A Polícia Civil realizou na manhã de quarta-feira (27) a Operação Castelo de Areia que resultou na prisão de 12 pessoas, entre elas, um policial militar lotado no 47º Batalhão em Muriaé, um ex-policial penal e um empresário e funcionário do BB que chegou a fugir, mas se entregou na tarde do mesmo dia. As prisões foram realizadas em Muriaé e Rio das Ostras-RJ. Durante a ação, foram apreendidas armas de fogo, drogas, balança de precisão, carros de luxo e R$ 79 mil em espécie. A investigação envolve, ainda, duas outras pessoas que já se encontram presas no presídio de Muriaé.
Uma chácara, avaliada em e R$1 milhão, foi sequestrada. Nela, foram encontrados vários itens apreendidos, inclusive carros de luxo, sendo um deles blindado e no valor de R$ 340 mil.
Ainda no mesmo dia, a polícia concedeu entrevista coletiva detalhando o caso. O delegado responsável pela investigação, Glaydson de Souza, informou que a PC descobriu uma organização criminosa, que atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com vertentes dentro da segurança pública e no sistema bancário. As conexões facilitavam as ações criminosas e ajudavam a financiar e apoiar o esquema.
Durante a coletiva, o subcomandante do Batalhão de Muriaé, Major Sandro, informou que a PM não compactua com desvio de condutas de seus militares e parabenizou a atuação da Polícia Civil no combate ao crime organizado. Em pronunciamento, a PM de Muriaé informou que o policial foi levado para 2º Batalhão em Juiz de Fora, onde ficará preso. Um processo de investigação foi aberto para apurar o caso. “Nós fomos os primeiros a informar do envolvimento do policial militar o que ajudou na efetiva prisão. Acompanhamos as buscas e estamos dando todo o apoio nas investigações” ressaltou o Major Sandro.
Em nota, publicada no portal G1 Minas Gerais, o Banco do Brasil informou que “colabora com as autoridades na investigação de fraudes com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação e que segue os trâmites previstos em seu processo de gestão disciplinar para casos de envolvimento de pessoa do seu quadro funcional”.
O nome da operação “Castelo de Areia” faz alusão ao volume do patrimônio dos investigados, construído de forma ilícita, através do tráfico de drogas. É também o nome dado a uma operação da Polícia Federal, em 2009, que investigou supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro, tendo como centro as operações do Grupo Camargo Corrêa.
A operação contou com o apoio do Ministério Público, envolveu 36 policiais civis e uma aeronave da Coordenação Aerotática da Polícia Civil de Minas Gerais.
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