Dos 70 parques municipais reabertos na capital paulista há 11 dias, as marcas foram feitas nos gramados do Ibirapuera, do Povo e do Burle Marx, na zona sul, do Carmo, na zona leste. A proposta é criar “bolhas” de convivência para indivíduos e pequenos grupos e, assim, evitar aglomerações e contatos com pessoas de outros círculos sociais.
A iniciativa é inspirada em exemplos internacionais, de parques em Nova York, Lisboa, Düsseldorf, Milão e outros. Em Bristol, na Inglaterra, ela até foi adaptada para virar um conjunto de grandes corações. O modelo mais tradicional também é replicado no Brasil, em cidades como Porto Alegre, Vitória, Santo André e São José dos Campos.
Médico da Clínica de Epidemiologia do Hospital Universitário da USP, Marcio Sommer Bittencourt aprova a ideia dar marcações por ser “educativa”. “Faz sentido desenhar os limites, assim como em uma fila de mercado”, aponta.
“O que preocupa é as pessoas entenderem o que pode fazer no parque, como se portar”, acrescenta. Por isso, ele destaca a necessidade de ações educativas para os frequentadores permanecerem afastados, longe de aglomerações, em locais abertos, com o uso da máscara e a higiene correta das mãos.
Bittencourt também destaca que o convívio coletivo nesses casos é indicado para pessoas da mesma “bolha social”, isto é, que já têm contato próximo, como familiares e cônjuges, por exemplo. “Não dá para juntar 10 pessoas de bolhas diferentes só porque elas não têm sintomas.”
Os parques estão funcionamento em horário restrito, das 10 às 16 horas, e exclusivamente em dias úteis. Com exceção do Ibirapuera e do Carmo, que abrem mais cedo, às 6 horas.
As unidades municipais receberam 246.551 visitantes na reabertura da reabertura até quarta-feira, 22. Estão vetadas aglomerações, eventos coletivos e uso de parquinhos infantis e bebedouros. O uso de máscara é obrigatório.
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