JORNAL SEM LIMITES DE PÁDUA_RJ: Casa da Cultura de Aperibé comemora 3 anos de existência com a exposição intitulada ‘A Casa dos Causos’

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Casa da Cultura de Aperibé comemora 3 anos de existência com a exposição intitulada ‘A Casa dos Causos’




Na quinta-feira, 09 de setembro, a Casa da Cultura de Aperibé abriu a exposição intitulada ‘A Casa dos Causos’ do artista carioca de raízes itaocarenses Wilson Saraiva. Este é um bom momento para aqueles que apreciam uma bela fotografia e pode relembrar os avôs nos contos e causos da região. O artista que nasceu no município do Rio de Janeiro e aos onze anos mudou-se com os pais para o município de Itaocara onde viveu por 7 anos. Wilson já teve algumas exposições coletivas e fez uma exposição de artes e gravuras em Itaocara em 2004 e esta é a primeira de fotografias e causos.
Wilson falou que ficou muito empolgado em poder realizar esta exposição literária composta de contos e causos com fotografias para ilustrar. “Eu sempre desenhei e fotografei na minha vida. A minha arte sempre foi por esta parte gráfica e, do ano de 2005 em diante, comecei a escrever alguns causos. Na internet tem vários trabalhos meus e esta é a primeira exposição dos meus contos, estes que sempre tive vontade de expor. Hoje estou tendo esta oportunidade, e vale ressaltar que as histórias se passam nos municípios da região noroeste,” destacou.
Segundo o artista que é formado em Belas Artes pela UFRJ na Habilitação de Desenho Industrial com uma capacidade para a comunicação visual. “Na faculdade eu me encantei pelas artes plásticas e lá comecei a fazer algumas oficinas. Fiquei fascinado pela fotografia e toda a parte de revelação, mas sempre fiz isso como um hobby nunca de maneira profissional, a minha câmera está sempre comigo e viajo a trabalho na região norte e noroeste e fotografo igrejas, construções antigas, pássaros e tudo que considero interessante para uma boa foto. Além do meu Orkut eu também tenho um blog que posto vários trabalhos meus e assim as pessoas tem acesso livre as minhas fotografias e os textos que faço,” argumentou.
Wilson considera esta iniciativa da Casa da Cultura muito importante. “É uma pena que na nossa região não tenhamos uma meia dúzia de ‘Marcelos’, porque creio que as coisas seriam bem melhores para a cultura. Vejo muito pouco investimento nessa área e, principalmente no interior, porque a cultura fica muito na mão da elite nos grandes centros,” declarou.
Wilson concluiu com a preocupação do ser humano quanto ao meio ambiente. “Hoje muita gente cuida da terra de forma errada, arando-a de forma incorreta e também o número excessivo de queimadas. As pessoas tratam o meio ambiente com muito desprezo. Considero que temos que ter uma melhor consciência e a população precisa acorda para a importância do meio ambiente e que cada um deve fazer a sua parte,” finalizou.
De acordo com o presidente da Casa da Cultura, Marcelo da Cunha Hungria, que conheceu Wilson Saraiva através do artista plástico Henrique Resende que são amigos desde infância e este lhe contou sobre o trabalho de Wilson. “Conversei com o Wilson da possibilidade de fazer uma exposição, mas a mostra de fotografia como se sabe, é montada para aquele fim. Então ele montou todo o acervo e já tinha algumas fotografias e outras ele tirou. As fotos têm uma estreita ligação com a vida dele e com o que ele pensa a respeito da mudança de comportamento que deve brotar no coração do ser humano em relação ao meio ambiente. A vida simples do interior foi a fonte de inspiração para Wilson montar essa exposição e que se intitula A Casa dos Causos. A exposição foi toda montada por ele e deixamos o espaço aberto para ele fazer do jeito que quisesse. Então ela está toda centrada na vida simples do homem do campo e na preocupação que o artista tem quanto a degradação do meio ambiente e que nós da Casa da Cultura também temos em divulgar essa sensibilização para que o homem tenha uma melhor consciência para a preservação da questão ambiental,” frisou.
Ainda conforme disse Marcelo, o artista quando veio para o interior do estado aprendeu com os pais e avôs o convívio com a natureza. “Quando se nasce e convive com os elementos mais simples que é a própria natureza, se cria essa sensibilidade, portanto a parte artística dele é principalmente esta, porque ele acredita que o mundo ainda tem jeito e que precisamos começar a valorizar as coisas simples que são os elementos da natureza como: rios, vegetação e animais. Ele fotografa tudo e resume isso na certeza de que é preservando o ambiente que teremos verdadeiramente um futuro promissor, porque não se pode pensar que progresso humano é somente dinheiro, progresso humano é saber valorizar e conciliar o crescimento econômico e aliar a relação do homem com a natureza, porque afinal de contas, também fazemos parte desse ecossistema,” concluiu.
Na oportunidade foi comemorado os 3 anos da Casa da Cultura com direito a bolo, vela e o canto de parabéns para você.


Ascom Aperibé

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