Uma pessoa morreu em Miracema e outra em Itaperuna este ano
Esta ano, 25 pessoas morreram de meningite meningocócica no Estado do Rio, sendo que uma delas em Miracema e outra em Itaperuna. Foram registrados 326 casos da doença, dos quais 68 do tipo mais perigoso. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Alexandre Otávio Chieppe, disse que não há evidências de surto ou epidemia no Estado. “Este número está dentro do esperado, de acordo com a série histórica de casos nos últimos anos”, garantiu ele.
De acordo com o superintendente, os casos têm ocorrido de forma isolada em diferentes bairros e cidades e não há, até o momento, necessidade de campanha de vacinação em massa, segundo orientam os protocolos preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).
- As ações para evitar o aumento de casos estão sendo realizadas oportunamente. Todos os casos estão sendo notificados pelos municípios e estamos acompanhando as ações realizadas por eles, orientando-os quando necessário - ressaltou Alexandre Chieppe.
O superintendente de Vigilância informou que, de 1º de janeiro até 18 de novembro último, as mortes por meningite meningocócica ocorreram em Angra dos Reis (1), Barra Mansa (3), Belford Roxo (2), Cabo Frio (4), Campos dos Goytacazes (2), Duque de Caxias (5), Itaboraí (1), Itaguaí (2), Itaperuna (1), Miracema (1), Nilópolis (1), Niterói (1), Nova Iguaçu (2), Paracambi (1).
A doença
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Esta doença é causada, principalmente, por bactérias ou vírus, portanto são diversos os tipos de meningites. Nem todas são contagiosas ou transmissíveis. A meningite meningocócica é causada por uma bactéria, o meningococo e é contagiosa.
Pode ser transmitida pelo doente ou pelo portador através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo, portanto, resistência à doença. As crianças de 6 meses a 1 ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. É uma doença grave e devemos estar alertas para os sinais e sintomas porque, se diagnosticada e tratada logo, pode ser curada sem deixar sequelas para o doente.
Sinais e sintomas
Febre alta; dor de cabeça forte; vômitos (nem sempre, inicialmente); rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar a cabeça); manchas vinhosas na pele; estado de desânimo, moleza. Nos bebês pode-se também observar moleira tensa ou elevada; gemido quando tocado; inquietação com choro agudo; rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo "mole", largado.
Prevenção e vacinas
A vacina contra Meningococo C está atualmente disponível na rede pública para crianças com menos de 1 ano (doses aos 3, 5 e 15 meses), pois faz parte do Calendário Básico de Vacinação da Criança, do MS. A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte do calendário. Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental
Nenhum comentário:
Postar um comentário