Vários países comemoram hoje, primeiro de maio, o Dia do Trabalho. A comemoração tem origem no ano de 1886, quando trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, fizeram uma manifestação pelas ruas da cidade reivindicando a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
A manifestação teve a adesão de milhares de pessoas e foi realizada uma greve geral naquele país. Dois dias depois houve nova manifestação que acabou em enfrentamento com a polícia. Três trabalhadores morreram.
Os protestos continuaram e no dia seguinte os manifestantes lançaram uma bomba contra os policiais e oito deles morreram.
A polícia então abriu fogo contra a multidão, matando 12 pessoas e ferindo outras dezenas. Cinco sindicalistas acabaram condenados à morte e três condenados à pena perpétua.
As manifestações não foram em vão. Em 1889, a Segunda Internacional Socialista, que reunia várias organizações de trabalhadores, decidiu em Paris convocar todos os anos, uma manifestação pela implantação das 8 horas de trabalho diário.
A data escolhida foi o dia 1º de maio, em homenagem às luta dos trabalhadores de Chicago. E assim, em primeiro de maio de 1891, durante uma manifestação, dez trabalhadores foram mortos pela polícia no norte da França. Essa nova tragédia reforçou a data como um dia de luta dos trabalhadores.
Vinte e oito anos depois, a França ratifica a jornada de 8 horas diárias de trabalho e anuncia o dia 1 de maio como feriado. No ano seguinte a Rússia também passa a comemorar o dia primeiro de Maio como feriado nacional e o exemplo é seguido por outros países.
No Brasil as ideias trabalhistas chegaram com os imigrantes europeus. A primeira greve geral aqui aconteceu em 1917. Mas só em 1925, com o fortalecimento da classe operária, é que o dia 1º de maio foi declarado feriado pelo Presidente da República, Artur Bernardes.
Naquela época eram comuns agremiações trabalhistas, mas não tinham influência política por causa da pouca industrialização do país. Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, a organização dos trabalhadores tomou novo rumo, surgindo o chamado trabalhismo.
O Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Getúlio Vargas aproveitava a data para anunciar conquistas do trabalhador, como a criação do Salário Mínimo em 1940, a Justiça do Trabalho em 194l e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943.
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