Leandro mas conhecido como Julye Almeida morre no Hospital Hélio Montezano nesta sexta-feira (10),
um dia depois de injetar silicone industrial nas nádegas e no peito. E João Paulo se encontra no hospital em observação.
Os dois rapazes, que eram travestis, moram
em Santo Antônio de Pádua e teriam feito a aplicação em casa com um homem que
veio do Rio de Janeiro para aplicar o produto e que se encontra foragido.
A Polícia Militar (PM) foi acionada e
registrou o boletim de ocorrência.
Fique atento!
Um
procedimento perigoso vem vitimando mulheres e travestis por todo o Brasil. O
uso clandestino de silicone
industrial em
procedimentos estéticos representa grandes riscos à saúde.
Muitas mulheres e travestis, na busca do corpo desejado, estão
recorrendo às injeções de silicone para aumentar glúteos,
pernas e coxas.
Acontece
que o silicone industrial não deve ser usado para fins estéticos.
O produto quando injetado no organismo pode causar diversos problemas,
deformações, dificuldades para andar, além de morte por infecção generalizada.
O silicone usado
para modelar o corpo deve sempre estar dentro de implantes (as conhecidas próteses) e nunca na forma líquida,
injetado diretamente no organismo.
O silicone
industrial acaba aderindo ao músculo, podendo causar uma reação inflamatória e
diversas complicações como edemas e até tumores.
A novela "Amor à Vida" está abordando o assunto
e ressaltando a seriedade do problema. Na teledramaturgia, o personagem Félix
(vivido pelo ator Mateus Solano) defende o uso do silicone industrial para o
uso hospitalar, no entanto seu pai, César (vivido por Antônio Fagundes) é
radicalmente contra.
Que a
morte do Leandro (Julye Almeida), sirva de lição e de atenção para que outros
travestis e mulheres não cometam o mesmo erro.
Diversas homenagens estão sendo feitas nas
redes sociais.
Teca Ângela
A morte é algo inesperado,as vezes ela chega devagarinho, e outras vezes
ela vem de repente, sem avisar da dor que ela vai causar.
Somos uma vela acesa em meio ao relento. E se soubéssemos a hora da partida, faríamos tudo diferente. E quantas pessoas já perdemos sem dizer a elas o quanto são importantes pra gente? E por que não dizer todos os dias que ama? Chorar sobre um caixão são apenas expressões de palavras que não foram citadas, pela rotina do dia a dia, vou sentir muita saudades.
Somos uma vela acesa em meio ao relento. E se soubéssemos a hora da partida, faríamos tudo diferente. E quantas pessoas já perdemos sem dizer a elas o quanto são importantes pra gente? E por que não dizer todos os dias que ama? Chorar sobre um caixão são apenas expressões de palavras que não foram citadas, pela rotina do dia a dia, vou sentir muita saudades.
Leandro
era costureiro e gostava de ser chamado de Julye Almeida.
Querido, valeu, mesmo a matéria. Só uma correção, JuLye (Leandro), não era um rapaz. Era umA travesti, portanto, MULHER.
ResponderExcluirInfelizmente, enquanto a população T for invisibilizada, marginalizada e tiver suas necessidades e cidadania não reconhecidas e atendidas, muitas aplicações clandestinas acontecerão e mais vítimas chegarão ao óbito.
Julye, seu NOME SOCIAL, e não um mero apelido com o qual gostava de ser chamada, era uma grande amiga de mais de 15 anos. A sua perda está sendo sentida profundamente por mim, pelos familiares e amigos.
Mais do que quem fez a aplicação pague, eu gostaria que AS travestis fossem tratadas com mais respeito e dignidade, tendo acesso à formas seguras de ADEQUAR o seu corpo à sua IDENTIDADE DE GÊNERO. Não é só indo atrás de quem faz aplicações de silicone clandestinas que o problema se resolverá.