Preço da gasolina está mais alto do que antes da greve dos caminhoneiros só em em Santo Antonio de Pádua o custo com a gasolina caiu após a greve
O preço da gasolina disparou durante a greve dos caminhoneiros, mas o fim da paralisação não trouxe alívio para o bolso do consumidor. O preço médio do combustível ficou estável no país na última semana. É o que revela um levantamento com base em preços coletados em mais de 5 mil postos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). De 3 a 9 de junho, a redução nas bombas foi de apenas 0,2%, de R$ 4,614 para R$ 4,603 por litro, frente à semana anterior, de 27 de maio a 2 de junho. Vale registrar, no entanto, que o número de postos pesquisados pela ANP diminuiu durante a greve.
Se comparada à última medição feita antes do início das paralisações dos caminhoneiros — na semana de 13 a 19 de maio —, o preço médio da gasolina no país subiu 7%. No mesmo período, no entanto, a gasolina vendida pelas refinarias às distribuidoras caiu, em média, 1,5%, de acordo com os valores disponibilizados pela Petrobras.
A maior alta entre as semanas anterior e posterior à greve foi registrada em Goiás e no Distrito Federal, de 11%. Roraima foi o único estado em que houve redução, de apenas 1%.
Principal reivindicação dos grevistas, o preço médio do diesel no país, por sua vez, teve queda, de acordo com o levantamento da ANP. A redução foi de R$ 0,34 em relação à semana passada e de R$ 0,10 à anterior à greve. Em acordo com os caminhoneiros, o governo federal determinou na semana passada que o desconto de R$ 0,46 no preço do diesel nas refinarias seja repassado imediatamente aos consumidores.
No estado do Rio, a gasolina comum subiu 0,3% em comparação à semana imediatamente anterior, e registrou alta de 5% em relação ao período que antecedeu a greve dos caminhoneiros. Das 32 cidades pesquisadas, os maiores preços médios foram encontrados nos postos de Cabo Frio, Angra dos Reis e Saquarema. Em todas, a média ultrapassou os R$ 5,10. Apenas em Santo Antonio de Pádua o custo com a gasolina caiu após a greve, de R$ 4,90 para R$ 4,87. Junto com Itaboraí, Três Rios e Nilópolis, a cidade tem os preços mais baixos.
Embora a capital não figure entre as cidades fluminenses com maior média do preço da gasolina, no Rio foi registrado o maior preço encontrado pela agência em postos de gasolina de todo o país. O valor máximo chegou a R$ 5,599 na semana passada.
Ao EXTRA, a ANP e a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) informaram que não comentam a variação de preços. A ANP afirmou ainda que acompanha semanalmente o comportamento dos preços praticados pelas distribuidoras e postos revendedores de combustíveis. Segundo a agência, os principais objetivos dessa pesquisa semanal são "contribuir para que os consumidores busquem as melhores opções de compra, e permitir a identificação de mercados com indícios de infração à ordem econômica".
Fonte; Jornal Extra
Fotos: Arquivo
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