JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL FUNCIONA EM SUA CIDADE?

terça-feira, 22 de agosto de 2017

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL FUNCIONA EM SUA CIDADE?


A Atenção ao tratamento de  álcool e outras drogas se faz necessário em Pádua- RJ  com urgência!


Foto enviada pela família 
                           


Com a proclamação da Constituição, em 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS) e são estabelecidas as condições institucionais para a implantação de novas políticas de saúde, entre as quais a de saúde mental.

Consoante com diversas experiências de reforma da assistência psiquiátrica no mundo ocidental, e as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) contidas na Carta de Caracas (1990), o Ministério da Saúde, a partir da década passada, define uma nova política de saúde mental que redireciona paulatinamente os recursos da assistência psiquiátrica para um modelo substitutivo de base comunitária. 
Incentiva-se a criação de serviços em saúde mental de atenção comunitária, pública, de base territorial, ao mesmo tempo em que se determina a implantação de critérios mínimos de adequação e humanização hospitalar especializado.

Mas tem funcionado realmente para todos ou só para uma minoria?





Temos recebido muitas reclamações  e pedido de socorro de familiares até mesmo vizinhos para jovens com crise por conta do vicio das drogas e álcool,dependentes químicos sem a ajuda necessária para uma internação, familiares já não sabem o que fazer os jovens ,onde buscar ajuda. 
 Jovens paduanos estão se viciando rápido demais nas drogas e álcool, muitas das vezes com o aval da família, na sociedade as festas, encontros  são regados com muitas bebidas alcoólicas , a porta de entrada para esses jovens a um mundo mais relaxante e liberal. Infelizmente junto com o álcool vêm as drogas e a situação está alarmante e crescente.
As famílias quanto perdem o controle não sabem como lidar com a situação, lógicos não são profissionais é necessária  atenção maior para esse problema que cresce a cada dia é uma bomba preste a explodir já que o tratamento não é eficaz, duradouro, pois é necessário um empenho familiar e profissional da aérea de saúde mental.
Muito dos jovens não tem acesso a internação só se for judicialmente, existe a fragilidade de uma internação facilitadora sem ter que recorrer a justiça.
Uma família  do bairro Cidade Nova em Pádua_ RJ procurou o jornal, pois não agüentam mais o filho drogado em casa, batendo em familiares e quebrando tudo, orientei que se procure o Caps ou a justiça,a resposta foi que fizeram tudo isso e não teve o retorno esperado,era como se não tivessem procurado ninguém. Estão desesperados e abandonados. Bom o que dizer? Insista.



  “Márcia, ajuda a gente pelo amor de Deus, meu pai teve que abandonar a casa ele agride meu pai todo dia e põe pra fora de madrugada, a  minha família que internar ,a  cada dia ele fica mais agressivo e  pior. Será que vão esperar ele matar meu pai ou tacar fogo na casa como ocorreu mês passado com outro jovem aqui do bairro também?  Precisamos de ajuda. “



Bom o que posso fazer? Espero que essa matéria chame atenção da saúde mental em Pádua, que eles tenham um olhar mais atento a essas situações que vem crescendo ao longo do tempo.



O jovem que pede socorro como outros precisam de mais atenção, pois a quantidade de jovens envolvidos com o uso de drogas e álcool aumentou assustadoramente no Município de Santo Antonio de Pádua e isso  aumenta a violência ao município, pois acabam roubando por conta do vicio. O final da historia pode ser cadeia ou a morte, mas quem sabe com um tratamento mental esses jovens podem ter uma chance de mudar, só basta que uma mão se estenda para que a internação aconteça sem tantas burocracias e dificuldades. Hoje são esses jovens sem recursos financeiros amanha pode ser os seus filhos, netos, sobrinhos, pois mesmo com recursos essas drogas acabam com qualquer estrutura familiar.

 O que adianta ter rios de dinheiro dentro de uma família totalmente destruída pelas drogas. 

Então melhor prevenir, cuidar e participar mais da vida dos nossos jovens eles são a geração do futuro.  Prevenção sim.

Já pensou uma geração totalmente alienada, drogada e alcoolizada?

“Infelizmente muitos enriquecem com doença, traficantes,médicos inescrupulosos muitos deles viciados também,uma saúde mercenária que só pensa em tirar proveitos de verbas que chegam para ajudar e não são usadas como deveria,investida realmente em prol dos pacientes mentais.Verbas que enriquecem absurdamente e deixam pacientes mentais abandonados..........”


EM PÁDUA O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ILHA DA CONVIVÊNCIA

  È um serviço aberto e comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e persistentes, como as neuroses graves e psicoses, além de funcionar como organizador da rede de atenção psicossocial.
É a porta de entrada para os mais diversos e variados casos de agravos e sofrimentos psíquicos, inclusive os referentes ao uso abusivo de álcool e outras drogas.


Um dos princípios básicos determinados por lei é que nossa unidade se responsabilize por essas demandas específicas no campo da saúde mental, garantindo a presença de profissionais responsáveis durante todo o período de funcionamento, um plantão técnico, que crie uma ambiência terapêutica acolhedora, ao mesmo que inclua pacientes muito desestruturados que não consigam acompanhar as atividades estruturadas da unidade.
 A atenção também inclui ações dirigidas aos familiares, onde trabalhamos com a idéia de gerenciamento de casos, buscando personalizar o projeto terapêutico de cada paciente que deve ser singular, respeitando-se as diferenças pessoais.
Através de contribuições técnicas multidisciplinares  é articulado recursos de natureza clínica, incluindo consultas em diversas áreas, medicamentos, arranjos de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros. A ênfase se dá numa possível e adequada reabilitação biopsicossocial, tríade importante.

Em nosso Município o DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL
Possui três unidades de Atendimentos a população:

• O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ILHA DA CONVIVÊNCIA;
• AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL;
• SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO




                            MAS O CAPS FUNCIONAM REALMENTE?

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o surgimento destes serviços que passa a demonstrar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. 
É função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica. 
É função, portanto, e por excelência, dos CAPS organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios. Os CAPS são os articuladores estratégicos desta rede e da política de saúde mental num determinado território.
Cabe aos CAPS o acolhimento e a atenção às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território.


O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou simplesmente “moradia” – são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas moradoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não. O número de usuários pode variar desde 1 indivíduo até um pequeno grupo de 8 pessoas, que deverão contar sempre com suporte profissional sensível às demandas e necessidades de cada um.
Considera-se que a atenção básica/saúde da família é a porta de entrada preferencial de todo o Sistema de Saúde, inclusive no que diz respeito às necessidades de saúde mental dos usuários. Busca-se resgatar a singularidade de cada usuário, investindo no seu comprometimento com o tratamento, apostando em seu protagonismo, tentando romper com a lógica de que a doença é sua identidade e de que a medicação é a ‘única’ responsável pelas melhoras; investir nas suas potencialidades; auxiliar na formação de laços sociais e apostar na força do território como alternativa para a reabilitação social.
Uma forma de implementar o apoio matricial é através dos NASF (Núcleo de Apoio à saúde da Família). Desde janeiro de 2008 há regulamentação para a formação destas equipes, com recomendação explícita de que cada NASF conte com pelo menos um profissional de saúde mental.


          A atenção a álcool e outras drogas funcionam em seu município?

A política de atenção a álcool e outras drogas prevê a constituição de uma rede que articule os CAPS e os leitos para internação em hospitais gerais (para desintoxicação e outros tratamentos). Estes serviços devem trabalhar com a lógica da redução de danos como eixo central ao atendimento aos usuários/dependentes de álcool e outras drogas. Ou seja, o tratamento deve estar pautado na realidade de cada caso, o que não quer dizer abstinência para todos os casos (para a implantação de CAPSad, ver item 4)
A implantação de um Serviço Hospitalar de Referência para Álcool e outras Drogas (SHRad) em Hospital Geral é importante em municípios com mais de 200.000 habitantes que já ofereçam atendimento especializado, como o CAPSad (projetos de municípios com menor população podem ser analisados, de acordo com a situação local). Municípios entre 20 a 70.000 habitantes – CAPS I e rede básica com ações de saúde mental.
Os principais objetivos dos SHRad são o atendimento de casos de urgência/emergência relacionados a álcool e outras drogas (Síndrome de Abstinência Alcoólica, overdose, etc) e a redução de internações de alcoolistas e dependentes de outras drogas em hospitais psiquiátricos. Para tanto, os SHRad realizam procedimentos melhor remunerados pelo SUS e podem contar com, no máximo, 16 leitos.

                                        REFORMA PSIQUIÁTRICA
É a ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, garantindo o acesso da população aos serviços e o respeito a seus direitos e liberdade;
É amparada pela lei 10.216/2001, conquista de uma luta social que durou 12 anos;

Entendimento das questões de álcool e outras drogas como problema de saúde pública e como prioridade no atual governo;
Ratificação das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10.216/01 e III Conferência Nacional de Saúde Mental.

                                                 
                                                 Os Desafios

Fortalecer políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais de alta prevalência e baixa cobertura assistencial;
Consolidar e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial, promotora da reintegração social e da cidadania;
Implementar uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem com a crise social, a violência e desemprego;
Aumentar recursos do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental.

                              Leitos de Atenção Integral

São considerados Leitos de Atenção Integral em Saúde Mental todos os recursos de hospitalidade e acolhimento noturno da rede de atenção à saúde mental (leitos dos Hospitais Gerais, dos CAPS III, das emergências gerais, dos Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e Drogas), quando articulados em rede – podendo estar associados aos leitos de hospitais psiquiátricos de pequeno porte, quando eles existirem.
Estes leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente em crise, devendo estar articulados e em diálogo com outros dispositivos de referência para o paciente. 


Estima-se que de 10% a 20% da população de crianças e adolescentes sofram de transtornos mentais. Desse total, de 3% a 4% necessitam de tratamento intensivo. Entre os males mais freqüentes estão a deficiência mental, o autismo, a psicose infantil, os transtornos de ansiedade. Observamos, também, aumento da ocorrência do uso de substâncias psicoativas e do suicídio entre adolescentes.
 Rede de atenção psicossocial de acordo com o porte dos municípios:
Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil (CAPSi).
Municípios entre 20 a 70.000 habitantes – CAPS I e rede básica com ações de saúde mental.



REPUBLICADA EM 04 DE MARÇO DE 2008. Nesta portaria, há a recomendação explícita de que cada NASF conte com pelo menos um profissional de saúde mental, para realizar as ações de matriamento que visam potencializar as ESF. 

Abaixo, segue a recomendação:

Art. 4º – IV

§ 2º Tendo em vista a magnitude epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se que cada Núcleo de Apoio a Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um) profissional da área de saúde mental.
Existem 2 modalidades de NASF:
O NASF I deve realizar as suas atividades vinculadas a no mínimo 8 Equipes de Saúde da Família,
e no máximo a 20 Equipes de Saúde da Família.
• Exceção: municípios com menos de 100.000 habitantes da região NORTE, cada NASF poderá realizar suas atividades vinculado a, no mínimo 5 ESF e a, no máximo 20 ESFObs: os municípios com menos equipes poderão se unir para implantar um NASF.
• Financiamento: R$ 20.000,00 / mês
• Deverá ser composto por, no mínimo cinco profissionais de nível superior, de ocupações não-coincidentes.
O NASF II deve realizar suas atividades vinculado a, no mínimo 3 (três) equipes de Saúde da Família.
• O número máximo de NASF 2 aos quais o Município pode fazer jus para recebimento de recursos financeiros específicos será de 1 (um) NASF 2.
• Somente os Municípios que tenham densidade populacional abaixo de 10 habitantes por quilômetro quadrado, de acordo com dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, ano base 2007, poderão implantar o NASF 2.
• financiamento: R$ 6.000,00 / mês
• Nasf II deverá ser composto por, no mínimo três profissionais de nível superior, de ocupações não-coincidentes.
Outra possibilidade é a realização do apoio matricial por meios dos CAPS ou ambulatórios de saúde mental. As principais ações do apoio matricial são:
1) Responsabilidade compartilhada
2) Construção de uma agenda integrada:
a) Atendimento conjunto
b) Discussão de casos – supervisão
c) Criação de estratégias comuns para abordar as questões de violência, abuso de álcool e
outras drogas, entre outras
d) Elaboração de um projeto terapêutico singularizado
3) Formação continuada
4) Fomento das ações intersetoriais

          

          E o atendimento em hospitais psiquiátricos?

A Política de Saúde Mental tem como uma de suas principais diretrizes a reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica, objetivando a redução contínua e programada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a garantia da assistência destes pacientes na rede de atenção extra-hospitalar, buscando sua reinserção no convívio social. Para isso foi instituído, através das Portarias
GM/MS nº 52 e 53, de 20 de janeiro de 2004, o Programa Anual de Reestruturação da Assistência Hospitalar Psiquiátrica no SUS – PRH.

Bom a matéria foi feita como forma de esclarecimento sobre a saude mental como funciona no Brasil,detalhes maiores procurem os CAPS de seu município.




  Abaixo os contatos para ajuda ou orientação:


      CONTATOS DA COORDENAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

Endereço eletrônico: saudemental@saude.gov.br
Telefones: (61) 3315 2313/ 33152684/ 3315 2655/ 33153319
Fax: (61) 3315 2313
Endereço:
Ministério da Saúde
Coordenação Geral de Saúde Mental/DAPE/SAS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 6º andar, sala 603
Brasília – DF
CEP: 70.058-90

             Em Santo Antonio de Pádua 

Departamento de Saúde Mental
Praça Monsenhor Diniz, s/nº - Centro
Santo Antônio de Pádua – RJ
Tel.: (22) 3851 0474
E-mail: saudementalpadua@gmail.com

Diretor do Departamento
de Saúde Mental:Allan de Aguiar Almeida



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