Pouco antes do feriado de carnaval as nuvens sobre a cabeça do prefeito Alfredão estavam carregadas. Não que o momento para ele fosse naturalmente ruim, na verdade não era. O prefeito estava terminando a semana com uma bem sucedida cerimônia de transmissão de controle do Aeroporto de Itaperuna para as mãos da Infraero. Evento para o qual seu filho, o Deputado Federal Murillo Gouvêa, havia inclusive conseguido trazer dois Ministros da República.
Enquanto a cerimônia ocorria, entretanto, nos bastidores só se falava de uma reunião que teria acontecido um dia antes entre Murillo Gouvêa e o Deputado Estadual Jair Bittencourt. No encontro Jair teria informado a Murillo sua intenção de retirar seu apoio ao governo de Alfredão reconhecendo a difícil situação eleitoral do prefeito. Bittencourt também teria marcado data para a oficialização do seu desembarque, dia 19 de fevereiro, próxima segunda-feira. Não se sabe se a conversa aconteceu ou não e nem se o conteúdo foi mesmo esse, mas todos na base do governo passaram a agir como se tivesse acontecido.
A mera possibilidade do rompimento entre Jair e Murillo causou um frisson. Primeiro em virtude dos laços existentes entre diversos personagens importantes daquele contexto – Alexandre da Auto Escola (Secretário de Obras), Sinei Torresmo (vereador), Ênio Borges (Secretário de Transportes), Marcelo Poeys (Secretário de Saúde) – são só alguns dos que seriam atingidos por um possível rompimento. Segundo pela particular dependência do Vice-Prefeito Nel de um rompimento entre os deputados para ver sua possível candidatura ter chances de deslanchar.
Faltam apenas alguns dias para o fim do tal prazo e tudo pode acontecer, inclusive nada. Caso a fofoca se mostre verdadeira um vendaval vai tomar conta da política itaperunense e provavelmente selará o destino do prefeito. Caso seja falsa ou não se concretize, estará selado o destino do Vice-Prefeito e de todos que também apostaram no rompimento.
Com intormação:
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