se essa pessoa recebe salário, se tem o direito de voltar para casa, enfim, meios para identificar se realmente esse caso é de trabalho escravo ou não.”
Segundo a coordenadora, os casos mais comuns no Rio de Janeiro ocorrem na extração de pedras para a construção civil, em Santo Antonio de Pádua, e no cultivo de cana, em Campos de Goytacazes, ambos municípios localizados no Norte do Rio.
O plano foi elaborado ao longo do ano passado pela Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-RJ) com representantes de 19 entidades civis. É composto de 41 ações a serem implementadas em até dois anos.  
Além da criação de redes de enfrentamento e políticas públicas, o plano prevê um mapeamento das práticas de trabalho escravo e uma campanha para conscientizar a população. “Ainda não há previsão de aporte de recursos do estado para a campanha, mas esse é um dos maiores anseios da sociedade civil para que sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre esse tema.”
Após registrada a denúncia, o caso será informado ao Ministérios do Trabalho que enviará auditores regionais para fiscalizar a situação e identificar se há trabalho escravo no local denunciado.
O lançamento do novo serviço ocorre no mesmo dia em que está prevista a votação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Emenda Constitucional 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo (PEC 438/2001). Ruralistas e entidades empresariais são contra a proposta.
Graziella informou que a Coetrae vai divulgar para a imprensa e na internet uma lista dos deputados que votarem contra, a favor e que não comparecerem à votação. “Esse lançamento é justamente para dar força ao movimento social em prol da PEC para que ela seja aprovada sem nenhum acordo, sem que o conceito de trabalho escravo seja posto em discussão, pois esse é um conceito que está mais do que consolidado. Isso tudo é artimanha da bancada ruralista para tentar atrasar essa votação, mas ela é suma importância para a repressão.”
Dados do Ministério do Trabalho apontam que, em 2011, foram libertados 53 trabalhadores em situação análoga à escravidão no Rio. Já no primeiro trimestre de 2012 o município de Vassouras, no Sul do estado, se destacou pela exploração de mão de obra escrava na produção de tomate, ainda sem números consolidados. Em 2009, o estado fluminense liderou os índices de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Dados apontam que 715 trabalhadores foram resgatados pelo Ministério Público do Trabalho no estado, de um total de 4.283 em todo o Brasil.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Passeata em Aperibé em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial‏


Exiba foto11.jpg na apresentação de slidesExiba foto12.jpg na apresentação de slides
Na sexta-feira, 18 de maio, foi realizada uma passeata em Aperibé em 
comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Participaram do 
evento pessoas atendidas pelo Caps (Centro de Referência em Saúde 
Mental), criança e adolescente participante do Projeto Espaço Cidadão 
Herdeiros do Futuro que abarca o PETI (Programa de Erradicação ao 
Trabalho Infantil) e o Projeto Juventude Sadia e autoridades locais.
Exiba foto13.jpg na apresentação de slides

Circuito de Xadrez em Miracema




Ocorrência Policial



DIA 18 DE MAIO DE 2012

APREENSÃO DE ARMA DE FOGO – MIRACEMA

Policiais Militares por volta das 06h11min em cumprimento ao mandado de busca e apreensão juntamente com guarnição da 2ª seção, efetuaram buscas pela Vila José de Carvalho em Miracema, onde foi encontrado uma pistola TAURUS calibre e numeração raspados com 13 munições intactas. Fato apresentado a 155ª DP, onde o acusado foi autuado por porte ilegal de arma. Acusado permaneceu na DP para posterior ser encaminhado a Casa de Custódia em Itaperuna.

AJUDE A POLÍCIA COMBATER AS AÇÕES DOS CRIMINOSOS!
A SUA INFORMAÇÃO FAZ A DIFERENÇA!
VOCÊ SABE? VOCÊ VIU? VOCÊ OUVIU? DENUNCIE!
(22) 3853-3515 (Pádua) e (21) 2253-1177 (Rio de Janeiro)
ANONIMATO GARANTIDO!
 “A Polícia Militar  informa que é muito importante a participação dos cidadãos na segurança Pública. Tem que haver a integração da Comunidade e Polícia”.
Telefone “ 190” ou Disk Denuncia: 22- 3853-3515 (24 horas). Sua identificação será preservada.

LEI GARANTE DIVULGAÇÃO DO DIREITO À MEIA ENTRADA PARA IDOSOS


Agora é lei: centros culturais e esportivos são obrigados a divulgar o desconto de 50% para idosos, garantido pela legislação. É o que garante a lei 6.241/12, publicada no Diário Oficial do Executivo desta segunda-feira (21/05). A nova regra, de autoria do deputado Bernardo Rossi (PMDB), obriga a divulgação da meia entrada, definida no Estatuto do Idoso (Lei Federal 10.741/03), através da afixação de cartazes com o teor do artigo 23 da lei: “A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais. Estatuto do Idoso - Lei Federal 10.741/03”.


Para o parlamentar, os anúncios garantirão o cumprimento da lei, ao informar, aos maiores de 60 anos, os seus direitos. “O objetivo é dar efetividade à norma estabelecida”, diz Bernardo Rossi, afirmando que há muitas reclamações sobre o descumprimento da legislação federal. “O anúncio, além de informar, será uma garantia no momento dos idosos exigirem seus direitos”, ressalta. 

-- 
---------------------------------------------------------------------------------
 
Comunicação Social da Alerj

Casa da Cultura e Museu de Aperibé promoveu o projeto ‘Luz e Sombra’‏


Na semana dos dias 14 a 18 de maio a Casa da Cultura e Museu de Aperibé promoveu uma visita diferente para pessoas de Aperibé e municípios vizinhos na apresentação do local no projeto ‘Luz e Sombra’. Com as luzes apagadas o público teve a oportunidade de deparar com o local de outra forma e poder prestar a atenção mais aos detalhes.  Este ano em comemoração a Décima Semana Nacional dos Museus o tema para discussão e apresentações de novas propostas para a interação comunidade/museu foi “Museus em um mundo em transformação.” Desta forma, novos desafios, novas inspirações coloca as instituições para assumirem o papel ainda mais estratégico e desafiador.
O agendamento para esta atividade ocorreu uma semana antes, abrindo-se para municípios vizinhos. Devidamente agendados, grupos de até quinze pessoas eram guiados pelo museu por personagem da própria história. Trata-se de pessoas simples, sem nenhum curso de teatro, mas que desempenharam os papéis de forma brilhante.
Os grupos entravam por uma sala principal, onde acontece uma exposição de esculturas. Em meio a elas, estátuas vivas ganhavam movimento à medida que diferentes sons eram executados, à média luz, animados por raios de luz néon e névoa artificial. Este espaço comunicou ao público a época, contemporânea pelas cores e sons, mas não deixou de remeter ao passado a partir dos personagens em ação. Uma gravação explicava todo o processo executado.
Um pouco mais adiante, em total silêncio, um corredor arrumado em arte sacra do município levava o público a uma comunicação com os primeiros colonizadores, que trouxeram, além de muitas ferramentas para trabalhar e progredir, a sua fé através do catolicismo, representados pelos oratórios de família com os santos de devoção, algumas imagens do século XVIII, XIX e XX. Tendo como fundos musicais toques de sinos e cantos gregorianos, uma oração dos primeiros colonizadores explicava aos visitantes os medos, as angústias e as saudades da terra natal, num ambiente de névoa artificial.
Outro ambiente, representado por uma barbearia, levava os visitantes a uma dimensão entre os espaços sociais de ontem e o de hoje. As barbearias foram, no passado, lugares de encontros sociais. Não era à toa que muitos homens frequentavam estes ambientes quase que diariamente. As barbearias, assim como as confeitarias nos grandes centros, bares e padarias eram locais de comprar, vender, falar de política, economia, religião e da vida alheia. Ao fundo era executada canções que levavam às épocas da boemia, com Noel Rosa, Nelson Gonçalves entre outros. Os visitantes eram levados a um diálogo com o guia da visitação, devidamente vestido à moda do tema.
Depois deste encontro com a boemia, os visitantes eram convidados a voltarem um pouco no tempo - o período da escravidão. Numa sala escura tendo somente luz sobre uma escritura de compra e venda de uma escrava de nome Mariana, de 29 anos, negócio feito no cartório de Cabo Frio para trabalhar na Fazenda Santo Antônio, de propriedade de Francisco Felipe Boechat, datada do ano de 1876. Enquanto uma gravação narra o que diz a escritura, principalmente sobre as características da cativa, um personagem simbolizando a “senhora de fazenda e de escravos”, toca uma sineta e entram duas escravas, devidamente vestidas e servem um cafezinho adoçado com rapadura e biscoitinhos de banana d’água, receita de São Tomé e Príncipe na África. Ainda neste espaço, ao término da apresentação da escritura, um barulho de trabalho no pilão chama a atenção dos visitantes, que são atraídos para a cozinha iluminada à luz de candeeiros e lamparinas a querosene, onde um personagem faz o papel de um escravo doméstico, pilando café.
No quarto, uma viúva vestida de preto e com véu na cabeça recebe a carta de um sobrinho criado por ela, mas que saiu de Aperibé para trabalhar em Campos. Lá ele é recrutado para a Primeira Guerra Mundial e na carta descreve para a tia toda angústia e sentimento que nutre naquele momento, ora de raiva dos alemães que os culpa pela guerra, ora de tristeza pela incerteza se um dia irá voltar. O ambiente é composto ainda por um lampião a querosene aceso à media luz, dois personagens estátuas vivas trajando roupas daqueles tempos e a carta original sobre uma mesinha, enquanto a tia chora.
Na sala de visitas da casa, um casal de idosos é servido pela escrava, sendo este, importante acervo doado pelo artista plástico itaocarense Henrique Resende que compõe o espaço permanente do museu. O casal recebe apenas iluminação apenas no rosto. O espaço têm muitos relógios de pêndulo, todos do século XIX, a narração fala sobre a passagem do tempo, função dos  relógios e que em cada um é marcada pelas rugas no rosto.
Para fechar o passeio, na última sala, é narrada a história do grupo da morte ou coluna da salvação, como eram conhecidos nos finais do século XIX e que durou até a década de 1940. A narração tem como fundo, músicas que incitam ao suspense. Não menos importante, a pouca luz incide sobre a coleção de sucatas de armas daquele grupo, acendendo e apagando, aumentando ainda mais a curiosidade.
Segundo Diretor do Departamento de Cultura de Aperibé e Presidente da Casa da Cultura e Museu de Aperibé, Marcelo da Cunha Hungria, neste espaço ocorreu uma breve recapitulação sobre o projeto. “Os visitantes são levados a entender que, nem sempre olhamos para o acervo de um museu e o vemos. Olhar simplesmente não é “ver”, de fato. A história é feita também de acontecimentos ruins, mas precisam ser contados para serem entendidos e que não mais se repitam. Também ocorre a discussão sobre a ideia pejorativa que alguns ainda têm sobre o interior, quando é considerado pacato. Nossa gente do passado viveu importantes acontecimentos, eletrizantes ao ponto de podermos riscar a fama de lugarzinho no meio do nada e pacato,” destacou.
Na quinta-feira da semana de museus, dia 17 de maio, também foi feita uma apresentação especial para os convidados que participaram de uma mesa redonda para discussão sobre o tema proposto pelo IBRAM. Pessoas ligadas à cultura, educação e política local foram convidadas para participarem deste bate-papo regado de um café à moda antiga. O grupo opinou sobre  a proposta e sugeriu que a ideia não se acabe. Apresentação como esta seja organizada por temporadas com diferentes temas de abordagens e, além disso, que se faça um livreto contando a experiência de grande criatividade e crescimento para a instituição.
Ainda de acordo com Marcelo a ousadia de se fazer um espetáculo inserindo o visitante na própria história. “Certamente isso o ajuda a compreender que a história é algo permanente, não acaba em si e que todos nós fazemos parte dela,” concluiu.