Na quinta-feira, 1, o juiz federal Sérgio Moro esteve no Senado, em Brasília, a fim de debater o projeto de lei que define os crimes de abuso de autoridade. Moro, que é conhecido por ficar à frente da principal investigação em curso no país - a Lava Jato - bateu de frente com um dos Senadores. Lindbergh Farias, do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro, disse que em qualquer lugar do mundo um juiz que grave uma ligação de um presidente da república estaria preso. Ele cita a polêmica ligação em que a ex-presidente Dilma Rousseff conversa com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o termo de posse no Ministério da Casa Civil.
Lula até chegou a ser empossado no Ministério, mas horas depois foi impedido pela Justiça. Naquele período, discutia-se uma possível prisão do petista e que a posse seria para que ele tivesse foro privilegiado. Dessa forma, o ex-presidente não poderia ser julgado por Sérgio Moro, mas sim apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lindbergh insinuou em seu discurso no Senado que Moro teria o intuito de derrubar um partido, agindo em nome de terceiros e que isso não deveria ser permitido pela lei.
Sérgio Moro, que até então havia ouvido o discurso do petista calado, disse que ficava claro ali que Lindbergh queria mudar o foco das investigações da Lava Jato, fazendo com que os corruptos não fossem punidos. O discurso do juiz da Lava Jato acabou viralizando nas redes sociais, virando objeto de resenhas de vários jornalistas, como Felipe Moura, da revista Veja. Segundo ele, as palavras do magistrado mostram mais uma vez que Lindbergh estava sendo desmascarado.
Nas redes sociais, muita gente também criticou o petista. De São Paulo, o engenheiro Arnaldo Magalhães, de 54 anos, publicou uma mensagem em apoio a Sérgio Moro. "Por mais juízes e menos políticos. Lindbergh e sua corja caíram diante do discurso de Moro", escreveu ele.
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